Pan 2031: Rio-Niterói aposta em estrutura de 2016 para superar Assunção e deixar novo legado

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A Panam Sports anuncia nesta sexta-feira a sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031. O nome da cidade escolhida vai acontecer durante Assembleia Geral da entidade, em Santiago, no Chile. O Brasil está representado na candidatura conjunta de Rio-Niterói, que aposta na estrutura herdada da Olimpíada realizada na capital carioca, em 2016, para levar a melhor na concorrência com Assunção, no Paraguai, que sonha em receber o evento pela primeira vez na história.

A proposta fluminense prevê um orçamento de US$ 667,5 milhões (R$ 3,57 bilhões). Entre os locais incluídos no projeto estão o Parque Aquático Maria Lenk, o Parque Olímpico da Barra e outras arenas já consolidadas. A Vila Pan-Americana, por sua vez, seria construída na região do Porto Maravilha, como parte de um novo pacote de reurbanização da área central.

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta, defende que o evento deixe como legado a modernização do centro de treinamento do Time Brasil, que ainda carece de alojamento, espaço para alimentação e pista de atletismo. Para ele, essa é uma oportunidade única de consolidar um espaço de excelência para o alto rendimento.

"A grande vantagem é estar com as instalações prontas. Pouca coisa precisa ser construída. o centro de treinamento do Time Brasil, que funciona bem e atende os atletas. Mas há duas deficiências importantes: não possui alojamento e alimentação, o que obriga os atletas a ficarem em hotéis na Barra; e não conta com uma pista de atletismo, essencial para atender uma modalidade tão importante", contou La Porta ao Estadão.

"Por outro lado, há estruturas muito boas, como as Arenas 1, 2 e 3, pertencentes ao governo e que estão sendo utilizadas. Mas entendemos que poderia haver um trabalho mais amplo de aproveitamento. Agora buscamos essa estrutura no Rio de Janeiro, que será um legado fundamental para garantir a continuidade e a qualidade da preparação. Precisamos apenas que essa obra seja construída. A manutenção, nós assumimos", completou.

O Rio recebeu o Pan pela primeira vez em 2007, consolidando um projeto que começou a ser desenvolvido ainda na década de 1990. Além de melhorias no Maracanã e no centro convenções Riocentro, foram construídos para aquela edição o Estádio Olímpico João Havelange - que mudou de nome em 2017 para ser batizado como Nilton Santos, ídolo do concessionário Botafogo -, o Complexo de Deodoro e o Complexo Esportivo Cidade, ampliado anos depois para receber a Rio-2016 e se tornar o que hoje é o Parque Olímpico.

A candidatura de Rio e Niterói foi lançada em dezembro. São Paulo já havia confirmado o desejo de sediar o Pan. O governo municipal tinha montado, inclusive, uma força-tarefa, com participação de representantes de cinco secretarias, além da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam) e a São Paulo Turism (SPTuris). A coordenação era da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI).

ASSUNÇÃO SONHA COM OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAÇÃO

Se a grande vantagem de Rio-Niterói é já ter uma estrutura montada para receber competições esportivas, Assunção vê a chance de sediar o Pan 2031 como uma oportunidade de transformação da capital paraguaia. A estratégia da candidatura se baseia no desenvolvimento de infraestrutura, sustentabilidade e a promoção do esporte em um país com histórico modesto em grandes eventos.

O lema de Assunção é "não ser apenas um anfitrião, mas um convite a seguir construindo" a partir do Pan de 2031. Um dos trunfos da capital paraguaia é a promessa de uma logística facilitada, com a maioria das competições se concentrando em um raio de 30 minutos de distância, incluindo as instalações da Secretaria Nacional de Desporte e os equipamentos do centro do Comitê Olímpico Paraguaio (COP).

Apesar da falta de expertise em eventos multiesportivas, a cidade recebeu os Jogos Pan-Americanos Júnior em agosto. Porém, o resultado não foi animador e demonstrou que a cidade tem uma séries de falhas a corrigir até 2031. A organização sofreu com problemas diversos, desde má gestão da venda de ingressos a falta de espaço adequado para imprensa e acessibilidade. O transporte oficial do Pan sofreu com atrasos e chegou a ser suspenso em dias de chuva.

Mesmo com os problemas do Pan Júnior em Assunção, o COB teme que questões políticas possam influenciar na decisão da Panam.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.