Morte de Walewska: quem é a campeã olímpica de vôlei pela seleção que morreu aos 43 anos

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Morreu nesta quinta-feira, aos 43 anos, a ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei Walewska Oliveira. Ela foi campeã olímpica nos Jogos de Pequim-2008 e estava aposentada desde a temporada 2021/2022. A ex-atleta estava em São Paulo para participar da gravação de um podcast para contar a sua trajetória no esporte e divulgar o lançamento de seu livro. A causa da morte ainda não foi informada pela família.

Natural de Belo Horizonte, Walewska começou a sua carreira profissional no vôlei em 1995, atuando pelo Minas Tênis Clube, equipe na qual ficou até 1998, quando foi convocada pelo técnico Bernardinho pela primeira vez para a seleção brasileira.

A jogadora conquistou a medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. No ano seguinte, a central ajudou o País a ficar com o bronze na Olimpíada de Sydney-2000. Depois de um período longe da seleção, ela voltou a ser convocada por José Roberto Guimarães e fez parte do time que ficou com o quarto lugar nos Jogos de Atenas-2004.

Walewska viveu seu grande momento no esporte no ano de 2008, quando conquistou o tricampeonato do Grand Prix de vôlei (antigo nome da Liga das Nações) e foi um dos destaques da seleção brasileira na campanha da medalha de ouro nos Jogos de Pequim-2008. O lugar mais alto do pódio também marcou a sua despedida da seleção, que voltou a servir em 2013 para a Copa dos Campeões antes da aposentadoria.

Além do Minas Tênis Clube, a jogadora atuou por Rio de Janeiro, São Caetano, Perugia, Murcia, Odintsovo, Vôlei Futuro, Campinas, Praia Clube e Osasco. Ela foi duas vezes campeã da Superliga Brasileira, três vezes da Supercopa e uma vez do Troféu Super Vôlei e do Campeonato Mineiro.

LANÇAMENTO DO LIVRO

Walewska estava em São Paulo para gravar um podcast nesta quinta-feira sobre sua carreira no vôlei e divulgar seu livro, contando sua trajetória na carreira. Durante sua passagem por São Paulo, Walewska esteve no centro de treinamento do Palmeiras e se encontrou com o técnico Abel Ferreira. Na oportunidade, a jogadora e o treinador trocaram seus livros e tiveram um momento de conversa sobre esporte e vida, carreira e gestão.

"Quando me disseram (de sua morte), eu não acreditei. Não vale a pena me chatear com o futebol, vários treinadores me disseram isso. Tem de aprender a desfrutar e dar o seu melhor. A verdade é que estamos na fila. Mesmo sem saber quando é a nossa vez, mas estamos todos na fila. Não vale a pena. Temos que ser gratos e eu sou grato por tudo. Quando recebo uma notícia dessas, te faz pensar sobre o significado da vida. Nestes momentos em que falamos da morte, pensamos e questionamos qual é a missão quanto homem, pessoa, cidadão. É duro. Tive uma oportunidade em particular com ela e foi espetacular. Tivemos uma hora e ela foi espetacular. Ela era capitã da equipe e foi extraordinária", disse Abel Ferreira ao ser questionado sobre o ocorrido em sua coletiva após a derrota para o Grêmio em jogo em Porto Alegre

O treinador do Palmeiras estava visivelmente emocionado. "Perguntei como era a transição de atleta para aposentado e ela reconheceu que era um luto. Há muitas coisas que os atletas ganham, mas todos tem que se preparar para a próxima etapa. Foi uma honra extraordinária e quando me disseram a notícia, eu não quis acreditar. Infelizmente, é preciso. Às vezes temos medo de fazer as coisas em campo, mas comparado a isso? Para mim foi uma notícia muito triste. Dou minhas condolências à família e a sensação que tenho é de que não é verdade".

Nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) publicou uma nota de pesar lamentando a morte da jogadora. "Waleska era uma jogadora especial, sua trajetória no esporte será para sempre lembrada e reverenciada", disse o presidente da CBV, Radamés Lattari.

O Praia Clube, equipe profissional de vôlei feminino de Uberlândia, Minas Gerais, onde Walewska foi capitã e campeã da Superliga 17/18 e do Sul-Americano 2021, também declarou pesares. "O vôlei brasileiro e a comunidade esportiva perderam uma verdadeira lenda", afirma em nota. "Que sua memória e legado continuem a brilhar como uma fonte de inspiração para as gerações futuras".

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.