Empresa de Leila Pereira vai investir R$ 500 milhões para administrar e reformar Arena Barueri

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Quarta mulher mais rica do Brasil, segundo a Forbes, Leila Pereira senta em muitas cadeiras no Palmeiras. Patrocina o clube por meio da Crefisa e da FAM desde 2015, é credora da agremiação, presidente, dona do avião usado pela delegação para as viagens fora de São Paulo e, agora, vai administrar a Arena Barueri, estádio que será usado pelo time na reta final da temporada.

A Crefipar, empresa do Grupo Crefisa, ganhou a licitação aberta pela Prefeitura neste ano para modernização, operação, manutenção e gestão da Arena Barueri, situada na região metropolitana de São Paulo. A gestão municipal transferiu a administração do estádio para a iniciativa privada sob a justificativa da dificuldade em arcar com os altos custos gerados pelo equipamento esportivo.

Segundo consta no edital de concessão, ao qual o Estadão teve acesso, o valor estimado do contrato é de R$ 525 milhões. O montante corresponde ao valor dos investimentos e das despesas e custos operacionais obrigatórios estimados para execução das obrigações do acordo, cumulado com o somatório dos valores de outorga.

Assim que assinar o contrato, a empresa de Leila Pereira ficará responsável pela administração do estádio por 35 anos. O acordo ainda não foi concluído porque restam detalhes burocráticos para serem resolvidos. Depois disso é que será feito o anúncio oficial.

De acordo com o edital, a empresa ganhadora da concessão terá de promover a implantação do gramado sintético e será responsável pela modernização do estádio. Também terá o direito de explorar a arena comercialmente e a possibilidade de modificar o nome do local, com a opção de "preferencialmente" manter Barueri na nomenclatura.

Entre as contrapartidas, também está prevista a recuperação da pintura de todas as edificações, instalações e demais elementos integrantes da Arena Barueri, como fachadas, paredes internas, arquibancadas, assentos esportivos, guarda corpos, coberturas e marquises. A Prefeitura fez, no edital, a sugestão da construção de uma sala para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O Palmeiras, ciente de que não poderá mandar algumas partidas no Allianz Parque em razão do calendário de shows, está cuidando há semanas do gramado do estádio em Barueri, onde foi disputado o primeiro jogo das finais do Campeonato Paulista neste ano contra o Água Santa.

Desde julho, quando Leila se reuniu com o prefeito de Barueri, Rubens Furlan, o clube fez um acordo com a Prefeitura. Marcado para o dia 8 de outubro, o clássico com o Santos, por exemplo, será disputado no estádio porque haverá dois shows do cantor canadense The Weeknd nos dias 10 e 11 no Allianz Parque.

Dos nove jogos que o Palmeiras tem como mandante a disputar no ano, ao menos quatro serão jogados fora do Allianz Parque. Além do duelo com o Santos, as partidas contra Athletico-PR, Internacional e América-MG, todas pelo Brasileirão, também não serão realizadas na arena palmeirense. E é provável que esses três compromissos também tenham a Arena Barueri como palco.

CONFLITO DE INTERESSES

Membros da oposição do Palmeiras e torcedores apontam mais um conflito de interesses envolvendo Leila, proprietária das empresas que patrocinam o clube desde 2015, presidente e, também, credora da agremiação, que ainda deve R$ 43 milhões para a Crefisa.

Um grupo de conselheiros cobra transparência de Leila e acusa a mandatária de usar o clube para aumentar seu patrimônio. Recentemente, eles fizeram um questionamento formal e pediram que sejam debatidas situações em que julgam haver conflito de interesses.

Também querem discutir os contratos de patrocínio e aspectos da contratação da Placar Linhas Aéreas S/A, empresa da própria presidente para prestar serviços aéreos para o Palmeiras, além de informações básicas, como seguros, indenizações e a responsabilização por eventuais novos prejuízos que o time tenha com mais problemas no avião.

A empresária nega haver conflito de interesses e sempre repete que submete todas suas decisões ao Conselho de Orientação Fiscal (COF), no qual, garante, Leila, será discutida em breve a relação entre Placar e o Palmeiras.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.