Atacante é alvo de racismo em vitória do Atlético de Madrid no Espanhol

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Em meio a novos ataques racistas de seus torcedores, o Atlético de Madrid voltou a ganhar e deu um importante passo para obter uma vaga na Liga dos Campeões da próxima temporada europeia ao derrotar o Athletic Bilbao por 3 a 1, neste sábado, em casa, pela 33ª rodada do Campeonato Espanhol.

O Atlético, do técnico argentino Diego Simeone, carregava duas derrotas consecutivas (sendo uma eliminação na Liga dos Campeões) e, com a vitória, se manteve na quarta colocação, com 64 pontos, seis a mais justamente do que o time de Bilbao. Restam cinco rodadas para o fim da temporada.

Já o Athletic vinha de três empates (sendo um deles na conquista da Copa do Rei) e tem como consolo estar bem próximo da vaga da Liga Europa (em quinto tem sete pontos à frente da Real Sociedad).

ATOS RACISTAS

O primeiro tempo foi marcado, novamente, por atos racistas de torcedores do Atlético de Madri. O fato aconteceu aos 37 minutos quando o duelo estava 1 a 0 para o time da casa.

Ao cobrar escanteio, o jogador Nico Williams, que é espanhol e é convocado para a seleção de seu país, reclamou de ataques racistas e comunicou a arbitragem. O juiz seguiu então o protocolo e pediu que avisassem, via alto-falante, que atos preconceituosos são proibidos e precisam parar. A partir daí toda vez que Nico tocava na bola passou a receber vaias.

Antes dele, o atacante brasileiro Vini Jr, do Real Madrid, também foi alvo de racistas no estádio do Atlético.

A LaLiga, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, soltou uma nota ainda durante o jogo condenando "qualquer gesto racista e seguirá trabalhando até acabar com esses comportamentos intoleráveis em nosso esporte".

Mas a resposta em campo veio na sequência. Aos 45 minutos, após Griezmann errar feio um recuo, o Athletic chegou ao empate justamente com um gol de Nico Williams, que ao comemorar fez questão de apontar para a sua pele e dar resposta aos racistas presentes no estádio da capital espanhola.

Antes do ato condenável de torcedores, o jogo estava truncado, com muita marcação e o gol do time madrilenho saiu aos 22 minutos após um chute de fora da área do argentino De Paul, que desviou em Galarreta e encobriu o goleiro Unai Simón.

As duas equipes voltaram iguais para o segundo tempo, mas o Atlético chegou ao segundo gol graças a um belo lançamento de Koke, que encontrou Correa entre a zaga rival. Correa driblou o goleiro e fez 2 a 1.

Sem poder ofensivo do Athletic, o Atlético de Madrid passou a administrar até chegar ao terceiro gol. Lino recebeu na esquerda e chutou rasteiro, a bola bateu na trave, nas costas de Unai Simón e entrou. A arbitragem anotou gol contra do goleiro do time de Bilbao.

PÊNALTI DEFENDIDO COM O ROSTO

Em jogo com três pênaltis (sendo dois perdidos), o Girona praticamente colocou um pé em sua primeira Liga dos Campeões ao bater o Las Palmas por 2 a 0 (gols de Silva e Dovbyk) e ainda pode sonhar, mesmo que de forma distante, com o título.

Chegou aos 71, 13 a menos do que o líder Real Madrid e vai ficar na segunda colocação pelo menos até segunda-feira, quando o Barcelona (terceiro, com 70) recebe o Valencia.

O jogo ganhou destaque ainda pela defesa de um pênalti com o rosto do goleiro Gazzaniga, do Girona após cobrança de Sandro. O goleiro precisou de atendimento depois do chute. O outro pênalti perdido foi de Dovbyk, que o goleiro defendeu, mas que no rebote Silva aproveitou. O mesmo Dovbyk ampliou o placar acertando um novo pênalti.

FILHO DE SIMEONE

Em casa, o Alavés se distanciou bem da zona de rebaixamento ao derrotar o Celta por 3 a 0, que se manteve com 31 e ainda sob risco de queda. O destaque da partida foi o atacante Giuliano, filho justamente do técnico Diego Simeone. O jogador de 21 anos fez o seu primeiro gol na temporada (e também o primeiro do duelo). Jon Guridi e Benevidez completaram.

Em outra partida do dia, o Getafe venceu fora de casa. Fez 3 a 1 sobre o lanterna Almería, que já está rebaixado. Greenwood, duas vezes, e Jaime Mata marcaram para os visitantes. Lozano descontou.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.