Empresário que vai comprar SAF do Cruzeiro quer Luxemburgo e Alexandre Mattos

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Pedro Lourenço, empresário que avançou na compra da SAF do Cruzeiro, já está em busca de nomes para a sua gestão à frente do futebol cruzeirense. Segundo apuração do Estadão, o novo mandachuva celeste deseja as contratações de Alexandre Mattos para diretor de futebol e Vanderlei Luxemburgo para treinador. Gabriel Lima, atual CEO do clube, tem a confiança do empresário e será mantido no cargo. Neste domingo, Paulo Autuori entregou o cargo de diretor técnico alegando "lealdade às pessoas e fidelidade ao projeto".

Em princípio, o treinador recém-contratado Fernando Seabra deve ser mantido no cargo. Porém, Lourenço é amigo pessoal de Luxemburgo e manifestou a vontade de contratá-lo. Aos 71 anos, Luxemburgo está sem clube desde setembro do ano passado, quando foi demitido pelo Corinthians. Ele atuaria como uma espécie de manager (gestor de futebol), função ainda pouco conhecida no País que desempenha um elo importante entre o campo e a diretoria. Sob o comando do treinador, o Cruzeiro conquistou a tríplice coroa em 2003 (Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Estadual).

Apesar do passado vitorioso, as últimas lembranças de Luxemburgo no Cruzeiro não são boas. Ele também comandou a equipe mineira em 2015, em uma passagem mais discreta, e em 2021, no momento mais melancólico da história cruzeirense, quando o time lutou contra o rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro.

Alexandre Mattos, por sua vez, ganhou notoriedade na última década como um dos melhores diretores executivos de futebol do País. Ele foi considerado peça-chave para a construção do elenco cruzeirense responsável pela conquista do bicampeonato Brasileiro (2013 e 2014). O profissional chegou ao Palmeiras em 2015 e teve participação ativa na reformulação do plantel alviverde, que na mesma temporada faturou a Copa do Brasil e elevou o patamar da equipe. Ele ficou no clube até 2019, conquistando também o Brasileirão em 2016 e 2018.

Mattos teve uma breve passagem pelo Atlético-MG, em 2020, e assumiu o como diretor de futebol do Athletico-PR dois anos depois. No início de 2024, foi anunciado para o cargo no Vasco, mas os desentendimentos com a 777 Partners, dona da SAF do clube carioca, levaram à saída do dirigente. Atualmente, está no América-MG.

"TCHAU, RONALDO"

O triunfo do Cruzeiro sobre o Vitória neste domingo, por 3 a 1, foi marcada por protestos contra Ronaldo Fenômeno, sócio majoritário da SAF cruzeirense. Uma faixa da torcida com a frase "tchau, Ronaldo" foi estendida no Mineirão durante a partida. Recentemente, um bandeirão em homenagem ao ex-jogador foi queimado por torcedores nos arredores do estádio.

O aumento das críticas a Ronaldo pela falta de uma time mais competitivo coincide com as conversas do Fenômeno para vender sua parte nas ações do futebol celeste a Pedro Lourenço, dono do Supermercados BH e conselheiro do clube mineiro. O negócio deve ser concretizado nos próximos dias e não deve sair por menos de R$ 500 milhões. Ronaldo adquiriu a SAF do Cruzeiro por R$ 400 milhões, em dezembro de 2021, assumindo também a dívida total do clube, avaliada em R$ 1 bilhão à época. No início do ano passado, o Fenômeno já havia negociado a venda de 20% das ações do SAF a Lourenço por aproximadamente R$ 90 milhões.

Um dos complicadores da operação é uma cláusula que impede Ronaldo de vender a SAF a um terceiro com menos de 60 meses ou até cumprir o investimento adicional de R$ 350 milhões, seja por investimentos próprios ou receitais incrementais. Ambos os cenários não estão próximos de se concretizar. O contrato prevê também que o próprio Cruzeiro tenha prioridade na compra das ações referentes ao futebol do clube.

Lourenço teve participação ativa no Cruzeiro nos últimos anos. O Supermercados BH foi o patrocinador máster e um dos grandes incentivadores financeiros do time. Antes da implementação da SAF, o empresário auxiliou no pagamento dos salários de jogadores e funcionários quando o clube foi rebaixado e continuou ajudando financeiramente o futebol. Lourenço e Ronaldo mantém relação próxima desde a chegada do Fenômeno ao Cruzeiro.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.