São Paulo e Palmeiras empatam sem gols em clássico pobre de emoções no MorumBis

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O primeiro Choque-Rei depois do último clássico entre São Paulo e Palmeiras, marcado por tensão, reclamações e xingamentos, foi bem mais morno do que o precedente. Cautelosos, os rivais mais pouco produziram no MorumBis, onde as defesas prevaleceram sobre os ineficientes ataques. O resultado do duelo da quarta rodada do Brasileirão na noite desta segunda-feira não poderia ser outro que não o empate sem gols.

A igualdade é mau negócio para os dois, que não conseguiram ainda deslanchar no Brasileirão depois de quatro jogos. O São Paulo, que desde que demitiu Thiago Carpini ainda não foi derrotado, soma quatro pontos e é o 14º. O Palmeiras, 12º colocado, tem cinco. Ambos estão mais próximos dos últimos colocados do que dos primeiros.

Os dois times entraram em campo com crianças que são atendidas pela Dorina Nowill, fundação que ajuda o desenvolvimento de crianças cegas ou com baixa visão.

Os primeiros 45 minutos foram os piores. Houve mais cartões amarelos do que chances criadas, um sintoma do quão pobre foi o futebol apresentado dos rivais na etapa inicial. A primeira parte foi de marcação, estudo, erros e faltas em profusão. A única defesa foi feita por Rafael, que salvou o São Paulo em cabeceio de Gustavo Gómez. Esta finalização de cabeça do paraguaio capital palmeirense foi o que de melhor aconteceu no primeiro tempo.

Do lado do São Paulo, armado com três zagueiros, Luciano como armador e dois atacantes, André Silva e Calleri, a dupla de ataque, tentaram, mas não chegaram perto sequer de finalizar no gol defendido por Weverton. Não faltou disposição, é verdade, mas o desempenho técnico de são-paulinos e palmeirenses foi perceptivelmente ruim.

Disposto em campo com três atacantes, incluindo o jovem Estêvão, o Palmeiras voltou do intervalo melhor. Endrick, atento, roubou bolas importantes. Se não estava, como seus companheiro, na mais inspirada das noites, o fenômeno oriundo da base palmeirense, incomodou os zagueiros na base da briga. Foi dessa maneira, roubando uma bola do desatento Arboleda que o jogo poderia ter sido decidido a favor dos visitantes.

Depois de tirar a bola de Arboleda e deixar o defensor no chão na ponta da área, Endrick rolou para Lázaro, livre, bater de primeira. Rafael já não estava no lance, mas Alisson se esticou e salvou os donos da casa.

O São Paulo respondia nos contra-ataques. Foi de um contragolpe que nasceu a melhor oportunidade do time tricolor. Calleri, de costas, como deu, cutucou de calcanhar após cruzamento de Luciano. A bola resvalou na trave e saiu.

Foram esses os melhores lances protagonizados pelos rivais, que continuaram se estranhando em campo. Abel e Zubeldía tentaram mudar o panorama com as substituições. O Palmeiras não evoluiu com Rony, Vanderlan, Mayke, Luis Guilherme e Lázaro em campo. Até porque se limitou a se defender e, quando tinha a bola, só se desfazia dela. O objetivo era, com chutões, garantir o empate fora de casa. O São Paulo até mostrou leve melhora graças, sobretudo, às jogadas rápidas de Ferreira pela ponta esquerda, mas não o suficiente para balançar as redes.

O empate impede que o São Paulo derrube o tabu de sete anos - ou seis jogos, sem vencer o Palmeiras no MorumBis em clássicos pelo Brasileirão. Ambos têm compromissos pela Copa do Brasil na quinta-feira. Às 19h30, o time tricolor vai ao Pará enfrentar o Águia de Marabá no Mangueirão. Às 21h30, a equipe alviverde recebe o Botafogo de Ribeirão Preto no Allianz Parque.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO X PALMEIRAS

SÃO PAULO - Rafael; Alan Franco, Arboleda e Diego Costa; Igor Vinícius, Bobadilla, Alisson, Luciano (James Rodríguez) e Wellington (Michel Araújo); André Silva (Ferreira) e Calleri. Técnico: Luis Zubeldía.

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Gustavo Gómez,, Murilo e Piquerez (Vanderlan); Aníbal Moreno, Richard Ríos e Raphael Veiga; Estêvão (Luis Guilherme), Endrick (Rony) e Flaco López (Lázaro). Técnico: Abel Ferreira.

CARTÕES AMARELOS - Diego Costa, Gómez, Igor Vinícius, Endrick, Murillo, Calleri, Michel Araújo, Abel Ferreira.

ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).

PÚBLICO - 55.694 torcedores.

RENDA - R$ 3.444.111,00.

LOCAL - MorumBis, em São Paulo (SP).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.