Chapecoense e Ponte Preta empatam sem gols em duelo adiado por duas vezes na Série B

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Chapecoense e Ponte Preta ficaram no empate sem gols no duelo que foi adiado duas vezes e fechou as disputas da sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, nesta terça-feira. Na primeira etapa na Arena Condá, em Chapecó, o time da casa levou vantagem, mas depois do intervalo os paulistas criaram as melhores chances.

Com o resultado, a Ponte Preta chegou ao terceiro jogo sem vitória e aparece na 14ª colocação com seis pontos, em seis jogos. A Chapecoense aparece logo acima, em décimo, com dez, mas vem de quatro jogos de jejum.

O confronto aconteceu nesta tarde de terça-feira após ser adiado duas vezes por conta de problemas climáticos que atingiram Chapecó e fizeram com que o aeroporto da cidade ficasse fechado. O duelo estava agendado para domingo às 16h, depois mudou para segunda-feira, às 19h, mas como a delegação paulista só conseguiu embarcar após o almoço de segunda-feira, o jogo aconteceu apenas nesta terça.

A Chapecoense começou com mais posse de bola e chegando ao ataque com facilidade, mas não conseguiu criar nenhuma chance clara nos primeiros minutos. Aos 33, até balançou as redes com Mário Sérgio, mas o atacante estava impedido e o árbitro invalidou o lance.

A resposta da Ponte Preta saiu apenas nos acréscimos e foi a principal chance do primeiro tempo. Aos 52, após um lançamento longo, Gabriel Novais foi avançando e bateu na saída de Matheus Cavichioli. O goleiro conseguiu se recuperar e fazer a defesa à queima roupa.

Na volta do intervalo, a intensidade da partida aumentou e as duas equipes foram ao ataque em busca de tirar o zero do placar. Logo aos 6 minutos, Thomás arriscou um chute forte de fora da área e obrigou Pedro Rocha a fazer uma difícil defesa. Do outro lado, a Ponte Preta trocava passes no campo defensivo e se arriscava em contra-ataques rápidos.

Mas foi a própria Chapecoense quem criou as melhores oportunidades dos minutos finais. A melhor delas veio em um chute forte de Marlone, de fora da área, no qual mais uma vez Pedro Rocha fez importante defesa. Já a Ponte Preta tentou com Jeh, de voleio, e depois com Dodô, em um chute cruzado, sem sucesso.

Os dois times voltam a campo no próximo domingo pela sétima rodada da Série B. Logo às 16h, a Ponte Preta visita o Ituano, no estádio Novelli Júnior, em Itu. Mais tarde, às 18h30, a Chapecoense encara o Ceará, na Arena Castelão, em Fortaleza.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 0 X 0 PONTE PRETA

CHAPECOENSE - Matheus Cavichioli; JP Galvão (Ronaldo Mendes), Bruno Leonardo, Eduardo Doma e Mancha; Foguinho (Régis Tosatti), Rafael Carvalheira, Giovanni Augusto (Maílton) e Thomás (Marlone); Marcinho (Rômulo) e Mário Sérgio. Técnico: Umberto Louzer.

PONTE PRETA - Pedro Rocha; Igor Inocêncio, Luis Haquín, Sérgio Raphael e Gabriel Risso; Dudu Vieira (Dodô), Emerson (Emerson Santos), Lucas Buchecha (Ramon Carvalho) e Elvis; Iago Dias (Renato) e Gabriel Novais (Jeh). Técnico: João Brigatti.

CARTÕES AMARELOS - Eduardo Doma e Ronaldo Mendes (Chapecoense). Luis Haquín e Pedro Rocha (Ponte Preta).

CARTÃO VERMELHO - Matheus Régis (Ponte Preta)

ÁRBITRO - Bruno Pereira Vasconcelos (BA).

RENDA - R$ 100.780,00.

PÚBLICO - 5.254 total.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó (SC).

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De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.

Nutricionista da rede Meu Doutor Novamed dá dicas importantes para garantir a disposição e a alegria nos dias de folia

Para aproveitar o Carnaval da melhor forma possível, cuidados com a saúde são fundamentais. Em tempos de calor extremo, é necessária uma atenção ainda mais especial para a escolha dos alimentos e hidratação frequente. De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos no mundo, sendo que a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e outros parasitas.

 

Com o aumento do consumo de alimentos nos mais diversos estabelecimentos, o cuidado deve ser redobrado no período. Também entra na lista o alerta com a higiene pessoal.

 

Kássia Oliveira de Souza, nutricionista da Rede Meu Doutor Novamed no Rio de Janeiro, traz algumas dicas simples que garantem maior disposição para aproveitar a folia:

  • Evite longos períodos de jejum. Desta forma, o nível de glicose no sangue não se altera e não há risco de tonturas e desmaios;
  • Com o aumento do gasto energético, opte por alimentos que são fontes de carboidrato, como arroz, macarrão, batata, pão, cereais entre outros, de preferência integrais, causando maior sensação de saciedade. Cereais integrais, frutas e proteínas, como ovos, queijos brancos e sucos são uma excelente opção para acompanhar;
  • Refeições equilibradas e leves, de fácil digestão, mantêm a energia para pular o carnaval. Uma boa salada, e proteínas, como ovos, peixes ou frango, leguminosas, como feijão, lentilha, grão de bico, e uma fonte de carboidrato, como batata doce ou inglesa, macarrão, mandioca e arroz, são os alimentos mais indicados;
  • É necessário tomar cuidado com frituras e comidas gordurosas em excesso, pois retardam o processo de digestão e podem causar sensação de estufamento, cansaço e mal-estar;
  • Bebidas alcóolicas devem ser consumidas com moderação. O ideal é intercalar com dois copos de água, ou um de suco ou água de coco;
  • Para as crianças, quanto mais natural, melhor: frutas, sanduíche natural, queijo em cubinhos, milho cozido e mix de castanhas, por exemplo, são ótimas opções. Para hidratar, água, água de coco e sucos naturais.

 

Para lanches leves, não esqueça de bolsas térmicas para conservar os alimentos e evitar que estraguem. Seguem algumas sugestões:

  1. Frutas: são leves, ricas em nutrientes e alimentam. Maçã e pêra são uma excelente escolha por serem fáceis de transportar;
  2. Barrinha de proteína: além de práticas por ocuparem pouco espaço, são leves e nutritivas, de rápida digestão, o que cansa menos o corpo e dá mais energia;
  3. Frutas secas e mix de castanhas sem sal: fonte de gorduras saudáveis e carboidrato, que garantem energia e nutrem. Sugestão de mix: castanhas do Pará + nozes + amêndoas + uvas-passas + damascos;
  4. Bananada sem açúcar: com baixa calorias, essa é uma opção muito prática e saudável para dar energia para a maratona do carnaval;
  5. Sanduíche natural: leve e rico em fibras e proteína com baixa gordura. Sugestões de recheios: pasta de ricota, cottage com azeite, requeijão light com orégano, frango desfiado com alface e tomate. Manter em bolsa térmica;
  6. Paçoca sem açúcar: fonte de energia e gordura saudável;
  7. Biscoito polvilho: tem baixa caloria, contém fibras e carboidratos. Procure os mais naturais;
  8. Frutas desidratadas: energia concentrada de carboidrato e fibras. Opções: damasco seco, ameixa seca, tâmara, uva-passa escura e branca etc.;

O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 10 a 14 anos serão priorizadas para a vacinação contra a dengue diante do número limitado de doses. Eles devem começar a ser vacinados em fevereiro. A pasta também selecionou 521 municípios - de 16 Estados e o Distrito Federal - que serão contemplados.

 

A faixa etária está dentro do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 6 aos 16 anos. De acordo com Eder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.

 

Entre janeiro de 2019 e novembro de 2023, foram 16,4 mil internações, com isso, ficando atrás dos idosos, grupo não abrangido pelo registro da vacina, segundo a Saúde.

 

A escolha das cidades, segundo Gatti, seguiu os seguintes critérios: grande porte, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue entre 2023 e 2024; predominância do sorotipo 2 da dengue; e a definição das regiões de saúde.

 

A tônica da fala das autoridades alerta, porém, que embora a vacinação ocorra ao longo do ano, os efeitos não serão sentidos no curto prazo, e destacaram que o foco do combate à doença neste ano serão ações combinadas, com controle do vetor, o mosquito Aedes Aegypti, e conscientização sobre a eliminação dos criadouros dele.

 

"A vacinação contra dengue é uma novidade auspiciosa", afirmou Nísia Trindade, ministra da Saúde, que reforçou a qualidade e segurança do imunizante da Takeda, indústria responsável pela Qdenga, em sua fala. "Mas vai ser um instrumento cujo impacto não vamos ver agora no curto prazo."

 

Foi reforçada também a preocupação com o cenário epidemiológico deste ano. Só nas três primeiras semanas epidemiológicas, mais de 120 mil casos prováveis foram registrados antes dos 44 mil da mesma época do ano passado.

 

"Já a partir de outubro (do ano passado) vemos que a linha de casos está acima do canal endêmico", afirmou Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. "E agora, nas primeiras semanas de janeiro, já observamos um aumento substantivo do número de casos."

 

"Vamos sentir o efeito da vacina para daqui a dois anos. O manejo diário tem que continuar", falou Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário de Atenção Especializada à Saúde. "Não podemos abrir mão das outras estratégias, e, mesmo as pessoas que são vacinadas, não podem abrir mão dos cuidados individuais e nos cuidados do seu domicílio", reforçou Gatti.

 

Neste ano, 12 óbitos por dengue foram registrados. Em 2023, foram 26. Alda atribuiu a queda da letalidade ao preparo das equipes de saúde para manejar os casos.

 

Pela primeira vez em muito tempo, os quatro sorotipos do vírus causador da doença (1, 2, 3 e 4) circulam no País e o El Niño eleva as temperaturas, criando um clima ideal para o mosquito vetor, o Aedes Aegypti, se reproduzir cada vez mais. Atualmente, o tipo 1 prevalece, mas as autoridades se preocupam com a expansão do 2.

 

Conforme adiantou o Estadão, 2023 se concretizou como o segundo ano com maior número de casos prováveis da doença desde 2000, perdendo - por pouco - para 2015. Isso puxado por um inédito avanço expressivo da dengue na Região Sul do País, onde historicamente o mosquito não triunfava.

 

Esquema vacinal

 

A estimativa da pasta é vacinar 3,2 milhões com as 6,5 milhões de doses disponíveis para 2024. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Para 2025, o ministério já contratou 9 milhões de doses.

 

A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil no sábado, 20. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. O ministério comprou 5,2 milhões de doses e a farmacêutica vai doar mais 1,3 milhão.

 

"O Brasil continuará buscando por mais vacinas e esperamos também que outros produtores possam contribuir. Vislumbramos o licenciamento da vacina do Butantã no futuro próximo, com produção nacional, que vai agregar ainda mais em números de doses", afirmou Gatti.

 

Já a partir do ano que vem, o ministério quer ampliar a faixa elegível. "Por exemplo, as pessoas vacinadas este ano que completarem o esquema de 2 doses, não vão precisar ser vacinadas no ano que vem. Então, a gente avança para uma nova coorte, e, assim, uma parcela progressiva da população vai sendo exposta ao imunizante", adiantou Gatti.

 

Segurança e eficácia

 

"Com relação a ao futuro da vacinação, temos que lembrar que o laboratório produtor licenciou a vacina com dados muito robustos de imunogenicidade, segurança e eficácia. Só que precisamos observar também o desempenho do imunizante ao longo dos anos. O laboratório está completando 4 anos de seguimento das pessoas que foram inicialmente incluídas nos estudos clínicos."

 

"Se no futuro vamos precisar mudar a estratégia, o número de doses ou qualquer coisa do tipo, precisamos acompanhar o desempenho do produto", finalizou.

 

Secretária de Saúde do DF - que é a unidade da federação com maior incidência da doença neste ano, conforme o painel de monitoramento do ministério -, Lucilene Florêncio, que representou o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) na coletiva, relatou o cansaço dos profissionais da saúde. "As equipes estão bastante cansadas. Ainda não deu tempo de recuperação da (emergência da) covid e já estamos nos deparando com essa situação (da dengue)."

 

Saiba se o seu município terá vacinação contra dengue clicando aqui.