Darlan brilha e seleção brasileira masculina se vinga da Argentina na Liga das Nações de Vôlei

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Sob a batuta do jovem e talentoso Darlan, a seleção brasileira de vôlei se redimiu da apresentação pífia diante de Cuba com uma grande vitória em batalha de cinco sets nesta quinta-feira, se vingando da arquirrival Argentina. O campeão da Superliga com o Sesi-Bauru, de somente 21 anos, anotou 20 pontos e comandou o triunfo por 3 sets a 2, parciais de 25/13, 20/25, 19/25, 25/22 e 15/11 pela segunda rodada da Liga das Nações, no Maracanãzinho, no Rio. Lucarelli cresceu a partir do terceiro set e contribuiu com outros 16 pontos.

Com a torcida especial das ginastas Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Flávia Saraiva e um público extremamente atuante, o Brasil melhorou bastante em fundamentos que não funcionaram diante dos cubanos, casos do bloqueio, ataques pelo meio de rede e o saque. Mostrando concentração para superar momento delicado na partida e, com jogo forte que era esperado já na estreia, fechou no tie-break.

Nesta sexta-feira, sem tempo para descansar, o Brasil tem novo desafio gigante, desta vez contra a Sérvia, jogo no qual buscará seu segundo triunfo neste retorno do técnico Bernardinho. O encerramento da primeira fase da Liga das Nações ocorre no domingo de manhã, diante da Itália.

Depois de ganhar a disputa do bronze nos Jogos de Tóquio, em 2021, os argentinos voltaram a aprontar diante do Brasil com 3 a 0 na final do Campeonato Sul-Americano, em Recife, no ano passado. Ganhar o clássico no Maracanãzinho não era apenas questão de honra, mas importante para se vingar e complicar a busca dos arquirrivais por vaga em Paris-2024 - iniciaram a partida em sétimo no ranking. E espantar o rótulo de "freguês."

A derrota na estreia diante de Cuba fez o técnico Bernardinho mexer na equipe. O meio de rede Lucão, poupado, deu lugar para Isac no time titular. Já o ponteiro Adriano foi observado desde o início na vaga de Leal, maior pontuador do jogo de terça-feira, em troca ousada de Bernardinho.

A seleção entrou em quadra com festa antes do primeiro ponto, na emocionante capela durante o hino nacional. Com arquibancadas mais uma vez lotadas, a esperança de uma apresentação melhor. Apoio não faltava. Tampouco confiança. Mas era necessário sacar melhor - foram 19 erros diante de Cuba - e ajustar o bloqueio, inoperante na estreia.

A primeira boa vantagem na parcial que começou equilibrada veio com o primeiro bloqueio brasileiro na partida e depois em contragolpe para a seleção abrir 7 a 4. Os argentinos não acertavam nada e Darlan obrigou o técnico Marcelo Mendez - ganhou tudo dirigindo o Cruzeiro - a pedir o primeiro tempo com 10 a 5. Darlan virava todas as bolas.

Diferentemente do jogo contra Cuba, até os erros brasileiros davam certo e o time fazia o ponto. A seleção estava mais "ligada" e precisa. O bloqueio colaborava e não vinham desperdícios de ataques ou contragolpes. Com nova pancada de Darlan, seu sexto ponto no set, o Brasil subiu a vantagem para 15 a 7.

Sem sustos e em grande apresentação, o Brasil abriu 1 a 0 com Adriano fechando a parcial com imponentes 25 a 13. Darlan, autor de somente 10 pontos contra os cubanos, foi o destaque do set com nove ataques bem executados.

Depois de largar bem no segundo set, com 5 a 3, o Brasil cometeu três erros seguidos e viu os argentinos abrirem vantagem. Lucarelli não deixou os hermanos se empolgarem. Darlan recolocou o time em vantagem com 11 a 10 após grande defesa de Lucarelli.

Em momento de falta de estabilidade brasileira, a Argentina conseguiu abrir 17 a 14 e obrigou Bernardinho à primeira pausa. O treinador optou por passar calma aos jogadores, dizendo que os erros já eram passado e mostrou confiança em reação na parcial. Teve de pedir nova pausa com 22 a 18 contra, pedindo para o Brasil rodar. O empate em sets veio após erro de Adriano e 25 a 20.

O terceiro set começou com princípio de confusão, após comemoração exagerada de Danani e cobrança de Bruninho, que ultrapassou a quadra para reclamar da postura do líbero argentino. O levantador foi punido com cartão amarelo. Bernardinho pedia calma aos brasileiros, mas os hermanos abriram logo 3 a 1. O jogo ficou tenso.

Depois de ceder o empate por 6 a 6, a Argentina voltou a dominar o placar. Bruno Lima, Vincentín e Palonsky começaram a superar o bloqueio verde e amarelo com facilidade. O Brasil perdeu a concentração com a provocação e os erros apareceram em série: 11 a 6. A vantagem aumentou para sete pontos com 21 a 14. Sem vibração, veio a virada com 25 a 19.

Necessitando reagir no quarto set, o Brasil desperdiçou contra-ataque importante com Darlan para abrir vantagem de dois pontos no começo da parcial. Ao menos, caminhava ponto a ponto com os oponentes. Até Isac, pelo meio, enfim, colocar o Brasil com dois pontos a mais no placar: 14 a 12.

A torcida novamente inflamou e Lucarelli começou a acertar seus ataques. E também o saque. Com ace do camisa 7, o Brasil abriu importante 18 a 15. Depois, no bloqueio de Flávio e ataque de Adriano, ampliou para 22 a 18. O time abriu 24 a 21, mas desperdiçou as duas primeiras chances de fechar. Lucarelli igualou a partida e aliviou a tensão. Primeira partida da Liga das Nações a ser decidida no tie-break.

O set mais curto começou com ace de Lucarelli e com Darlan somando seu 18º ponto em contragolpe. Abrir dois pontos de início era fundamental para desestabilizar os argentinos. Mas o toque na rede de Darlan deixou tudo igual: 3 a 3. O garoto se redimiu ao fazer 5 a 3 e vibrar muito.

A virada de quadra veio com 8 a 6 após bola pelo meio de Isac. Em ataque de Lucarelli, o Brasil subiu para 10 a 7. "Oh, Brasil olê, Brasil olê", já comemorava a torcida no pedido de tempo argentino. O ponteiro, em saque forte, deixou o time com 11 a 7. Após bola para fora de Vicentin, 14 a 10 e desespero dos adversários. Só um milagre salvava a Argentina. Ele não veio, com Flávio definindo.

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.