Roland Garros tem vitória de Wawrinka sobre Murray e estreia de teto retrátil

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O primeiro dia da chave principal de Roland Garros, neste domingo, contou com vitórias de veteranos, chuva e estreia do teto retrátil da quadra Suzanne Lenglen, além da primeira zebra. Um dos jogos mais aguardados do dia envolveu dois campeões de Grand Slam: Stan Wawrinka e Andy Murray.

O tenista suíço, ex-número três do mundo, mostrou estar em melhor forma física e derrubou o britânico por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/4 e 6/2. Wawrinka, de 39 anos, foi dominante ao longo de toda a partida, esbanjando melhor preparo enquanto Murray parecia mais contido e buscando alternativas diante da solidez do rival.

Atualmente, ambos vivem seus momentos finais no circuito, embora sem data para despedidas. Wawrinka é o atual 98º do mundo, posição muito distante do que costumou frequentar no ranking há 10 anos, quando apareceu pela primeira vez entre os três melhores do mundo. Junto com Murray, Rafael Nadal, Novak Djokovic e o já aposentado Roger Federer, ele integrou o que especialistas chamaram de Big 5 do tênis masculino.

Na década passada, Wawrinka se destacou pela conquista de três títulos de Grand Slam - só não levantou o troféu em Wimbledon. Além disso, se tornou pedra no sapato de Nadal, Djokovic e Federer nas principais competições do mundo. Com o compatriota, levou a Suíça ao título da Copa Davis.

Murray, por sua vez, alcançou o topo do ranking em 2016. O escocês de 37 anos também foi campeão de Grand Slam por três vezes, concentrados entre US Open e Wimbledon. E foi bicampeão olímpico. Problemas físicos, contudo, quase anteciparam o fim da sua carreira antes da pandemia. Neste domingo, esteve longe de fazer páreo para Wawrinka.

Na segunda rodada, o tenista da Suíça vai enfrentar o vencedor do duelo entre o favorito britânico Cameron Norrie e o russo Peter Kotov. Mas Wawrinka não foi o único veterano a vencer neste domingo.

O japonês Kei Nishikori, ex-número quatro do mundo, superou o canadense Gabriel Diallo em uma batalha de cinco sets: 7/5, 7/6 (7/3), 3/6, 1/6 e 7/5. Foi apenas o segundo jogo do japonês no circuito profissional neste ano. Antes, perdera na estreia no Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos, em março.

Assim como Murray, Nishikori vem enfrentando seguidos problemas físicos que o impediram de competir em alto nível nos últimos anos. O tenista de 34 anos é o atual 350º do mundo. Seu adversário na segunda rodada vai sair do confronto entre o americano Ben Shelton e o francês Hugo Gaston.

Richard Gasquet foi outro tenista experiente a vencer. O francês de 37 anos superou o croata Borna Coric por 7/6 (7/5), 7/6 (7/2) e 6/4 na estreia do teto retrátil na Suzanne Lenglen, a segunda maior quadra do complexo de Roland Garros. A utilização do teto foi necessária em razão da chuva, que atrapalhou parte da programação do primeiro dia da competição disputada em Paris.

Entre os demais jogos da chave masculina, avançaram os seguintes cabeças de chave: o russo Andrey Rublev (6º), o polonês Hubert Hurkacz (8º), o búlgaro Grigor Dimitrov (10º) e o americano Sebastian Korda (27º). Já o francês Ugo Humbert (17º) e os chilenos Nicolas Jarry (16º) e Alejandro Tabilo (24º), surpresa da gira de saibro, se despediram de forma precoce do Grand Slam francês.

FEMININO

A outra chave de simples contou com a primeira grande surpresa da competição. Campeã em 2021, a checa Barbora Krejcikova foi superada pela suíça Viktorija Golubic por 7/6 (7/3) e 6/4. A ex-número dois do mundo é a atual 26ª colocada do ranking da WTA. Com o resultado, ela repetiu as quedas na estreia tanto em 2023 quanto em 2022.

Entre as favoritas, avançaram: a letã Jelena Ostapenko (9), a ucraniana Dayana Yastremska (30), a francesa Caroline Garcia (21), a checa Katerina Siniakova (32) e a americana Sofia Kenin, campeã do Aberto da Austrália de 2020. Já a cabeça de chave Veronika Kudermetova (29ª), da Rússia, se despediu na rodada de abertura.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.