Primeira participação de um brasileiro negro na Olimpíada completa 100 anos

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Os olhos do mundo miram Paris para os Jogos Olímpicos. Separadas por um século e um universo de mudanças na forma de acompanhar esportes, a edição de 1924 tinha o mesmo endereço que a deste ano. Na capital francesa, há 100 anos, Alfredo Gomes foi o primeiro atleta negro a representar o Brasil em uma Olimpíada. O feito é motivo de orgulho do Clube Espéria, em São Paulo, onde ele treinava, e visto como um dos legados deixados pelo corredor.

Alfredo Gomes nasceu em Areias (SP), no Vale do Paraíba, em 1899, somente 11 anos depois da abolição da escravatura no Brasil. Os avós eram pessoas escravizadas que haviam sido libertadas. Ele se mudou para São Paulo, onde trabalhava como eletricista. O trabalho era conciliado com atividades de futebol no Clube Espéria, fundado por italianos às margens do Rio Tietê, em 1899.

Do campo, Alfredo foi para a pista. Ele tinha destaque e vencia provas organizadas na capital paulista. Por isso ganhou o apelido de "Rei do Fôlego". "Ele foi aceito pela elite esportiva, a qual a maioria era branca. Ele só correu pelo Clube Espéria, fundado por imigrantes italianos. É um lugar onde ele foi muito bem quisto", conta Antonio Carlos de Paula, neto de Gomes e autor de duas obras sobre o atleta: "Alfredo Gomes: Vida, Vitórias e Conquistas" e "Brasil - 100 Anos de Negritude Olímpica".

O caso de Gomes era exceção. O contexto era de heranças escravagistas latentes. Em 1921, por exemplo, o presidente Epitácio Pessoa pediu que a Confederação Brasileira de Desportos não convocasse jogadores negros para o Sul-americano do Chile, no que foi uma das primeiras apropriações políticas da seleção brasileira de futebol.

Nesse cenário, Gomes continuava a treinar e vencer. Ele participou da seletiva de atletas da Federação Paulista para os Jogos Olímpicos de 1924 e foi um dos escolhidos para provas de 800m, 1.500m, 3.000m com obstáculos, 5.000m e cross-country. Foi ele também o porta-bandeira do Brasil.

O problema é que o Comitê Olímpico Internacional já havia recebido, com surpresa, a informação de que o Brasil não participaria do atletismo nos Jogos. Isso foi contornado, mas outro problema se estabeleceu: o custo da viagem, feita de navio, na época.

"Precisou passar o chapéu para arrecadar dinheiro. Não tinha recursos. Tanto que foi uma equipe reduzida, com oito atletas somente. A falta de incentivo ao esporte é centenária. Hoje melhorou. Naquela época, era amor ao esporte, com uma chama de amadorismo até", descreve Antonio Carlos.

O Estadão participou da divulgação da arrecadação, a qual chamou de "iniciativa digna de apoio". "A campanha que o Estadão realizou que foi muito importante para os atletas viajassem", conta o historiador do Clube Espéria, André Bertin. Entre 22 e 25 de maio de 1924, o jornal publicou notas com a situação da Federação Paulista em relação à viagem, listando as contribuições com o nome de doadores e valores doados. Em 27 de maio, a delegação partiu rumo a foi Santos e, de lá, para a França.

"O povo de São Paulo, tão generoso em favor das iniciativas realmente úteis para a colectividade, está compreendendo bem a importância e o alcance dos esforços da Federação Paulista de Atletismo para que o Brasil não deixe de ser representado na Olimpíada de Paris e assim lhe vem prestando significativo apoio", dizia a edição de 23 de maio de 1924.

Das provas que estava inscrito, Alfredo acabou disputando apenas os 5.000m, no qual ficou em nono, e o cross-country individual. Este último não foi completo por Alfredo e outros 23 atletas, que pararam a prova devido a um calor acima 40ºC do verão parisiense.

Os resultados foram celebrados mesmo assim. "Com o decorrer do tempo, na medida que as pessoas foram tomando consciência da importância do atleta, abriu espaços para outros. O Alfredo Gomes deixou um legado nesse sentido. Um símbolo da sua época, fazia pouco tempo que havia sido assinada a Lei Áurea, com as dificuldades da época na inserção na sociedade", aponta Bertin.

Ele cita outros atletas do Espéria que vieram após Gomes, como José Bento de Assis, Wanda dos Santos e Melânia Luz, a qual teve sucesso pelo São Paulo.

No resgate da memória do avô, Antonio Carlos cita a dificuldade de contar a história de um atleta negro dos anos 1920. "Há um branqueamento do esporte brasileiro. Que dirá com os outras (áreas). Fizeram isso com Machado de Assis. Só depois de anos trouxeram que a figura não era a que se vendia na capa de livros", critica.

Após os Jogos de 1924, a delegação ficou ainda seis meses na Europa. O retorno imediato não foi possível devido à Revolta Paulista deflagrada por tenentistas naquele ano.

De forma autodidata, Gomes aprendeu inglês, italiano, alemão e francês. Ele disputou provas no tempo ficado no continente europeu. Segundo Antonio Carlos, a medalha de ouro de uma delas foi derretida e serviu de aliança de casamento entre ele e a noiva, Camila Gomes.

ALFREDO GOMES FOI O 1º VENCEDOR DA SÃO SILVESTRE

A mais famosa corrida da América do Sul foi criada em 1925, ainda restrita a paulistanos. Na primeira edição, Gomes foi o vencedor. Em 1954, com 55 anos, o atleta continuou a correr, apenas para provar que conseguia chegar no final da prova. "Ele abriu caminhos para outros. Foi uma barreira muito grande. É incrivelmente triste essa situação", conclui o neto.

O corredor ainda treinava aos 64 anos, até 17 de março de 1963. Ele havia completado 2 km, quando chegou à exaustão, e o corpo não aguentou mais. Foi na mesma pista do Clube Espéria que a vida de Alfredo Gomes chegou ao fim.

Os feitos dele continuam vivos na memória. Em 4 de agosto, haverá a segunda edição da Corrida Alfredo Gomes, em Areias. Cada nova forma de relembrá-lo é uma iniciativa digna de apoio.

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Medicamento inovador que aguarda aprovação da ANVISA é capaz de tratar os efeitos neurológicos da MPS- II, proporcionando benefícios e suporte para os pacientes

As mucopolissacaridoses (MPSs) são doenças genéticas raras e progressivas. Entre as diversas variações, a tipo II (também chamada de Síndrome de Hunter ou MPS-II) é a que apresenta maior prevalência no Brasil.   

A MPS tipo II resulta de uma falha em um gene localizado no cromossomo X, razão pela qual a MPS-II afeta quase exclusivamente os meninos.  A doença leva à deficiência na produção de uma das enzimas responsáveis pela degradação dos glicosaminoglicanos (GAGs), substâncias presentes em quase todos os tecidos do nosso corpo. Quando não são degradadas, essas substâncias se acumulam nas células do organismo, podendo causar aumento dos órgãos, problemas respiratórios, circulatórios, esqueléticos, surdez, dificuldade no desenvolvimento e deterioração neurológica, comprometendo a qualidade de vida e reduzindo a longevidade dos pacientes afetados.  

Os sintomas começam a ser perceptíveis nos primeiros meses de vida. A criança com MPS-II pode ter aumento do fígado e o baço, articulações enrijecidas, atraso na fala, dificuldades de atenção e perda de habilidades adquiridas, entre outras manifestações. Contudo, esses sinais podem ser confundidos com outras patologias, fazendo com que o paciente passe por diferentes especialistas e seja submetido a uma série de exames – e às vezes a tratamentos inadequados também –, até receber o diagnóstico correto, por meio de testes bioquímicos e genéticos.  

Apesar dos avanços no conhecimento sobre essas patologias, a conscientização, o diagnóstico precoce e a adoção de tratamentos adequados continuam sendo grandes desafios. A difusão de informações sobre MPS II, a implementação de um teste do pezinho ampliado que inclua essa doença, e disponibilização de tratamentos que tenham impacto sobre as suas manifestações neurológicas, são medidas importantes para mudar esse cenário. 

Inovação no Tratamento: Uma Revolução para a MPS II 

Atualmente, o tratamento disponível no Brasil para a MPS-II não é capaz de tratar os efeitos neurológicos da doença por causa da chamada “barreira sangue-cérebro”.  Essa camada defensora é formada por um conjunto de células que atuam como um filtro altamente seletivo, que protege o sistema nervoso central de ataques de microrganismos e impede que a maioria dos medicamentos administrados por via oral ou injetados no sangue cheguem até o cérebro. 

Mas, o mais novo tratamento para a MPS II, aprovado desde 2021 no Japão, pode revolucionar o curso da doença. A tecnologia, que no Brasil está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permite que uma medicação administrada na veia seja capaz de atravessar a barreira sangue-cérebro e fazer com que moléculas cheguem até o sistema nervoso central. Um dos primeiros medicamentos a usar essa tecnologia contém a enzima similar à deficiente nos pacientes com MPS II, que a partir de uma administração intravenosa se distribui para todo o organismo, incluindo o sistema nervoso

Roberto Giugliani, médico geneticista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), além de Head de Doenças Raras da Dasa Genômica e Diretor da Casa dos Raros, lembra que o Brasil está participando ativamente dessa revolução da medicina.  

“Nos estudos clínicos, os indicadores de eficácia foram bem evidentes, com redução dos biomarcadores da doença no sangue, na urina e no líquido céfalo-raquidiano (que indica a atuação do medicamento no sistema nervoso central). Esta é uma indicação bem clara, além de diversos outros fatores positivos como melhora cognitiva, diminuição da medida do fígado e do baço, melhora da respiração, entre outros, que o medicamento se mostrou muito eficaz, fazendo uma grande diferença na qualidade de vida dos pacientes e dos familiares. Quando pensamos que a MPS II é uma doença rara, com cerca de apenas 2 novos casos diagnosticados no país a cada mês e que os pacientes que estão fora do estudo não estão recebendo o tratamento e que pioram a cada dia no seu quadro neurológico, entendemos que se torna necessária e urgente a aprovação do novo medicamento pela Anvisa”, afirmou Roberto Giugliani, responsável pela pesquisa com alfapabinafuspe no Brasil.  

Os resultados da fase II revelaram que o tratamento pode ser benéfico para manter ou estabilizar o desenvolvimento neurocognitivo dos pacientes que apresentam a manifestação grave da doença. Além disso, promove a melhora da atenção em pacientes com a forma atenuada da doença. Adicionalmente, como esperado, mostrou eficácia também sobre as manifestações fora do sistema nervoso central. Portanto, pode ser utilizado para o tratamento das manifestações neurológicas e não-neurológicas, beneficiando a todos os pacientes com MPS II. 

"Os pacientes e cuidadores relataram melhora dos indivíduos em atividades como caminhada (78%), agarrar objetos sem dismetria ou tremor (55%), interação social (55%) e qualidade do sono (33%)”, complementa Dr. Roberto Giugliani. 

Durante o verão, a pele está mais exposta a fatores como radiação solar intensa, calor, suor e umidade, o que exige cuidados específicos para mantê-la saudável e protegida.

 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais constante no Brasil, correspondendo a 30% dos tumores malignos que são registrados anualmente. "O sol, através dos raios ultravioletas, leva a uma alteração no DNA celular, desencadeando o câncer, que chamamos de neoplasia", conta o Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.

 

O calor também leva a desidratação da pele deixando-a mais ressecadas e mais propícia a eczemas e infecções. De acordo com o Dr. Fraga, além de questões genéticas, a exposição ao sol de maneira prolongada, repetida e, é claro, sem a proteção adequada ainda é o principal fator de câncer de pele.

 

Os tratamentos variam conforme o estágio e tipo de câncer, que vão desde cauterizações, aplicações de ácido, nitrogênio líquido até cirurgia, bem mais frequente. Além disso, é preciso estar sempre atentos às pintas do nosso corpo: "Existe uma regra para suspeitarmos da pinta, que é a regra do ABCDE:

 

A-          Assimetria

B-          Bordas irregulares

C-          Cores diferentes na mesma pinta

D-          Diâmetro da pinta maior que 0,6 cm

E-            Evolução, se a pinta está crescendo ou não", ensina o especialista.

 

Para evitar futuros problemas, os cuidados são simples. Além do uso do protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e frios, o melhor método ainda é evitar a exposição em horários cujo raios ultravioletas estejam na sua maior intensidade, ou seja, das 10h da manhã até às 16h.

 

Manter a pele protegida no verão ajuda a prevenir danos como manchas, envelhecimento precoce e até câncer de pele. Além disso, cuidar da hidratação e usar os produtos certos contribuem para uma pele mais saudável e com aparência radiante.

 

Em um mundo cada vez mais acelerado, o autocuidado tem se tornado um momento essencial para recarregar as energias e investir na saúde e bem-estar. Quando se trata da pele do rosto, área mais exposta às agressões diárias, o uso de cremes faciais é uma das formas mais eficazes de garantir nutrição, proteção e uma aparência radiante.

A hidratação é a base de uma pele saudável. Uma pele bem hidratada apresenta melhor elasticidade, viço e menor propensão a rugas e linhas de expressão. Além disso, auxilia na barreira de proteção contra agressões externas, como poluição e variações climáticas.

A busca por uma pele saudável e com aparência jovial impulsionou o mercado de dermocosméticos, oferecendo uma variedade de cremes faciais com diferentes propósitos e benefícios. No mercado atual, encontramos cremes faciais com formulações cada vez mais avançadas, que vão além da simples hidratação. Eles combatem sinais de envelhecimento, reduzem a oleosidade, acalmam irritações e preparam a pele para diferentes situações, como a aplicação de maquiagem ou a regeneração noturna.

Além da escolha dos produtos adequados, é fundamental estabelecer uma rotina de cuidados com a pele. A limpeza facial diária, a hidratação e o uso de protetor solar são passos essenciais para manter a saúde e a beleza da pele. A frequência e os produtos utilizados podem variar de acordo com o tipo de pele e as necessidades individuais, por isso, consultar um dermatologista pode ser uma ótima opção para receber orientações personalizadas”, orienta o esteticista e enfermeiro Dr. Suélio Ribeiro, que também é embaixador da Raavi.

Adotar uma rotina de cuidados com cremes faciais vai além de questões estéticas. Entre os principais benefícios estão:

  • Hidratação prolongada: Produtos com tecnologia avançada garantem que a pele permaneça hidratada ao longo do dia ou da noite, prevenindo ressecamento e desconforto.
  • Prevenção de sinais de envelhecimento: Ingredientes como vitamina E e colágeno ajudam a combater os radicais livres e manter a elasticidade da pele.
  • Controle de oleosidade: Fórmulas específicas, como as em gel, equilibram a produção de sebo, promovendo uma aparência saudável e livre de brilho.
  • Ação regeneradora: Cremes noturnos auxiliam na renovação celular, deixando a pele mais uniforme e macia.

Investir em cremes faciais na rotina é um gesto de autocuidado que combina saúde, beleza e autoestima. Com opções versáteis e eficazes, como as da Raavi Dermocosméticos, é possível atender às necessidades específicas de cada tipo de pele, garantindo resultados visíveis e duradouros. Afinal, cuidar de si mesmo nunca foi tão importante e recompensador”, completa Gláucia Rotta, head de marketing da Raavi Dermocosméticos.

A Raavi Dermocosméticos apresenta uma linha completa de cremes faciais que atendem às diversas necessidades da pele:

  • Creme Hidratante Facial Nutritivo: Ideal para quem busca hidratação intensa e prolongada, esse creme combina ativos como vitamina E, colágeno vegetal, pré-bióticos, niacinamida, pantenol e manteiga de karité. Ele não apenas nutre profundamente a pele por até 48 horas, mas também auxilia na prevenção de linhas finas e na preparação para maquiagem.
  • Creme Gel Hidratante Facial Refrescante: Desenvolvido especialmente para peles que sofrem com oleosidade, o gel refrescante oferece hidratação leve e rápida absorção. Seus principais ativos, ácido hialurônico e extrato de pepino, deixam a pele saudável, livre de brilho indesejado e pronta para enfrentar o dia com frescor.
  • Creme Hidratante Facial Noturno: Durante a noite, a pele entra em processo de regeneração, e este creme é o aliado perfeito para potencializar os cuidados. Sua fórmula com pré-bióticos, niacinamida, manteiga de karité, vitamina E, pantenol e glicerina promove hidratação profunda e renovação celular, resultando em uma pele descansada e revitalizada ao amanhecer.