Teddy Riner cumpre expectativa, leva 3º ouro individual e canta hino francês com a torcida

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O francês Teddy Riner deu mais argumentos aos que o consideram o maior judoca da história. Diante das arquibancadas lotadas do Campo de Marte, que contava inclusive com o presidente francês Emmanuel Mácron na torcida, o atleta nascido em Guadalupe conquistou, nos Jogos de Paris-2024, seu terceiro ouro olímpico individual nesta sexta-feira.

A conquista diante de sua torcida levou Riner ao posto de judoca mais condecorado na história olímpica com seis medalhas (quatro ouros e dois bronzes) em cinco edições, iniciada com o bronze em Pequim-2008. Ele também se igualou ao japonês Tadahiro Nomura, primeiro e até então único a ganhar três ouros em Jogos (Atlanta-96, Sydney-2000 e Atenas-2004).

Na final de Paris, Riner venceu o sul-coreano Minjong Kim, líder do ranking mundial, com um ippon (o golpe perfeito) a 16 segundos do final da luta. Antes, passou pelo terceiro do ranking, Temur Rakhimov, do Tadjiquistão, na semifinal, pelo quarto do mundo, o georgiano Guram Tushishvili, nas quartas, e pelo 15º do ranking, Magomedomar Magomwedomarov, dos Emirado Árabes Unidos, na estreia. O francês apareceu apenas na sétima posição na última lista publicada pela Federação Internacional de Judô.

O atleta se aventurou, na adolescência, na escalada, golfe, tênis e natação. Quando optou pelo quimono, aos 15 anos, foi treinar no Instituto Nacional de Esporte, Expertise e Desempenho (Insep), do Ministério de Esportes da França, em Paris. Agora, 20 anos depois, acumula além das medalhas olímpicas 10 títulos mundiais. No meio de todas essas conquistas, o Brasil tem um lugar especial na carreira de Riner.

Ele costuma participar de períodos de treinamento por aqui e conquistou seu primeiro título mundial no Rio de Janeiro em 2007, quando, aos 18 anos, se tornou o mais jovem campeão mundial. O Rio também presenciou o segundo ouro olímpico dele, nos Jogos de 2016.

No país em que o judô nasceu, Riner "fracassou" e terminou apenas com a medalha de bronze individual após dois ouros seguidos e o título por equipes nos Jogos de Tóquio, em 2021. A campanha ruim para os padrões de excelência estabelecidos pelo francês veio pouco depois do fim de uma invencibilidade de 10 anos. Na terceira rodada do Grand Slam de Paris, em 2020, Riner foi derrotado pelo japonês Kageura Kokoro e viu uma série de 154 lutas seguidas com vitória chegar ao fim.

Aos 35 anos, Teddy Riner poderia optar por um final de carreira grandioso, ouvindo e cantando o hino francês (La Marseillaise) com seus compatriotas no alto do pódio olímpico, mas isso não é certo. "Fadiga não é uma preocupação no momento, então por que eu deveria parar se sou apaixonado pelo que faço? Por enquanto estou concentrado em 2024, mas também estou considerando a possibilidade de lutar em 2028", afirmou ele, antes da Olimpíada, ao jornal L'Equipe.

A organização dos Jogos de Paris-2024 informa que o mais vitorioso judoca da história olímpica pode ainda tentar aumentar sua coleção de medalhas, já que está inscrito para a disputa por equipes, na qual a França busca o bicampeonato e acontece neste sábado.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.