Brasileiros ficam abaixo da expectativa em 2º dia do atletismo cheio de eliminações em Paris

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O segundo dia das provas de atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 foi repleto de eliminatórias para os brasileiros, com frustrações, estratégias equivocadas, marcas surpreendentes, mas insuficientes, e frustrações. Valdileia Martins abriu as atividades matinais se garantindo na final do salto em altura, mas os bons momentos pararam por aí.

Na sessão da tarde em Paris, com seis representantes, o máximo que o País conseguiu foi um 17º no decatlo, com José Fernando Santana, o Balotelli, e com Flávia Maria de Lima indo para a repescagem 1 nos 800m livres após disparar na frente e terminar engolida pelo pelotão.

As primeiras cinco provas do decatlo também ocorreram nesta sexta, com Balotelli começando as disputas do dia com recorde pessoal nos 100m, marcando bons 10s66, sendo o quarto da segunda série e 12º no geral. Ainda saltou para 7,24m (15º melhor) e alcançou 13,97m no arremesso do peso (18º), fechando a primeira sessão na 16ª posição, com 2536 pontos.

Na segunda parte do dia, o brasileiro ainda disputou o salto em altura, passando apenas 1,93m, sendo o 19º, e fez a bateria 1 dos 400m, sendo o segundo da série 1, com 48s78, mas o 16º no geral. Terminou o dia com 4148 pontos, sua melhor marca pessoal, mas bem distante dos melhores.

Nos 800 metros feminino, em eliminatória com muitas favoritas, Flávia Maria de Lima optou por estratégia distinta das rivais e abriu frente até pouco mais da primeira volta. Nos 200 metros finais, contudo, foi perdendo ritmo e, acusando exaustão na reta final, cruzou somente em sexo, com 2min00s73, caindo para a repescagem deste sábado. A cubana Daily Cooper foi a melhor, com 1min58s88.

Gabriele Santos disputou o salto triplo querendo atingir os 14,2m. Sua melhor marca, contudo, acabou sendo um 13,63m nas três tentativas. Terminou na 13ª colocação do Grupo A e em 26º no geral. A melhor foi a cubana Leyanis Perez Hernandez, com 14,68m, da chave B.

No lançamento do disco, Andressa de Morais e Izabela da Silva eram as esperanças nacionais. Andressa competiu antes, no Grupo A, e atingiu 59,14m, perto dos buscados 60 metros que sonhava, mesmo ciente que seria longe de vaga entre as 12 finalistas. Ainda melhorou, com 59,43, insuficientes para a classificação, fechando em 11ª. A quinta e última vaga da chave foi da italiana Daisy Osakue, com 63,11m. A americana Valarie Allman sobrou, com 69,59m.

Já Izabela foi bem melhor logo na primeira tentativa, com 61,68m - seu meta era atingir 64 metros. A marca acabou sendo a melhor da atleta no Grupo B, no qual também fechou em 11ª, e também insuficiente para classificação em eliminatória disputada em alto nível e com a croata Sandra Perkovic fechando no topo com 65,63m. Última das sete garantidas na segunda série, a alemã Marike Steinacker fez 62,63m. No geral, Izabela foi 17ª e Andressa a 26ª.

Sem Darlan Romani, um dos poucos candidatos a pódio do Brasil no atletismo, Wellington Morais foi o representante no arremesso do peso. Mas a disputa olímpica durou pouco, com o atleta queimando suas três tentativas e se despedindo sem marca.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.