Entenda por que primeiro gol do Fluminense em vitória sobre São Paulo foi irregular

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A vitória do Fluminense sobre o São Paulo neste domingo, por 2 a 0, gerou revolta dos são-paulinos, dentro e fora do campo. Nas reclamações da equipe e comissão técnica, o gol marcado por Kauã Elias no primeiro tempo, que abriu o placar no Maracanã, deveria ter sido anulado. O lance chegou a ser checado pelo árbitro de vídeo (VAR), mas não foi revertido por Paulo Cesar Zanovelli da Silva (Fifa-MG). Pela regra, no entanto, o lance deveria ter sido anulado.

Aos 31 minutos, Calleri e Thiago Santos correram para disputar a bola no campo de defesa do Fluminense. O atacante são-paulino reclamou de uma falta e levou a mão ao rosto, mas o bandeirinha Guilherme Dias Camilo sinalizou infração do atacante no zagueiro. Thiago Silva observou o assistente e parou a bola, com a mão, para cobrar a infração. No entanto, Paulo Cesar Zanovelli não apitou, o que faz com que o jogo não estivesse interrompido.

Logo após o gol de Kauã Elias, o VAR analisou os dois lances: se houve falta de Thiago Santos sobre Calleri e se, ao colocar a mão na bola, Thiago Silva cometeu uma infração no lance. Zanovelli, logo após a cobrança da suposta falta, gesticulou com os braços para o jogo seguir. Na cabine do VAR, o árbitro entendeu que o gol foi legal, por não ter considerado infração em nenhum dos lances em questão.

"Se o árbitro não apita, como vai permitir que o Thiago toque com a mão? Depois voltou a ver as imagens. Se dá vantagem, dá de costas para as jogadas e Thiago coloca a mão. Foi ver o VAR e não sei o que falta. Não apitou. Como cobrou a falta se estava de costas?", reclamou Luis Zubeldía, técnico do São Paulo após o jogo. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não divulgou a análise do VAR para a partida.

Segundo o livro de regras da International Football Association Board (Ifab), que rege as regras do esporte, é necessário que o árbitro apite para indicar a infração, se entender que não houve vantagem. Não é necessário o apito para reiniciar o jogo no caso de uma falta no campo de defesa, sem barreira montada, mas, para paralisar a jogada, é necessário que o árbitro sinalize por meio do apito.

Como isso não ocorreu, dá a impressão que Zanovelli sinaliza a vantagem. Ele vira imediatamente de costas para o lance e não consegue ver que Thiago Silva coloca a mão na bola deliberadamente, para cobrar a 'falta'. Rafinha, capitão do São Paulo, chegou a reclamar com o árbitro, mas foi advertido com o cartão amarelo, por "desaprovar com gestos e palavras as decisões da arbitragem".

"Thiago Silva, ao ver a sinalização do assistente, que só tem o dever de sinalizar e não tem poder nenhum no jogo, ele para e põe a mão na bola. O árbitro, nesse momento, está de costas e não vê a mão deliberada que o Thiago Silva leva na bola para bater uma falta que o árbitro não apitou. Na sequência, sai o gol do Fluminense. O árbitro em campo dá o gol, o VAR chama e mostra para ele (árbitro) algumas imagens, inclusive, a mão do Thiago Silva na bola, e mesmo assim eles dão o gol", aponta Renata Ruel, ex-árbitra e comentarista dos canais ESPN.

"Há um erro absurdo de arbitragem. O jogo não foi paralisado. Não teve apito da arbitragem em momento algum. Não teve uma falta para o Thiago cobrar. Aquela mão do Thiago é uma mão deliberada. Se é uma mão deliberada, houve uma infração do Thiago no lance", completa.

Opinião semelhante tem Manoel Serapião Filho, ex-árbitro. "Se o árbitro deu vantagem, o Thiago Silva cometeu falta ao pegar a bola com a mão, pois o jogo não deve parar apenas com o sinal do assistente. Agora, se o árbitro considerou que a falta foi marcada, ou seja se claramente não deu vantagem, o gol não deveria ser anulado nem o VAR intervir, pois apenas houve falha do árbitro ao não usar o apito e o VAR não atua nesses casos", explica o ex-árbitro. "Por isso, a ida ao monitor só se justificava para o primeiro caso e para, obrigatoriamente, anular o gol. Jamais para o próprio árbitro analisar se apitou ou não apitou a falta, tampouco se deu ou não vantagem. Nossa arbitragem está perdida."

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.