Nova Comissão de Atletas do COB tem Hortência e judocas medalhistas em Paris-2024

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A Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB) definiu nesta segunda-feira, em eleição, a sua nova composição. A comissão, que assumirá em 2025, terá a veterana Hortência Marcari, lenda do basquete nacional, e os judocas Ketleyn Quadros e Rafael "Baby" Silva, medalhistas nos Jogos de Paris-2024, entre outros atletas e ex-esportistas.

A comissão que vai cuidar dos interesses dos atletas para o ciclo olímpico a ser encerrado em Los Angeles-2028 será liderada por Fernanda Nunes, que foi a mais votada neste pleito. A esportista do remo recebeu 46 votos entre os 42 candidatos, entre homens e mulheres. No total, 357 atletas votaram nesta eleição, cujo resultado foi anunciado nesta segunda.

Foram escolhidos 24 nomes, sendo 11 mulheres e 10 homens, além de três integrantes que competiram em Jogos Olímpicos anteriores ao Rio-2016. A posse desta comissão está marcada para 2025 junto com os membros do Conselho de Administração e do presidente e vice-presidente do COB - a eleição para a presidência será realizada ainda neste ano.

A lista de candidatos foi dividida em dois grupos: aqueles que disputaram as edições mais recentes dos Jogos Olímpicos e aqueles que estiveram na Olimpíada antes do Rio-2016. Pelas regras, a grande maioria saiu das competições mais recentes.

Nesta lista, os eleitos foram Fernanda Nunes (remo, 46 votos), Beatriz Futuro (rúgbi, 39), Ketleyn Quadros (judô, 34), Adriana Aparecida (atletismo, 32), Rafael Silva (judô, 32), Gustavo Guimarães (polo aquático, 30), Thiagus Petrus (handebol, 30), Bárbara Seixas (vôlei de praia, 27), Lucas Duque (rúgbi, 27), Ana Claudia Lemos (atletismo, 25), Juan Nogueira (boxe, 23), João Luiz Gomes Jr (natação, 23), Luisa Baptista (triatlo, 22), Lucas Verthein (remo, 22), Laís Nunes (wrestling, 20), Gilvan Ribeiro (canoagem velocidade, 20), Jaqueline Mourão (ciclismo MTB, 19), Jeferson Sabino (bobsled, 17), Roberto Maehler (canoagem velocidade, 17), Iris Tang Sing (taekwondo, 14) e Rosane Reis (levantamento de peso, 8).

Entre os que competiram antes do Rio-2016, foram eleitos Hortência Marcari (basquete, 123 votos), Emanuel Rego (vôlei de praia, 77), e Leandro Guilheiro (judô, 72). Como não foi atingida a equidade de gênero exigida no regulamento, será realizada uma nova eleição ainda neste ano para a escolha de uma mulher e, assim, sejam definidos os 25 integrantes da CACOB. No momento, são 11 mulheres, sem incluir a futura presidente Fernanda Nunes.

"A ampliação da Comissão de Atletas do COB é um marco para o Movimento Olímpico do Brasil. Temos um sistema consolidado para acolher a participação dos atletas nas decisões da entidade, assim como um processo eleitoral claro e transparente na escolha dos representantes. A CACOB conquistou o seu espaço nos últimos ciclos e não tenho dúvidas de que seguirá trabalhando para valorizar ainda mais os atletas. Parabéns aos eleitos para a CACOB no próximo ciclo", disse Paulo Wanderley Teixeira, que é candidato à reeleição à presidência do COB.

O processo eleitoral começou no dia 1º de julho, com a publicação do Edital de Convocação da Eleição e nomeada a Comissão Eleitoral. O registro das candidaturas dos atletas dos Jogos do Rio-2016, Tóquio, Pyeongchang-2018 e Pequim-2022 (ambos de Inverno) e de edições anteriores foi de 1º a 3 de julho. De 22 a 24 de julho foram submetidas as candidaturas dos atletas que disputaram Paris-2024.

A votação foi realizada de 26 a 30 de agosto e a apuração, nesta segunda-feira, dia 2. De acordo com o COB, houve um recorte para garantir a equidade de gênero entre os eleitos, já que foram escolhidos os 10 homens e 10 mulheres mais votados. Além disso, foi eleito o campeão de votos entre os atletas que participaram das últimas edições de Jogos e os dois homens e duas mulheres mais votadas entre os esportistas que participaram de Jogos anteriores a 2012.

Existiu também um limite máximo de dois atletas por Confederação (ENAD) entre os atletas que tenham participado de Rio-2016, PyeongChang-2018, Tóquio, Pequim-2022 e/ou Paris-2024. Também houve um limite de dois atletas por gênero entre os quatro que tenham participado exclusivamente de Jogos anteriores a Rio 2016.

Confira a lista dos atletas que receberam votos:

FEMININO

Eleitas

Fernanda Nunes Leal Ferreira (remo): 46 votos

Beatriz Futuro (rúgbi): 39

Ketleyn Quadros (judô): 34

Adriana Aparecida (atletismo): 32

Bárbara Seixas (vôlei de praia): 27

Ana Claudia Lemos (atletismo): 25

Luisa Baptista (triatlo): 22

Laís Nunes (Wrestling):20

Jaqueline Mourão (ciclismo MTB): 19

Iris Tang Sing (taekwondo): 14

Rosane Reis (levantamento de pesos): 8

Não eleitas

Rosângela Santos (atletismo): 12

Maria Portela (judô): 17 - Suplente

Beatriz Dizotti (natação): 16 - Suplente

Jaqueline Ferreira (levantamento de pesos): 7

Vanessa Cozzi (remo): 5

MASCULINO

Eleitos

Rafael Silva (judô): 32

Gustavo Guimarães (polo aquático): 30

Thiagus Petrus (handebol): 30

Lucas Duque (rúgbi): 27

Juan Nogueira (boxe): 23

João Luiz Gomes Jr (natação): 23

Lucas Verthein (remo): 22

Gilvan Bittencourt Ribeiro (canoagem velocidade): 20

Jeferson Sabino (bobsled): 17

Roberto Maehler (canoagem velocidade): 17

Não eleitos

Emerson Duarte (tiro esportivo): 15

Samory Uiki Fraga (atletismo): 15

Brunno Mendonça (hóquei sobre grama): 14

Marcus Vinicius D'Almeida (tiro com arco): 14

Thiago Pereira (natação): 14

Edson Bindilatti (bobsled): 13

Francisco Barretto Júnior (ginástica artística): 12

Arthur Zanetti (ginástica artística): 12

Gabriel Silva dos Santos (natação): 2

Breno Martins Correia (natação): 2

Atletas que competiram antes do Rio-2016:

Hortência Marcari (basquete) - 123

Emanuel Rego (vôlei de praia) - 77

Leandro Guilheiro (judô) - 72

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.