Dorival Júnior fica na seleção após rodada ruim nas Eliminatórias? Entenda cenário

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Contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil teve seu pior desempenho sob o comando de Dorival Júnior. Desde que aceitou o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em janeiro, os jogos contra Equador e Paraguai foram os primeiros do treinador no torneio classificatório para o Mundial. O próprio profissional reconheceu isto, na entrevista coletiva pós-jogo.

O desempenho da equipe sob a batuta do treinador preocupa os torcedores. Soma-se isso ao fato da seleção também ter decepcionado na Copa América - foi eliminada nas quartas de final para o Uruguai e venceu apenas um jogo no torneio. O contrato de Dorival com a CBF vai até o fim do ciclo para a Copa do Mundo de 2026 e, até o início desta Data Fifa, o treinador estava prestigiado pelo presidente Ednaldo Rodrigues.

A tendência é que Dorival não seja demitido após os insucessos nesta rodada das Eliminatórias. A seleção venceu o Equador, por 1 a 0, e foi derrotada pelo Paraguai, pelo mesmo placar. Mesmo com a vitória sobre os equatorianos, o Brasil não obteve o desempenho esperado. Desde a eliminação na Copa América, a palavra de ordem na CBF é "processo". Tanto Dorival quanto Ednaldo acreditam que a equipe teria um momento de oscilação. Mas os quatro próximos jogos das Eliminatórias serão decisivos.

"A expectativa era muito positiva para que tivéssemos um jogo mais consistente. Nós tínhamos esta condição até tomarmos o gol, com trocas de passes conseguimos deixar o Paraguai atrás de sua linha de campo. Depois do gol abrimos mão desta condição. Foi o pior tempo no período em que estamos na seleção", disse o treinador em rápida entrevista coletiva. Um dia antes, ele havia "garantido" que o Brasil estaria presente na decisão da Copa do Mundo em 2026.

O Brasil encara Chile e Peru (em casa), em outubro, e Venezuela e Uruguai (em casa), em novembro. Até aqui, sob o comando de Dorival, a seleção venceu quatro jogos, empatou outros quatro e foi derrotada uma única vez, justamente para o Paraguai - a eliminação na Copa América se deu após empate por 0 a 0 com o Uruguai. Mesmo sem empolgar, os números (aproveitamento de 59,2%) não indicam que o treinador seja trocado de imediato.

Três fatores podem entrar na conta para Dorival continuar na seleção brasileira, pelo menos até os próximos jogos das Eliminatórias: o tempo curto de trabalho, o período reduzido até a Copa do Mundo e o fato de ser o time somar o quarto treinador no ciclo para o Mundial (no caso da saída de Dorival antes do torneio).

O técnico ainda não completou um ano à frente da seleção brasileira. Ele assumiu em janeiro e disputou apenas nove jogos até aqui - Tite, por exemplo, teve dois anos para trabalhar antes da Copa do Mundo 2018 e manteve o projeto para o Catar. Menos de dois anos separam a seleção brasileira do próximo Mundial, nos EUA, Canadá e México, fator que dificultaria o trabalho do próximo treinador.

Além disso, caso seja demitido, a seleção teria seu quarto treinador neste ciclo. Antes de Dorival, Fernando Diniz e Ramon Menezes trabalharam ao longo de 2023. A CBF sonhava com Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e acreditava que havia chegado a um acordo com o treinador, mas a renovação do italiano com o clube espanhol frustrou as expectativas de Ednaldo Rodrigues. À época, a direção da entidade se mostrava confiante de que o profissional assumiria a seleção para a Copa América deste ano.

Dorival foi o treinador com o trabalho mais longevo na seleção até aqui. Diniz disputou seis jogos (duas vitórias, um empate e três derrotas, todos pelas Eliminatórias), enquanto Ramon ficou à frente em três amistosos, com Marrocos, Guiné e Senegal (uma vitória e duas derrotas).

Com dez pontos conquistados em oito partidas nas Eliminatórias da Copa, o Brasil é o 5º colocado na tabela e está a oito pontos da Argentina, que lidera as classificatórias, com 18. A seleção havia alcançado a quarta posição após a vitória sobre o Equador, mas voltou a ser ultrapassado na tabela.

O Brasil tem a vaga para o Mundial ameaçada, portanto. No total, até sete seleções, das dez que disputam as Eliminatórias, podem ter direito a uma vaga no Mundial. As seis primeiras passam de forma direta para a fase de grupos, enquanto a sétima colocada se classifica para a repescagem internacional.

RETORNO DE NEYMAR

Mesmo sem entrar em campo desde 2023, Neymar ainda é o principal nome da seleção brasileira. Dorival e companheiros citam o atacante do Al-Hilal e a importância que o camisa 10 terá no ciclo para a Copa. No entanto, a última vez em que Neymar esteve em campo com a amarelinha foi em outubro de 2023, quando torceu o joelho em duelo com o Uruguai. Com o avanço da recuperação na Arábia Saudita, o retorno do jogador aos campos se aproxima.

Neymar não foi convocado por Dorival para os duelos deste mês nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia é preservar o atacante até que ele tenha totais condições de entrar em campo novamente. Antes da próxima convocação, a entidade irá viajar à Arábia Saudita para entender a condição em que o atacante se encontra.

Caso a CBF, que monitora a recuperação de Neymar, entenda que ele ainda não tem condições para reestrear pela seleção, a próxima Data Fifa acontece em março de 2025, contra Colômbia e Argentina. Dessa forma, ele completaria um ano inteiro sem defender a equipe de Dorival.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.