Invicto em casa, Fortaleza enfrenta Bahia no Castelão para continuar vivo na briga pelo título

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Duas das principais surpresas do Campeonato Brasileiro e buscando grandes feitos na temporada, Bahia e Fortaleza estarão frente a frente neste sábado, às 21h, na Arena Castelão, na capital cearense, pela 27ª rodada. Os objetivos, no entanto, são um pouco diferentes.

Com 49 pontos, o Fortaleza vive um de seus piores momentos na temporada e quer se recuperar o mais rápido possível para não se distanciar da briga pelo título. O time cearense está atrás apenas de Botafogo (53) e Palmeiras (50), e tenta dar a volta por cima após levar 2 a 0 do Corinthians, em casa, nas quartas de final da Copa Sul-Americana.

Com 42, o Bahia tem como meta buscar uma vaga na próxima edição da Copa Libertadores. Hoje, ocupa o sexto lugar. Eliminado recentemente pelo Flamengo da Copa do Brasil, o time de Rogério Ceni conseguiu se reabilitar ao fazer sonoros 3 a 0 no Atlético-MG, na rodada passada.

O Fortaleza se apoia em um curto tabu para superar o rival, que não vence no Castelão desde 2021, quando saiu vitorioso por 4 a 0. Neste período, foram cinco jogos, com três vitórias e dois empates, um deles acabou sendo bom para o clube baiano, que avançou à final da Copa do Nordeste naquele mesmo ano.

O time cearense também tem o melhor aproveitamento como mandante no Brasileirão, 84,6%. Em 13 jogos, foram incríveis 10 vitórias e três empates. É o único invicto em casa, onde é sempre apoiado maciçamente por sua torcida.

Apesar de ter uma missão difícil contra o Corinthians no meio da semana, o técnico Juan Pablo Vojvoda não deverá poupar jogadores, porque a vitória é importante na luta pelo título. Apenas os atletas mais desgastados podem ficar de fora.

O treinador alternou o time contra o Athletico-PR e viu a tática 'naufragar' com as duas derrotas consecutivas. O triunfo, inclusive, pode dar moral na busca por uma vaga na semifinal da Sul-Americana. A tendência é que entre em campo com o que tem de melhor.

"A prioridade é sair rapidamente desse momento de oscilação. Coisa que não é fácil, porque sabemos o que é o futebol, sabemos que temos adversários que estão lutando por coisas importantes também. Conseguimos uma sequência importante de vitórias, agora estamos numa sequência que não estão bons o funcionamento e o resultado", disse o treinador.

Do lado do Bahia, não há dúvidas. Rogério Ceni colocará em campo os seus principais jogadores para se firmar ainda mais na zona de Libertadores. O treinador não terá o zagueiro Kanu, suspenso. Víctor Cuesta, recuperado de um problema no tornozelo, será o substituto. Esta deverá ser a mesma mudança, com o time base confirmado e já bem conhecido pela torcida. O volante Nico Acevedo e o atacante Biel deram mais um passo em suas reabilitações, mas continuam fora.

"Fortaleza já joga há bastante tempo junto, bem entrosada. É um clássico do Nordeste, vamos lá para buscar o resultado. Nossa meta é a Libertadores, para alcançar essa meta a gente precisa ganhar os jogos dentro e fora de casa. A gente vai para os próximos três jogos antes da parada da Data Fifa para vencer, com certeza", afirmou Everaldo.

FICHA TÉCNICA

FORTALEZA X BAHIA

FORTALEZA - João Ricardo; Tinga, Kuscevic, Titi e Felipe Jonatan; Hércules, Lucas Sasha (Pedro Augusto), Pochettino e Yago Pikachu (Marinho); Lucero e Breno Lopes (Moisés). Técnico: Juan Vojvoda.

BAHIA - Marcos Felipe; Santiago Arias, Gabriel Xavier, Victor Cuesta e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro, Cauly e Thaciano; Everaldo. Técnico: Rogério Ceni.

ÁRBITRO - Raphael Claus (SP).

HORÁRIO - 21h.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.