Santos mostra enorme preguiça, leva virada da Chapecoense e pode perder a liderança da Série B

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O torcedor do Santos parece fadado ao sofrimento até a rodada final da Série B. Nesta terça-feira, na primeira defesa da liderança após superar o Novorizontino na classificação, a equipe tinha um rival desesperado pela frente e grande oportunidade para abrir vantagem na tabela. Mas com apresentação preguiçosa, enorme lentidão e pouca objetividade, permitiu a virada à Chapecoense, por 3 a 2, e corre risco de perder o primeiro lugar ao fim da rodada.

O Santos chegou à Arena Condá sob ótimo retrospecto recente de três vitórias seguidas diante da Chapecoense, todas sem levar gols. Fez 1 a 0 no primeiro turno, na Vila Belmiro, e 2 a 0 e 1 a 0 no Brasileirão de 2021. A apresentação, entretanto, em momento algum deu mostras de que garantiria novo resultado positivo.

Depois de pedir o fim das vaias após sofrido 3 a 2 diante do Mirassol, na Vila Belmiro, o técnico Fábio Carille certamente terá de enfrentar mais uma vez a fúria dos santistas. Na terça-feira a equipe encara o Ceará e a paz temporária conquistada com a ida à liderança, dará lugar à pressão após mais um tropeço como visitante - antes de ir ao topo, levou 3 a 1 na casa do Goiás.

Com os importantes desfalques dos experientes Gil, Escobar e Diego Pituca, Fábio Carille optou por "não inventar" e lançou os meninos Jair, na defesa, Souza, na lateral-esquerda, e Sandry, no meio-campo. E manteve Willian Bigode na frente, na vaga de Otero, agora oficialmente um reserva.

Mesmo com um time bem mais jovem, Carille apostava na maturidade do grupo para suportar uma possível pressão inicial da desesperada Chapecoense, primeira equipe fora da zona de queda. De quebra, pregava imposição na marcação e capricho nos contragolpes. Com cinco minutos, Guilherme já perdeu grande chance, ao se antecipar e bater raspando.

Em um gramado úmido e escorregadio, o Santos sofria para trabalhar bem a bola e, por consequência, pouco ameaçava na frente. Mas também não levava sustos. A Chapecoense era carente ofensivamente e suas finalizações de longe mostravam-se equivocadas.

Principal peça do Santos, Guilherme era o único que parecia querer algo diferente em campo em partida de pouca emoção e muita luta. De seus pés saíram uma bomba espalmada por Léo Vieira e escanteios não aproveitados dentro da área.

A chance de ouro da equipe de Chapecó na primeira etapa veio aos 34 minutos com Souza salvando em cima da linha e desvio de Luan Peres contra as próprias redes. No mesmo lance, Gabriel Brazão também trabalhou bem para evitar a abertura do placar.

Mas quem tirou o zero do marcador foi o Santos. Aos 43 minutos, Souza cruzou na cabeça de Guilherme, que desencantou após 12 rodadas. Desde o jogo diante do Paysandu, dia 9 de agosto, quando anotou em dose dupla, que ele não ia às redes - perdeu um pênalti diante do Avaí no período.

A festa santista durou pouco, contudo. Aos 47, também pelo alto, Rafael Carvalheira cobrou escanteio para Mário Sérgio deixar tudo igual em jogo no qual ninguém merecia ir para a pausa em vantagem. Golpe duro ao Santos que podia ter paz no descanso e vacilou.

A Chapecoense voltou empolgada para a etapa final e Ítalo quase vira no primeiro lance em bomba de longe. Em bobeada de Jair logo depois, foi a vez de Tárik assustar. Luan Peres salvou.

O Santos nem parecia estar defendendo a liderança. Faltava mais vibração em campo e vontade para buscar a vitória. E, mesmo apático, teve oportunidade boa com Willian aos 13 minutos. O giro acabou cortado. Vendo seu ataque improdutivo, Carille apelou para Otero e Julio Furch.

A coragem da Chapecoense depois de sair em desvantagem no placar foi premiada aos 22 minutos. E com enorme falha de Gabriel Brazão. Marlone cobrou falta para a área e o goleiro se atrapalhou na tentativa do corte. A bola caiu nos pés do livre Marcelinho, que decretou a virada.

A sonolência santista custou caro mais uma vez após roubada de bola no meio-campo. Rafael Carvalheira deu o bote, tocou e correu para a área para ampliar. Quando o Santos parecia nas redes, Otero apareceu para diminuir, aos 40 minutos, e colocar fogo na reta final. Os donos da casa souberam se defender e celebraram uma vitória maiúscula que fará a Chapecoense dormir feliz e sem riscos de entrar na zona de degola.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 3 X 2 SANTOS

CHAPECOENSE - Léo Vieira; Marcelinho (Eduardo Goma), Bruno Leonardo, João Paulo e Walter Clar; Tárik (Auremir), Rafael Carvalheira e Marlone (Lucas Bochecha); Marcinho (Giovanni Augusto), Ítalo e Mário Sérgio (Jenisson). Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

SANTOS - Gabriel Brazão; JP Chermont (Hayner), Jair, Luan Peres e Souza; João Schmidt, Sandry (Serginho) e Giuliano (Laquintana); Willian Bigode (Otero), Guilherme e Wendel Silva (Julio Furch). Técnico: Fábio Carille.

GOLS - Guilherme, aos 43, e Mário Sérgio, aos 47 minutos do primeiro tempo; Marcelinho, aos 22, Rafael Carvalheira, aos 33, e Otero, aos 40 do segundo.

CARTÃO AMARELO - Marcelinho (Chapecoense).

ÁRBITRO - Savio Pereira Sampaio (DF).

RENDA - R$ 345.540,00.

PÚBLICO - 9.971 presentes.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.