A cada dia, nove médicos são vítimas de violência no ambiente de trabalho, diz CFM

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A cada dia, nove médicos são vítimas de violência em estabelecimentos de saúde do Brasil, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). A média foi calculada pela entidade a partir de um levantamento que considerou cerca de 38 mil boletins de ocorrência feitos entre 2013 e 2024 nas polícias civis do país.

De acordo com os dados, o ano mais violento para os profissionais foi 2023, quando ocorreram 3.993 casos, um aumento de cerca de 50% em relação a 2013, ano em que 2.669 profissionais fizeram boletim de ocorrência por violência no ambiente de trabalho. As informações consideram estabelecimentos de saúde públicos e privados.

"A partir de agora vamos iniciar as buscas por respostas. Por que esses médicos são agredidos? É demora no atendimento? Algum problema na relação médico-paciente? Por que isso ocorre? E, a partir daí, buscar soluções para esses problemas", afirmou Jeancarlo Fernandes Cavalcante, 3º vice-presidente do CFM.

O CFM consultou todos os Estados por meio de pedidos de Lei de Acesso à Informação. Somente o Rio Grande do Norte não respondeu. Já o Acre afirmou não ter os dados. Outros Estados, como Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, não atendiam aos padrões solicitados, seja por não filtrar violência contra médicos em ambiente de trabalho, ou porque os dados correspondiam à violência em estabelecimentos de saúde, mas a profissão da vítima foi ignorada. Diante disso, o CFM optou por fazer uma média ponderada para esses Estados.

Os dados consideraram diversos tipos de violência, como: ameaça, lesão corporal, vias de fato, perturbação do trabalho, injúria ofendendo a dignidade, desacato, calúnia, difamação, furto, entre outros. Entre os casos considerados, 47% das vítimas eram mulheres e 53%, homens.

Presidente em exercício do CFM, Emmanuel Cavalcanti afirma que, muitas vezes, a falta de infraestrutura no ambiente de trabalho também acaba tensionando a atuação do médico. Ele diz ainda que, em geral, a segurança prestada nos estabelecimentos de saúde está voltada para a proteção patrimonial e não dos profissionais de saúde.

"A gente precisa de uma ação efetiva para proteger o maior patrimônio, que é o patrimônio humano. Não só médicos, mas todos os profissionais de saúde envolvidos na assistência", diz.

Regiões mais violentas

Em termos absolutos, o Estado de São Paulo lidera no número de casos ao longo dos anos analisados, com 18.406 ocorrências, em um universo de 166 mil médicos registrados no conselho. Em São Paulo, 45% dos casos ocorreram em hospitais, e os demais em clínicas, consultórios, laboratórios, postos de saúde e casas de repouso.

Ao observar a média de ocorrências por mil médicos num período de dez anos (2013-2023), no entanto, é possível observar que Estados da região Norte apresentam um índice maior de violência. As médias mais altas, considerando essa razão, foram registradas no Amapá (37,8 casos a cada mil), em Roraima (26,4 casos a cada mil) e no Amazonas (23,7 casos a cada mil).

O interior do País também tende a ter índices maiores do que a capital, representando 66% das ocorrências.

Diretor de Comunicação do CFM, Estevam Rivello, defende que os Estados melhorem a captação de dados de violência contra médicos para servir como base ao desenvolvimento de políticas mais efetivas. Ele argumenta ainda que é preciso envolver o Executivo e o Legislativo no combate ao problema.

"(Precisamos) Desde a articulação dos conselhos regionais nas secretarias de Estado, possibilitando a padronização, melhoria e combate à violência contra profissionais até leis mais rígidas, que punam o infrator e protejam o ambiente de saúde e o profissional", disse.

Em outra categoria

Madonna levou as filhas Estere e Stella, de 12 anos, para assistir ao show de Billie Eilish. O momento foi registrado pela cantora nas redes sociais na última segunda-feira, 21. Na legenda, ela escreveu: "É bom sair de casa".

No Instagram, Madonna abriu um álbum de fotos do evento, com registros do show e do encontro com Billie nos bastidores.

Nos comentários, fãs e seguidores celebraram o encontro, além de apontarem o quanto as filhas da cantora cresceram. "Rainha em ir apoiar novos artistas, amamos ver isso", comentou um. "Imagine fazer um show sabendo que a Madonna está te assistindo?", questionou outro.

"Fotos lindas! E as meninas estão cada dia mais lindas", disse uma seguidora. Alguns recados também pediram que as duas cantoras façam uma música juntas.

Confira aqui

Há cinco anos vivendo em Los Angeles, o cineasta Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, está a mil. Ele teve o trecho de um curta-metragem enviado dentro de um foguete da NASA para o espaço, está com filme na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e faz show em São Paulo para marcar o lançamento de um EP.

"Recentemente, trabalhamos com a NASA em um curta-metragem que foi enviado em um foguete satélite para Marte, batendo recordes de transmissão a laser", conta o artista de 43 anos. "Homenageamos a Bahia com imagens da dançarina baiana Moara Sacchi e o maestro Jaques Morelenbaum. Temos lutado para representar nosso País da melhor forma possível", completa.

Trata-se da missão Psyche, que fez um teste inovador de comunicação óptica no espaço profundo com o intuito de estudar o aumento da transmissão de dados em uma velocidade 100 vezes maior do que os métodos atuais de frequência de rádio. Confira o filme que explora os temas de conexão aqui.

Grostein admite que, apesar das conquistas, sente saudade da família e destaca a relação especial que tem com seu irmão, Luciano Huck: "Para mim, ele é como um pai. Perdi meu pai aos 10 anos. Ele era Mário de Andrade, um grande jornalista, que faleceu nos braços de um amigo, Juca Kfouri, que admiro. Sem querer, Luciano assumiu esse papel em minha vida, e sou imensamente grato a ele".

O cineasta tem a produtora Cosmic Dog, fundada junto com o parceiro Fernando Siqueira. Eles resolveram deixar o Brasil após Grostein falar sobre homossexualidade no YouTube e ao gravar o filme Quebrando o Mito, sobre masculinidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele conta que sofreu ataques na internet. "Recebi ameaças de agressão e de morte, o que tornou nossa situação insustentável. Sentindo que isso afetava nosso bem-estar, decidimos ir pra Califórnia, onde recebi bolsas de estudo em Stanford e Harvard."

Na Mostra de Cinema de São Paulo

O casal está no Brasil para apresentar o projeto Necklace, que inclui três frentes.

Uma delas é o filme Entrelaços, que será exibido na programação Mostra Brasil, da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com sessões nesta quarta, 23 (Espaço Augusta), e na segunda, 28 (Reserva Cultural).

No filme, eles abordam a crise de saúde mental no mundo, desencadeada pelo uso excessivo de redes sociais e pela desigualdade econômica.

Siqueira, de 26 anos, que é membro associado da companhia de teatro Actor's Gang, fundada por Tim Robbins, diz que, para o filme, criou máscaras surrealistas para representar sonhos e discutir esses transtornos, buscando quebrar estigmas.

Para Grostein, é preciso discutir livremente essas condições e abraçar a diversidade humana sem preconceitos. "É muito difícil não ter um trauma ou uma questão de saúde mental. O projeto parte da premissa de que você pode andar na rua sem saber quem está passando por depressão, autismo ou esquizofrenia. Acreditamos que esses termos estão sendo usados como xingamentos, embora façam parte da condição humana."

Entrelaços é, em suas palavras, "um filme diferente e aconchegante" - sobre um assunto que permeia sua obra. "Desde adolescente, o trauma tem sido uma constante em minha carreira como documentarista", diz o cineasta que dirigiu o documentário Quebrando o Tabu, que reuniu depoimentos de figuras como Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton sobre a guerra às drogas, além de outro chamado Encarcerados, baseado no livro de Drauzio Varella, que examina o sistema penitenciário.

Neste projeto específico, Siqueira conta que eles foram influenciados por autores como Gabor Maté e Bessel van der Kolk e tiveram o apoio de consultores de saúde.

As outras duas frentes são o EP FernandoS, que conta com quatro canções, e os shows nos dias 24 e 28 na casa Bona Musical, onde Siqueira canta e toca violão, enquanto Grostein se encarrega do teclado.

Serviço

Entrelaços - Mostra de Cinema de São Paulo

Quando e onde: 23/10 às 21:45 - Espaço Augusta Sala 1;

28/10 às 13:00 - Reserva Cultural - Sala 1

Quanto: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia)

Show Necklace - Bona Casa

Quando: 24 (esgotado) e 28 de outubro

Onde: R. Dr. Paulo Vieira, 101 - Sumaré - SP

Quanto: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)

O casamento de Ary Mirelle e do cantor João Gomes ocorreu na noite desta segunda-feira, 21. Os noivos celebraram o evento no Castelo de Brennand, em Recife, em cerimônia que reuniu shows de famosos e contou com presenças ilustres. Eles são pais do pequeno Jorge, de nove meses.

Artistas como Mari Fernandez, Vitor Fernandes, Xand Avião e Saulo Fernandes se apresentaram na cerimônia.

O salão do casamento, no Castelo de Brennand, é uma área arquitetônica de 992 metros quadrados, que conta com obras de arte e exposições variadas entre artistas como Tereza Costa Rego e Claire Colinet. O local também possui uma capela, onde foi realizada a cerimônia religiosa e a troca de votos do casal.

O vestido de Ary Mirelle

A noiva escolheu dois modelitos do atelier de prêt-à-porter (roupas "prontas para vestir") da Casamarela Noivas feita os pela estilista espanhola Rosa Clará. O modelo da cerimônia é da linha Aire Barcelona, no estilo romântico, confeccionado em tule e renda, com aplicações em 3D.

O segundo foi escolhido para a festa, ocasião em que Ary decidiu utilizar um modelo mais ajustado ao corpo. Ele ganhou algumas modificações para que ficasse mais confortável para a noiva. A maquiagem e o cabelo foram realizados pelo artista e maquiador Nandu Vieira.

* Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.