Enem traz valorização da herança africana no Brasil como tema da Redação

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O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 é "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil". A informação foi divulgada no começo da tarde deste domingo, 3, por Camilo Santana, titular do Ministério da Educação (MEC). Neste ano, cerca de 4,3 milhões de candidatos fazem a prova.

A Lei 10.639/2003 determina a inclusão de história e cultura africanas no currículo escolar, mas ainda há dificuldades na abordagem do tema em várias etapas de ensino. Pesquisa realizada no ano passado mostrou que sete em cada dez secretarias municipais de Educação realizam pouca ou nenhuma ação para implementar esses conteúdos.

O debate sobre a valorização da herança africana tem crescido no Brasil nos últimos anos, assim como as discussões sobre estratégias para superar o racismo e as desigualdades.

A proposta une as dimensões do passado e de hoje e é preciso observar o histórico colonial escravocata brasileiro, segundo Sérgio Paganim, professor de Redação do Curso Anglo. "Temos uma perspectiva de análise histórica do problema. Entretanto, fala de valorização, um desafio no presente. É importante que o candidato direcione o seu olhar para o presente, para as razões e os efeitos da valorização não ser como deveria, de ser aquém do necessário."

Ele ressalta, porém, que a delimitação mais precisa do tema precisa levar em conta os textos da coletânea como suporte para a discussão.

O aluno deve fazer uma análise crítica e propor uma intervenção que contribua para a valorização da cultura afrobrasileira - a indicação de soluções é um dos parâmetros avaliados para a nota - e o reconhecimento dessas suas influências, afirma o diretor de Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação, Ademar Celedônio.

"De algumas maneiras, deve abordar a influência da cultura africana. Seja na identidade brasileira, na própria, linguagem, música, religião, costumes, que muitas vezes é inviabilizada por preconceitos", acrescenta.

"Pensando em um caminho textual, existe um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, de número 18, que prima pela igualdade étnico-racial", diz Luiz Carlos Dias, coordenador de Redação do Etapa. Segundo ele, para haver valorização da cultura africana, é necessário "entender que os povos africanos são marginalizados historicamente no Brasil, desde o mercado de escravizados".

Além da redação, os candidatos fazem neste domingo, 3, as provas de Linguagens e Ciências Humanas. Os exames começaram a ser aplicados às 13h30 e o horário limite para conclusão é às 19h.

A segunda parte do Enem, com questões de Ciências da Natureza e Matemática, acontece no próximo domingo, 10.

Relembre os temas de edições anteriores

A redação do Enem é do tipo dissertativo-argumentativo e pode ter, no máximo, 30 linhas. O texto deve ser desenvolvido a partir da situação-problema proposta na prova e dos materiais de apoio, que auxiliam na reflexão sobre o tema.

Nos últimos anos, os temas de redação do Enem abordaram desde o papel da mulher e a valorização dos povos tradicionais até questões como doenças mentais e o comportamento do usuário na internet.

No ano passado, o tema foi "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil". A temática foi considerada inesperada pelos professores de cursinho, mas extremamente relevante.

O tema abordado em 2022 foi "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil", que promoveu discussões sobre o direito à cidadania e a importância de zelar pela preservação da história no País.

Em 2021, o assunto foi "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil", a respeito da participação do Estado em prover visibilidade a pessoas sem documentos essenciais, como certidão de nascimento.

Na virada da década, em 2020, o tema foi "O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira" e, em 2019, a redação tratou da "Democratização do cinema no Brasil".

Em 2018, foi escolhido o assunto "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet", com discussões sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), e, em 2017, o tema foi "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", abordando a inclusão social.

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"A 'antiga eu' não desistia de nada. A 'nova eu'? Eu topo pegar um helicóptero e dizer: 'É, gente, eu estou doente, eu não consegui, vamos cuidar de mim'. Não tenho a menor necessidade de ir mais longe que isso."

Foi assim que Anitta comunicou à sua equipe que desistiu de escalar até o topo do Monte Everest, em 2022, no momento em que já realizava a subida no Nepal - pouco antes, ela havia descoberto que tinha a doença Epstein-Barr. A fala é uma das cenas do documentário Larissa: O Outro Lado de Anitta, que chegou à Netflix nesta quinta-feira, 6, e mostra as duas versões da funkeira que se tornou hit mundial.

O momento em questão diz respeito especificamente à escalada, quando ela explica que as pessoas estão acostumadas a ver a Anitta como alguém que persiste, mas que a Larissa, seu nome de batismo, pode ser "uma pessoa que desiste".

A cena tem significados mais amplos no contexto do filme. Sob a direção de Pedro Cantelmo, romance da adolescência, Anitta mostra como usou a persona pública como uma espécie de proteção para separar seus lados profissional e pessoal. O material também mostra que a rotina exaustiva teve um peso em sua saúde, e foi o que ela tentou reverter com o retiro espiritual. Em publicação feita no Instagram, a cantora já havia declarado que a viagem foi o que "mudou sua vida e sua percepção de si para sempre."

Novo momento de vida e carreira

Anitta compara a subida ao topo do Everest à sua ascensão à fama, e diz que a falta de oxigênio no monte mais alto é semelhante ao que o sucesso pode causar emocionalmente.

"Eu comecei a repensar minha carreira e minha vida todinha", diz. "Eu gosto de andar na rua, de andar sem segurança. Eu gosto de fazer amizade com gente desconhecida que eu conheço no bar, de dançar no meio da pista de dança... talvez se a Anitta subir mais, a Larissa nunca mais vá ter esses momentos", reflete.

"Ninguém consegue ficar no auge o tempo inteiro, manter isso tudo e ser genuinamente feliz. Não importava o que eu fizesse, nada preenchia esse vazio. Eu quis fazer esse filme para falar para as pessoas que você não precisa ser rico e famoso para ser especial (...) Não tem problema se daqui a cinco anos eu não fizer nenhum hit. A gente pode ser feliz sem hit."

A atriz Fernanda Torres será homenageada em edição especial do Globo Repórter nesta sexta-feira, 7, o primeiro programa da temporada, que será exibido logo após o BBB25.

Para contar sobre a sua trajetória até o filme Ainda Estou Aqui, a apresentadora Sandra Annenberg ouviu amigos e companheiros de trabalhos de Fernanda, como Luiz Fernando Guimarães, Andreia Beltrão, Tony Ramos e Debora Bloch, além familiares que falaram sobre o início da carreira da artista. Fernanda Montenegro ainda enviou uma carta exclusiva para a filha, que será exibida pela atração em primeira mão.

As gravações ocorreram antes das premiações que citaram o projeto de Walter Salles. Fernanda recebeu Sandra em seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro e as duas conversaram sobre a personalidade da atriz e o momento em que ela se deu conta de que pretendia seguir a carreira dos pais.

A relação entre João Gabriel e Thamiris no BBB 25 movimentou o jogo, mas fora do reality o brother já tinha alguém especial. Antes do beijo entre os dois, sua mãe, Marcia Siqueira, elogiou a jovem com quem ele se relacionava fora da casa e falou sobre a postura do filho no programa.

Em entrevista exclusiva ao Gshow, Marcia afirmou que o affair de João Gabriel acompanhava o programa e que os dois tinham uma relação baseada em confiança. "Desde o início do programa, todos os brothers souberam desse relacionamento. Eles têm uma boa relação, conversaram muito antes dele entrar", declarou.

Ela também garantiu que a jovem não se preocupava com a aproximação do brother com outras sisters. "Ela está tranquila quanto ao comportamento do João Gabriel na casa", disse.

Mãe descartava romance com Thamiris

Apesar da proximidade entre os dois no jogo, Marcia não via chances de um romance se formar. "Acho bonitinho, mas não vai rolar beijo nem namoro. Eles são apenas amigos", afirmou.

A mãe do brother também comentou sobre a relação afetuosa dele dentro da casa e explicou que esse comportamento sempre fez parte de sua personalidade. "Eles sempre foram assim. Desde pequenos, tinham esse carinho com a mãe, a irmã, as tias e os primos. Não é carência, é simplesmente o jeito deles", disse.

Thamiris fala sobre o beijo

Na tarde desta quinta-feira, 6, durante uma conversa com Vitória Strada e Gracyanne Barbosa, Thamiris falou sobre o beijo e brincou sobre a situação: "Então tudo bem, não casei com ninguém, foi só um beijo".

A declaração arrancou risadas das sisters, e Thamiris resumiu como se sentia sobre o momento: "Foi legal", sem se aprofundar no futuro da relação com João Gabriel no jogo.