Café Girondino reabre no centro de SP após ficar cinco meses fechado; veja o que muda

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Fechado há mais de cinco meses, o Café Girondino, tradicional cafeteria do centro de São Paulo, foi oficialmente reinaugurado nesta quinta-feira, 7. O estabelecimento, que havia anunciado o encerramento das atividades no começo de junho por causa dos prejuízos econômicos acumulados desde a pandemia da covid-19, foi adquirido pela empresa Fábrica de Bares, que passa a administrar o espaço.

O Girondino continua no seu tradicional endereço, no encontro das ruas São Bento e Boa Vista. A previsão é de que, a partir da nova gestão, o lugar tenha uma modernização do cardápio e que o espaço seja ampliado a partir da revitalização de uma praça em frente ao café, que vai permitir que os clientes se sentem na área externa.

Na parte de dentro, a decoração deve continuar com a proposta tradicional de remontar às cafeterias do passado, com piso de madeira (importadas da Espanha), grandes balcões com tampos de pedra rosada, mesinhas cobertas com toalhas brancas e garçons à moda antiga.

O anúncio da reabertura já havia sido feito pela Fábrica de Bares no mês passado. Um evento inaugural foi feito apenas para convidados no começo da semana, e a abertura para o público em geral aconteceu nesta quinta.

Reaberta pela terceira vez na sua história, a marca Girondino completará 150 anos em 2025. A primeira versão da cafeteria foi fundada em 1875, e funcionou na Rua 15 de Novembro. Depois de ficar fechada por décadas, a segunda edição do espaço reabriu as portas no final dos anos 1990, no atual espaço, para fazer uma homenagem ao primeiro Girondino.

O café fica localizado em um ponto turístico e histórico da cidade, em frente ao Mosteiro de São Bento, dentro dos perímetros do chamado Triângulo SP - ou Triângulo Histórico - que engloba o Largo São Bento, Pateo do Collegio e Largo São Francisco.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) participou da reabertura do Girondino. "Esta reabertura simboliza nossos esforços contínuos de revitalização da região, impulsionados por vários incentivos fiscais", escreveu Nunes, nas redes sociais.

O local, apesar de turístico, se notabiliza também pelas cenas abertas de uso de drogas e pela incidência de assaltos e furtos contra lojistas e pessoas que frequentam a região.

A Prefeitura de São Paulo diz que adota, desde 2021, medidas para recuperar o centro da capital, e que a cidade de São Paulo registrou, em 2023, a abertura de 21 mil novas empresas na região, um número recorde, conforme os dados da gestão municipal.

Café Girondino fechou as portas no começo de junho

O Café Girondino fechou as portas no último 3 de junho, alegando problemas financeiros agravados pela pandemia de covid-19. O encerramento das atividades causou comoção entre os clientes, que foram pegos de surpresa.

Conforme Felippe Nunes, então sócio do café, o estabelecimento teve queda no faturamento de 30% na comparação com período pré-pandemia, e se viu obrigado a reduzir gastos enxugando a equipe de funcionários e encurtando o tempo de funcionamento da cafeteria.

Apesar de Felippe Nunes considerar que o centro tenha melhorado nos primeiros meses do ano, ele admitiu que os problemas de segurança da região também afetaram o funcionamento do Girondino.

A Fábrica de Bares, empresa que faz o desenvolvimento, gestão e operação de bares, restaurantes e casas de shows, demonstrou interesse em assumir as operações do estabelecimento semanas depois do encerramento das atividades, conforme mostrou o Estadão, em junho. Em outubro, a parceria foi oficializada.

O grupo tem por método adquirir espaços consagrados e populares de São Paulo e reabri-los após reforma e modernização do ambiente. Foi assim com o Bar Brahma, na esquina das avenidas São João e Ipiranga, em 2001; e o Bar Léo, entre os anos 2012 e 2013, outro tradicional ponto boêmio de São Paulo, situado na Rua Aurora, Santa Ifigênia - ambos no centro da capital.

Além de estarem à frente destes estabelecimentos, e agora também do Girondino, o portfólio de negócios da Fábrica de Bares envolve também o Riviera, Blue Note, Jacaré Grill, Bar dos Arcos, entre outros estabelecimentos parceiros.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".