Não é caridade nação rica liberar recurso para adptação climática de país pobre, diz ONU na COP

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A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) foi oficialmente aberta na manhã desta segunda-feira, 11, em Baku, no Azerbaijão. Em uma edição que está sendo chamada como "COP das Finanças", a maior liderança da Organização das Nações Unidas (ONU) nessa área defendeu que "não é caridade" a destinação de recursos de países ricos para que as nações em desenvolvimento façam a adaptação climática e transição para fontes de energia de menor impacto ambiental.

"Se países não conseguirem construir resiliência nas cadeias de suprimento, toda a economia global será colocada de joelhos. Nenhum país está imune", declarou Simon Stiell, secretário executivo do Clima da ONU. "Agora é a hora de mostrar que a cooperação global não está em baixa. Está crescendo para este momento. Então, vamos avançar juntos."

Ele defendeu que não basta a concordância dos países pelo financiamento, mas que é necessário trabalhar duro para mudar o sistema de financiamento global, dando o espaço fiscal que esses locais precisam "desesperadamente". Nesse aspecto, citou que cerca de dois terços dos países não conseguem bancar a redução de emissões rapidamente e, por isso, todo o mundo "paga um preço brutal".

Há anos, os países discutem como esses recursos devem chegar aos países em desenvolvimento, de modo que não causem endividamento. Uma parte é subsidiada a juros baixos, mas não tudo. "Então, vamos dispensar qualquer ideia de que financiamento climático é caridade. Uma ambiciosa nova meta climática é totalmente de interesse de todas as nações, incluindo as maiores e mais ricas", acrescentou.

Na reuniões de pré-COP, por enquanto, não houve avanço significativo nesse âmbito. Vários aspectos do "Novo Objetivo Coletivo Quantificado sobre Financiamento Climático"" (NCQG na sigla em inglês) precisam ser definidos. Entre eles, a secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ana Toni, destacou cinco em um evento no mês passado. São eles: o valor, visto que estudos apontam para a necessidade de pelo menos cerca de US$ 1 trilhão, dez vezes mais do acordado até este ano; a aspectos metodológicos, como por exemplo no que esses recursos podem ser aplicados; os países que podem receber e quais devem pagar além de mecanismos de transparência. Há uma tentativa de parte das nações mais ricas em ampliar o número de contribuintes, com a inclusão de países em ascensão, como a China, o maior emissor do mundo.

O financiamento climático foi definido em 2009, em US$ 100 bilhões anuais, e, depois, reafirmado no Acordo de Paris, em 2015. Majoritariamente, não foi cumprido nesse período e há questionamentos sobre o pouco que foi feito.

No discurso, o secretário executivo da ONU também destacou que a COP precisa viabilizar o mercado internacional de créditos de carbono, como é discutido no artigo 6 do Acordo de Paris. Além disso, defendeu que é preciso avançar em ações de mitigação.

Stiell ainda se mostrou otimista em relação a ações que possam conter a crise climática. Mencionou que os gastos com infraestrutura para energia limpa foram quase o dobro dos destinados a combustíveis fósseis neste ano.

"Mesmo com o aumento das temperaturas, a implementação dos nossos acordos pode puxá-las para baixo", afirmou. "Nosso trabalho é acelerar isso [a transição energética] e garantir que seus elevados benefícios sejam compartilhados com todos os países e pessoas", completou.

Em meio a uma conferência esvaziada de lideranças mundiais e pós-eleição de Donald Trump, disse acreditar em bons resultados das negociações. "Nos últimos anos, demos importantes passos adiante. Não podemos deixar Baku sem um resultado substancial. Reconhecendo a importância desse momento, as partes devem agir de acordo", afirmou.

No discurso, Stiell ainda mostrou uma fotografia com uma antiga vizinha, Florence, de Barbados, sua terra natal, no Caribe. "Em julho deste ano, estes éramos nós, de pé, no que sobrou da casa dela. Com 85 anos, Florence se tornou uma das milhões de vítimas das mudanças climáticas em curso", acrescentou.

Na sequência, falou sobre como pessoas como a sua vizinha são uma inspiração para demonstrar que a sociedade pode enfrentar as mudanças climáticas. "Em tempos difíceis, contra as maiores dificuldades, eu não vou atrás de esperanças e sonhos. O que me inspira é a engenhosidade e a determinação humana, a nossa habilidade de ser derrubado e levantar de novo, e de novo, até que atinjamos nossos objetivos".

Além disso, afirmou que ocasiões como a COP são o momento para resolver peças desse grande quebra-cabeça ano a ano. "Pode parecer muito longe do que está acontecendo na sala de estar da Florence. Essa crise está afetando cada indivíduo no mundo de um jeito ou de outro", completou.

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Durante participação no quadro Pode Perguntar, exibido no Fantástico neste domingo, 4, o ator Fábio Assunção falou pela primeira vez sobre um episódio de assédio sexual que sofreu na infância. A revelação ocorreu durante uma roda de conversa com cerca de 30 jovens autistas, conduzida pela psiquiatra Daniela Bordini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O relato veio após uma pergunta feita por Josi, uma das entrevistadoras presentes no encontro: "As atrizes, artistas são muito questionadas sobre a questão do assédio, e aí nos últimos anos a gente tem visto uma onda de denúncias de homens que passaram por situações parecidas. Você já viu alguma situação parecida?"

Diante da questão, o ator compartilhou um episódio vivido na infância: "Eu tive um vizinho quando era garoto, quando eu tinha uns oito, nove anos, que ele me chamou para ir para o apartamento dele em Santos. Eu entrei, ele começou a me mostrar um monte de revista. Daqui a pouco ele colocou a mão em mim, ele pegou e botou a mão e eu saí correndo."

Fábio explicou que, na época, não sabia identificar o que havia acontecido, mas procurou apoio na família. "Eu não sabia formular que era um assédio, mas eu contei para minha irmã. A minha irmã falou: 'Imagina'. Contei para minha mãe: 'Imagina, o nosso vizinho de muitos anos'. Então eu fiquei meio assim."

Atualmente com 53 anos, o ator refletiu sobre o relato e disse não acreditar que sua experiência possa ser comparada aos abusos enfrentados por muitas mulheres. "Eu nunca falei sobre isso porque eu também não acho que dê para comparar os assédios que um homem tem, os assédios que uma mulher tem."

Saúde mental e internações

Além de tratar do episódio da infância, Fábio Assunção falou sobre saúde mental e os desafios enfrentados ao longo da carreira. Segundo ele, o momento mais difícil foi durante a novela Negócio da China, quando precisou se afastar das gravações.

"Chegou um momento que eu acho que entrei em um colapso. Então, nesse momento, eu fiz uma novela chamada Negócio da China que eu precisei sair, e esse foi o momento mais difícil da minha carreira. Foi fazer uma escolha de sair de uma novela, mesmo sabendo a exposição que eu ia ter em relação a isso. Mas eu saí para me cuidar, para me tratar, para botar minha vida em ordem."

Ao longo da roda de conversa, o ator também falou sobre internações e o estigma em torno da saúde mental. "Eu também tive as minhas internações. E isso normalmente faz com que a gente sinta vergonha. Só que, pensa bem, quem é que está no mundo que não tenha as suas dores, as suas dificuldades?"

Para ele, manter-se conectado consigo mesmo é essencial: "Nada está garantido. Você pode recair, você pode ter novos problemas, mas eu acho que você estando conectado com você, estando trabalhando, isso daí, você vai levando sua vida com muito menos riscos."

No fim do encontro, o ator demonstrou gratidão e compartilhou um de seus maiores medos: "Tenho medo de que aconteça alguma coisa em mim que eu não possa trabalhar."

O Foo Fighters definiu um novo baterista após a saída de Josh Freese, segundo informações da revista The Hollywood Reporter. O novo músico da banda é o californiano Ilan Rubin, de 37 anos, que vai substituir Freese, demitido em maio após dois anos de contribuições. Ele, por sua vez, ocupou a vaga de Taylor Hawkins, morto em março de 2022, aos 50 anos, que ficou 25 anos no grupo.

Rubin é mais conhecido por seu trabalho no Nine Inch Nails, com o qual atuou como baterista em turnês da banda desde 2009 e foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll em 2020, tornando-se, aos 32 anos, o mais jovem a ser indicado.

Ele também é baterista do Angels & Airwaves e já trabalhou com o grupo Paramore e com o músico Danny Elfman, ex-Oingo Bongo e autor das trilhas sonoras dos filmes de Tim Burton.

A revista afirma ainda que, com a chegada de Ilan Rubin ao grupo liderado por Dave Grohl, Freese retornará ao Nine Inch Nails. A informação foi confirmada por um representante da banda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atriz Joely Richardson, irmã da também atriz Natasha Richardson, que morreu em 2009, comentou em uma foto em que Pamela Anderson e Liam Neeson apareceram juntos. Viúvo de Natasha há 16 anos, Liam está namorando Pamela, segundo informações da revista People.

Pamela publicou uma sequência de fotos celebrando a estreia de Corra que a Polícia Vem Aí, filme em que atuou ao lado de Liam, no Instagram.

Joely publicou diversos corações nos comentários da postagem. O longa só estreia no Brasil no dia 14 de agosto.

Pamela, de 58 anos, e Liam, de 73, teriam iniciado o namoro há pouco tempo, nos bastidores do filme, e estão "claramente apaixonados", segundo uma fonte da revista People.

Em entrevista à revista em outubro de 2024, Liam elogiou a parceira de cena. "Com a Pamela, em primeiro lugar, estou perdidamente apaixonado por ela. É simplesmente incrível trabalhar com ela", disse na época. "Não tenho palavras para elogiá-la, para ser sincero. Ela é humilde, não tem aquele ego enorme. Ela simplesmente entra em cena para fazer o trabalho. Ela é engraçada e muito fácil de trabalhar."

Na mesma ocasião, Pamela Anderson disse à revista que Liam Neeson é "o perfeito cavalheiro" e que ele "traz à tona o que há de melhor em você... com respeito, gentileza e profunda experiência".

Natasha Richardson foi vítima de um acidente de esqui em 2009. Pamela está solteira desde 2022, quando se separou do seu quinto marido, o guarda-costas Dan Hayhurst.