Casos de coqueluche aumentam 35 vezes na capital paulista em um ano

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A incidência de coqueluche na cidade de São Paulo em 2024 já é 35 vezes maior do que no ano anterior. Até o início de novembro, foram registrados 495 casos na capital paulista, segundo dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) do município. No mesmo período de 2023, foram 14 ocorrências - o que representa um aumento superior a 3.000%. Já em 2022, nesse mesmo período, apenas um caso havia sido confirmado.

No início deste ano, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começou a alertar sobre o risco de aumento de casos devido aos surtos no exterior, principalmente na Europa e Ásia. Em junho, emitiu um alerta aos serviços de saúde público e privado sobre a situação, chamando a atenção de profissionais de saúde para a identificação dos sintomas da doença.

Cabe destacar que, em todo o Estado de São Paulo, foram confirmados 858 casos em 2024 até a última terça-feira, 5, sendo que 55% ocorreram na capital. A faixa etária mais afetada é a de 10 a 14 anos.

A unidade federativa também registrou duas mortes pela doença, enquanto em 2023 e 2022 não houve nenhum óbito. Na época, o número de casos no Estado também foi significativamente menor: 37 e 15 ocorrências, respectivamente.

Em âmbito nacional, segundo dados do Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil contabilizou 2.953 casos em 2024, frente a 214 ocorrências em 2023, e 245 em 2022. Este ano também marcou o retorno de óbitos por coqueluche, com 12 registros, após três anos sem nenhuma morte.

É a maior alta registrada no painel desde os anos de 2014 e 2015, quando o País contabilizou 8.622 e 3.113 casos, respectivamente. Entre 2016 e 2019, o número de casos confirmados variou entre 1.335 e 1.560. A partir de 2020, houve uma redução importante de diagnósticos da doença.

Baixa adesão vacinal pode explicar aumento de casos

É possível se proteger contra a coqueluche por meio de vacinação. Ela é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de até 6 anos, gestantes e profissionais de saúde que atendem recém-nascidos e crianças pequenas. Ela é feita por meio da vacina pentavalente e da tríplica bacteriana. Mas todos que convivem de perto com bebês, como pai e avós, deveriam ser vacinados.

No Estado da São Paulo, até setembro deste ano, 86,1% das crianças menores de 1 ano de idade receberam a vacina. Em 2023, a adesão foi de 87,8%. São números maiores do que os alcançados entre 2021 e 2022 - com taxas entre 76,7% e 74,3% -, mas ainda menores do que os do passado. Em 2018, por exemplo, a cobertura vacinal foi de 91,6%.

Segundo Raquel Stucchi, infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a principal razão para a alta nos casos de coqueluche é justamente a queda na adesão às vacinas. Para a médica, muitas pessoas que têm direito ao imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não estão se vacinando. Ao mesmo tempo, o aumento de casos também mostra a necessidade de se ampliar o público-alvo.

É que mesmo quem recebeu o imunizante quando criança ou teve a doença não possui a imunidade permanente, podendo contrair e transmitir a coqueluche para o grupo de risco. "A proteção conferida pela vacina contra a coqueluche dura cerca de oito anos, o que torna a revacinação necessária", explica.

Ela destaca, ainda, a importância de se oferecer uma dose de reforço para adolescentes, que estão entre os principais infectados neste ano, embora não evoluam para formas graves da doença. Além desse público já ter perdido a proteção do imunizante, ela explica que a transmissão da bactéria causadora da coqueluche é mais comum em ambientes de aglomeração, como escolas, onde o convívio próximo facilita a disseminação.

A infectologista observa que houve uma melhora na cobertura vacinal nos últimos dois anos, mas que ela ainda é insuficiente, sendo necessário melhorar as campanhas. "As campanhas são genéricas e não esclarecem sobre a gravidade da doença, quem deve tomar a vacina e onde se imunizar, o que contribui para a baixa adesão".

Raquel reforça que, embora muitos acreditem que a coqueluche é uma doença infantil e pouco grave, é importante lembrar que ela oferece riscos sérios a bebês, imunossuprimidos e idosos, e que adultos e adolescentes também podem se infectar.

A doença

A coqueluche, conhecida como 'tosse comprida', é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta principalmente as vias respiratórias. A transmissão ocorre por meio do contato com secreções contaminadas, principalmente por tosse, fala ou espirro.

A doença é especialmente perigosa para bebês, que costumam representar a maioria dos casos e óbitos. Mas a doença também pode ser grave em idosos e pessoas imunossuprimidas.

"Essas pessoas têm o sistema imune mais fraco. Em bebês, ele ainda está se desenvolvendo, enquanto nos idosos já está debilitado", explica Raquel.

A principal característica da coqueluche são as crises de tosse seca. Mas ela também pode causar pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e até acidente vascular cerebral (AVC).

A transmissão é alta, podendo gerar até 17 casos secundários por infecção, semelhante ao sarampo e à varicela, e muito superior à covid-19, que gera cerca de três casos secundários por infecção.

Como se trata de uma doença causada por uma bactéria, o tratamento consiste essencialmente no uso de antibióticos, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, a vacinação é a principal estratégia de prevenção contra a coqueluche.

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A jornalista Daniela Lima foi demitida da GloboNews nesta segunda-feira, 4, após trabalhar dois anos no canal. Em suas redes sociais, a apresentadora confirmou sua saída. Além dela, os comentaristas Eliane Cantanhêde e Mauro Paulino também foram desligados.

"Depois de dois anos, deixo a GloboNews com a sensação de missão cumprida, cabeça erguida, sedenta pelos próximos desafios. Viva o novo! Deixo aos colegas de trabalho, amigos que vou levar pra vida, meu muito obrigada e até breve!", escreveu a Daniela em seu perfil no Instagram.

A saída da jornalista pegou o público de surpresa. Daniela era a apresentadora do Conexão GloboNews e uma das principais profissionais do canal. Em um comunicado à imprensa, a Globo confirmou a saída, mas não revelou os motivos. Segundo o canal, trata-se de um "movimento de renovação".

Aos 40 anos, Daniela tem passagem por diversos veículos de imprensa brasileiro. Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), ela começou sua carreira como estagiária na revista Veja. Em 2006, foi efetivada como repórter na publicação.

Ao longo de duas décadas, a jornalista passou por veículos impressos como Correio Braziliense e Folha de S. Paulo. No jornal paulista, se tornou uma das principais repórteres de política do País.

Em 2019, foi contratada pela TV Cultura e migrou para a televisão. À época, ela substituiu o jornalista Ricardo Lessa na apresentação do Roda Viva. A passagem pelo programa de entrevistas, no entanto, não durou muito.

Ainda em 2019, Daniela pediu demissão do canal para ingressar no projeto de criação da CNN Brasil. No canal a cabo, a jornalista ficou responsável pela apresentação do telejornal CNN 360°. A passagem de Daniela na CNN durou até 2023, quando se mudou para a GloboNews.

A apresentadora e cantora Kelly Osbourne, filha caçula de Ozzy Osbourne e Sharon Osbourne, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 4, para agradecer as manifestações de carinho recebidas desde a morte do pai, ocorrida em 22 de julho. Em seu perfil no Instagram, ela se dirigiu aos fãs e ao público em geral, destacando a importância das mensagens de apoio no momento de luto.

"Sentei-me para escrever isso cem vezes e ainda não sei se as palavras serão suficientes... mas do fundo do meu coração, obrigada. O amor, o apoio e as lindas mensagens que recebi de muitos de vocês realmente me ajudaram a superar o momento mais difícil da minha vida. Cada palavra gentil, cada memória compartilhada, cada pedaço de compaixão significou mais do que eu jamais conseguiria explicar", escreveu.

Kelly também comentou sobre o impacto da perda: "A tristeza é uma coisa estranha - ela surge em ondas - não ficarei bem por um tempo - mas saber que minha família não está sozinha em nossa dor faz a diferença. Estou me agarrando firmemente ao amor, à luz e ao legado deixado para trás. Obrigada por estarem presentes. Amo muito todos vocês."

Ozzy Osbourne se tornou um dos nomes mais influentes do rock ao liderar o Black Sabbath, banda formada em 1968 em Birmingham. Ao longo das últimas décadas, também realizou diversas reuniões com os integrantes originais do grupo.

Na última quarta-feira, 30 de julho, Kelly participou do cortejo fúnebre que levou o corpo de Ozzy pelas ruas de Birmingham, em um percurso marcado por homenagens e forte comoção. Para prestar tributo ao pai, ela usou um par de óculos escuros redondos, acessório característico do visual do cantor, e apareceu visivelmente emocionada ao deixar flores na ponte Black Sabbath.

A ponte foi escolhida pela família como ponto de parada do cortejo, onde todos puderam descer dos carros e saudar o público presente. Centenas de fãs se reuniram no local para se despedir de Ozzy.

Kelly Osbourne estava acompanhada da mãe, Sharon Osbourne, de seus cinco irmãos, além do noivo Sid Wilson e do filho do casal, Sidney, de 2 anos. Outros familiares e netos de Ozzy também participaram da cerimônia.

Gominho volta nesta segunda-feira, 4, a apresentar o TVZ, no Multishow. O humorista, que já apresentou outras temporadas do programa de música junto com Preta Gil, retorna ao comando da atração agora ao lado da cantora Marina Sena, que estreia na função.

O apresentador, que deixou seu emprego em uma rádio na Bahia há três anos para ficar ao lado de Preta Gil durante todo o tratamento do câncer da amiga, também negou que tenha recebido qualquer herança em dinheiro da cantora. Boatos que circulavam nas redes sociais davam conta que ele teria direito a R$ 5 milhões.

"Não tem dinheiro nenhum. Não estou esperando dinheiro de nada, e não tem essa herança. A minha mãe já está até preocupada que eu seja sequestrado achando que tenho R$ 5 milhões. A verdade é que se eu for sequestrado não tenho nem R$ 1 pra dar, risos", declarou Gominho ao jornalista Lucas Pasin.

Além de retomar o seu trabalho no Multishow, Gominho já se mudou para um novo apartamento no Rio de Janeiro. Ele agora vai morar no bairro de Botafogo, na Zona Sul da cidade, e está postando sua rotina nos stories do Instagram mostrando a adaptação ao novo local depois de deixar o apartamento de Preta Gil. Nesta segunda-feira, 4, ele contou que estava procurando uma academia, já que eliminou 60 kg no último ano e está mantendo uma rotina de exercícios e dieta.

Antes de morar com Preta Gil, Gominho vivia na Bahia e apresentava o programa Larica Pop, na Salvador FM. As músicas que ele escolhia para o programa, inclusive, o influenciaram a montar a playlist variada que foi usada no velório de Preta Gil.

No dia do velório de Preta Gil, Gominho participou de um café da manhã com Ana Maria Braga no Mais Você e esclareceu que não foi expulso do apartamento da cantora. Ele deixou o local por vontade própria.

"As pessoas começaram a cogitar um monte de coisa muito chata. Que eu tinha brigado com a família... Eu estava há quase três anos lá, eu tinha que sair dali. Quando eu voltei de Nova York eu já tinha entendido (que era o fim). Eu tenho sentido essa dor e essa sombra há muito tempo, eu preciso recomeçar e reorganizar minha vida. Ninguém me expulsou. Eu parei minha vida por dois anos e meio", declarou.