Alunos de Direito da PUC-SP gritam 'cotista' e 'pobre' para ofender estudantes da USP em jogos

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Estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram filmados ofendendo com palavras de cunho racista os alunos da USP, a Universidade de São Paulo, durante os Jogos Jurídicos realizados neste final de semana, na cidade de Americana, interior de São Paulo.

Nas imagens, que circulam nas redes sociais, é possível ver um integrante da torcida da PUC-SP gritando a palavra "cotista" aos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Outros envolvidos usam a palavra "pobre", e uma menina chega a fazer gestos obscenos contra os uspianos.

A situação aconteceu durante uma partida de handebol entre as duas universidades, no último sábado, 16. A organização dos jogos, em conjunto com as instituições participantes, decidiu banir a torcida da PUC-SP até o restante das competições, que se encerram neste domingo, 17.

"Chegou ao nosso entendimento que as devidas ações já foram feitas contra os agressores visando assegurar que os atos racistas registrados sejam investigados e responsabilizados conforme a lei", informou a página oficial dos Jogos Jurídicos, em comunicado.

Em uma nota conjunta, as diretorias das duas faculdades e os centros acadêmicos de ambos os cursos - XI de Agosto e 22 de Agosto - repudiaram o gesto e descrevem as cenas como "episódios lamentáveis". A reitoria da PUC-SP ainda não se manifestou.

"Durante o evento, um grupo de alunos da Faculdade de Direito da PUC-SP proferiu manifestações preconceituosas contra estudantes da Faculdade de Direito da USP, utilizando o termo "cotistas" de forma pejorativa. Essas manifestações são absolutamente inadmissíveis e vão de encontro aos valores democráticos e humanistas, historicamente defendidos por nossas instituições", diz o comunicado.

As entidades signatárias afirmam que vão apurar o caso e responsabilizar os envolvidos "de maneira justa e exemplar". Dizem também que, diante do ocorrido, se comprometem a implementar protocolos para fortalecer ouvidorias, promover a educação antirracista e assegurar um ambiente inclusivo para os estudantes.

"Além da responsabilização dos envolvidos, é indispensável avançarmos na direção de políticas preventivas e de acolhimento", afirma a nota. "Estamos determinados a transformar este episódio em um marco para o fortalecimento de uma cultura de respeito, equidade e inclusão em nossas instituições", concluem as entidades.

Em nota publicada às 17h41, a Reitoria da PUC diz repudiar "com veemência toda e qualquer forma de violência, racismo e aporofobia, e lamenta profundamente o episódio ocorrido".

No texto, a direção ainda afirma que manifestações discriminatórias "são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores de nossa Instituição".

"A Reitoria determinou à Faculdade de Direito a apuração dos fatos, com o rigor necessário, a partir das normas universitárias e legais, promovendo a responsabilização e conscientização dos envolvidos. A PUC-SP promove a inclusão social e racial, por meio de programas de bolsas na graduação e na pós-graduação, bem como de permanência dos estudantes bolsistas. Além disso, participa desde a criação das políticas públicas de inclusão como o PROUNI e o FIES.

"Na atual gestão da Reitoria também foram incluídos letramento racial na formação dos docentes e, principalmente, foi implementado programa de ação afirmativa para contratação exclusiva de docentes negros até que atinjam o número correspondente ao percentual da população negra em São Paulo definida pelo IBGE. Por fim, nos solidarizamos com os estudantes ofendidos e com todos que presenciaram esse episódio intolerável. Na PUC-SP combatemos o racismo a partir de uma perspectiva antirracista ativa."

A USP decidiu adotar o sistema de cotas para o ingresso na universidade em 2017, passando a ser implementado a partir do ano seguinte. Ficou definido que 50% das vagas abertas para estudar na instituição seriam destinadas a alunos de escolas públicas. Desse porcentual, 37% dos 50%, são voltadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI).

Conforme os dados da USP, informados em maio deste ano, a universidade possui 60 mil estudantes de graduação, sendo que 45,1% que cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas e 23,2% se autodeclaram pretos, pardos e indígenas.

Bancada feminista do PSOL na Câmara diz que vai acionar MP-SP sobre o caso

Em uma postagem nas redes sociais, a covereadora Leti´cia Le´, da bancada Feminista do PSOL, na Câmara de Vereadores de São Paulo, criticou o episódio e disse que irá acionar o Ministério Público. "É um absurdo que estudantes negros não possam estar em espaço de lazer e de recreação da universidade sem serem ofendidos e sem sofrerem racismo", disse a parlamentar.

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"Por isso, a gente, da Bancada Feminista, está acionando o Ministério Público para que esse absurdo seja investigado e que os estudantes que proferiram essas ofensas sejam punidos", acrescentou. O MP-SP foi procurado pela reportagem, mas não deu retorno até a publicação do texto.

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Ronnie Von participou do Altas Horas do último sábado, 16, que fez uma homenagem a diversos artistas dos anos 1970. Durante a conversa, ele surpreendeu a plateia ao relembrar o seu nome completo: Ronaldo Lindenberg Von Schilgen Cintra Nogueira. Parte do público reagiu com surpresa, ainda que a informação já seja conhecida.

"Agora nós vamos saber qual é o nome do Ronnie Von na certidão de nascimento", brincou Serginho Groisman em determinado momento. O apresentador, então, relembrou seu afastamento do mundo musical.

"Eu não canto há 27 anos. Me dediquei a empresas, a televisão, parei com a música. Embora tudo que eu tenha obtido na minha vida em termos emocionais, materiais, foi a música que me deu. Mas houve um tempo em que eu disse 'não é bem isso'", contou Ronnie Von.

Em seguida, prosseguiu: "Tenho muito orgulho de ter participado de uma geração que conseguiu modificar o comportamento social do mundo sem tiro, sem guerra, sem coisa nenhuma, uma revolução onde só aconteceu música. Hoje, aqui, senti como se tivesse sido devolvida minha juventude."

Ronnie Von ainda aproveitou a participação no Altas Horas para cantar a música Tranquei A Vida. Apesar do comentário de que "não canta há 27 anos", o apresentador já cantou músicas variadas em diversas ocasiões em seus programas de TV, como o Todo Seu.

Para conferir o momento em que Ronnie Von revela seu nome de batismo, é só clicar aqui.

O CNBC Brasil, novo canal de notícias voltadas ao mundo econômico, tem seu lançamento na noite deste domingo, 17 de novembro de 2024. A emissora chamou atenção nos últimos meses ao contratar nomes conhecidos do público como Cristiane Pelajo e Zeca Camargo. Será possível assistir à estreia a partir das 20h.

Confira alguns dos contratados confirmados até agora:

- Cristiane Pelajo

- Zeca Camargo

- Fabio Turci

- Natália Ariede

- Marcelo Torres

- Renan de Souza

- Rafael Ihara

- Marcus Buaiz

- Camila Farani

- Walter Longo

- Carol Barcellos

- Gustavo Sarti

- Rita Wu

- Marcelo Favalli

- Julia Lindner

- Diego Mendes

- Fabrício Julião

Como assistir à estreia da CNBC Brasil

Segundo informações divulgadas pelo próprio canal, é possível assistir à estreia a partir das 20h deste domingo, 17, no canal 562 da Claro TV+, em operadoras regionais, pelo site Times Brasil e pelo YouTube On Demand.

A partir do dia 21 de novembro de 2024, a CNBC Brasil também fica disponível no canal 562 da Sky. Ao longo das próximas semanas, a expectativa é de que também possa ser sintonizada pelo canal 592 da Vivo, 187 da Oi, YouTube Live, e plataformas de streaming como Pluto, TCL, LG Channels e Samsung TV+.

Emily Armstrong, nova vocalista do Linkin Park, ficou surpresa ao se deparar com uma calcinha que foi jogada no palco por fãs brasileiros. O momento aconteceu no último show da turnê From Zero World Tour no País, no sábado, 16, no Allianz Park, em São Paulo. A reação da artista viralizou nas redes sociais.

Em uma pausa entre as músicas, o covocalista Mike Shinoda conversava com o público e Emily também interagia com a plateia, pegando os objetos que estavam no chão.

No vídeo, publicado por uma fã no X (antigo Twitter), é possível ver que ela pega um óculos escuro que foi jogado no palco e coloca no rosto. Em seguida, uma calcinha é arremessada. Emily pega a peça íntima, e ao perceber do que se trata, larga no chão imediatamente.

No show do Linkin Park realizado na sexta-feira, 15, outra cena inusitada divertiu o público. Uma fã jogou um sutiã no palco, na direção de Emily, mas acabou acertando o DJ Joe Hahn, que pegou a peça e a pendurou no microfone diante dele.

O show deste fim de semana em São Paulo marcou o retorno da banda ao País. E ela volta em 2025, com turnê mundial e mais quatro shows no Brasil.