Taylor Swift, Trump e clima: professores destacam Fuvest interdisciplinar e de nível 'exigente'

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Realizada na tarde deste domingo, a prova da primeira fase da Fuvest, vestibular que promove o ingresso de candidatos à Universidade de São Paulo (USP), foi considerada de nível "exigente" por professores que analisaram as 90 questões do exame. Segundo a Fundação, a prova registrou o menor número de abstenção da história para a primeira fase - 7,48%.

Os educadores consideram que o teste se notabilizou por ser uma prova densa, que explorou a capacidade dos estudantes de interpretar textos, mapas, tabelas e gráficos, além de se mostrar um exame contextualizado e contemporâneo, por conversar com temas atuais.

As perguntas apresentaram personagens como Donald Trump, recém eleito presidente dos Estados Unidos; Marta, estrela do futebol feminino; e a cantora pop de sucesso mundial, Taylor Swift. E ainda trouxeram problematizações sociais, como a violência contra a mulher e imigração; e também questões sobre mudanças climáticas e meio ambiente.

Além disso, os professores chamaram a atenção também para a característica interdisciplinar do exame, que exigiu dos estudantes capacidade de conexão entre os conhecimentos de cada disciplina, e ressaltaram que a atual edição do vestibular fez uso de conteúdos voltados para os povos originários brasileiros e temas ligados à África.

"Essa foi, com certeza, a prova mais interdisciplinar da história da Fuvest. Foi uma prova muito informativa, muito interpretativa, com muito gráfico, muita imagem. Uma prova longa", afirmou o professor de Geografia, Guilherme Freitas, que leciona na escola preparatória para o vestibular SEB Lafaiete, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Com relação ao conteúdo, Freitas afirmou que esta edição da Fuvest também ficará marcada pela temática dos indígenas na lógica brasileira. "Foi uma prova muito focada no Brasil", afirma.

"África foi um tema bastante abordado. Apareceu um texto muito legal do Mia Couto (escritor moçambicano), falando sobre a identidade do que é ser africano", continuou o professor de geografia. "Outra muito boa trouxe uma charge do Trump, com a temática da imigração", acrescentou.

Willy Rocha Júlio, professor de Língua Portuguesa, avaliou que foi uma Fuvest diferente das anteriores por apresentar "muitas comparações e questões multidisciplinares".

"Teve uma questão sobre violência contra as mulheres a partir de um poema de Mel Duarte chamado Bem-vinda, uma obra não-obrigatória. Era sobre uma mulher que se silenciou e depois conseguiu se libertar", comentou o docente, que também dá aulas no SEB Lafaiete. "Também teve uma questão sobre igualdade de gênero no esporte, com depoimento da Marta falando sobre essa equidade e o caso das Olimpíadas, que teve paridade de gênero pela primeira vez".

Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora pedagógica do colégio Objetivo descreveu a Fuvest deste ano como uma "uma prova muito bem elaborada" e "criativa". "Mas foi uma prova que deu trabalho, com questões difíceis", opina.

Ela comenta que a presença de muitos mapas e tabelas deixou o exame "trabalhoso" e que demandou atenção dos candidatos. "O aluno teve que ter calma e ler tudo com muita atenção".

Assim como os demais professores, Vera também chamou a atenção para a interdisciplinaridade da prova. "O texto era em inglês, mas trazia um assunto de física; um texto de literatura, que na verdade estava associando com sociologia", comentou a coordenadora do Objetivo. "Foi uma prova que conseguiu correlacionar os temas de uma forma muito criativa".

O professor de Matemática Jeferson Petronilho também sublinha a interdisciplina como uma marca da atual Fuvest. Na sua disciplina, ele avalia que a prova exigiu mais capacidade de leitura de gráficos do que propriamente de "matemática pura". "Achamos que há uma tendência de as próximas provas terem questões mais ainda interdisciplinares", comentou o professor, do SEB Lafaiete.

'Taylor Swift não estava na prova apenas por estar', diz diretor da Fuvest

Para Gustavo Ferraz de Campos Monaco, diretor da Fuvest, a prova foi muito bem elaborada e com temas atuais. "Esse é um traço da Fuvest. Não é o conteúdo pelo conteúdo, mas um conteúdo aplicado a um problema social, a uma situação real", disse.

Monaco admite que a prova foi difícil bem como o formato de cobrança, "como costuma ser". Mas alegou que o fato de o vestibular explorar diferentes formas de textos - escritos e imagéticos - para apresentar as questões foi avaliada como "positiva" por professores e candidatos.

O diretor também comentou sobre prova apresentar duas questões com canções da artista Taylor Swift, usadas para a disciplina de inglês.

Ele reconheceu que a medida levou a Fuvest aos assuntos mais comentados na na rede social X, antigamente conhecida Twitter, mas negou que o uso das letras da canora foi feito de modo a impulsionar a popularidade da prova.

"As músicas, assim como obras de arte, são uma tônica das provas da Fuvest", disse. Claro, que tem um grupo de apaixonado e tivemos um destaque na rede social X. Mas posso garantir que (a Taylor Swift) não estava lá (na prova) por estar e para causar. Estava lá para discutir um tema mais profundo e mais importante", afirmou Monaco.

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João Gabriel decidiu se retirar da festa de sábado no BBB 25 mais cedo e ir dormir, o que chamou a atenção de Thamiris e Gracyanne Barbosa.

Durante esta madrugada, as sisters comentaram que o brother estava "estranho", mas não mencionaram diretamente o beijo trocado entre ele e Thamiris na última semana.

"Eu senti ele estranho também", disse Gracyanne. Thamiris, então, respondeu: "Eu acho que... caiu a ficha". Sem especificar sobre o que falava, completou: "Não que fez besteira porque eu não sou nenhuma besteira, né? Mas não quer entrar no assunto como se isso fosse... falei já é". Em seguida, mudou de assunto e perguntou se Gracyanne conseguiu falar com Diego.

Mais cedo, durante uma conversa, João Gabriel demonstrou desconforto em um diálogo com Thamiris. A nutricionista tentou puxar papo com o brother, mas ele questionou se era sobre jogo. Ela negou e disse: "Nunca conversei com você de jogo".

O brother, no entanto, respondeu de forma vaga: "Se for outra coisa, deixa quieto". Sem entender o que ele queria dizer, ela insistiu, perguntando do que ele estava falando. João Gabriel apenas repetiu a frase e desconversou, encerrando o assunto rapidamente.

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, divulgou uma imagem curiosa em suas redes sociais neste domingo, 9.

Em seu X, o filho de Rubens e Eunice Paiva compartilhou a capa de um DVD pirata do filme de Walter Salles.

O longa, que faturou o Oscar de Melhor Filme Internacional, foi baseado na obra escrita por Marcelo.

Na imagem, a capa amassada de um disco falso apresenta o filme Ainda to Aqui. Além do cartaz do filme, também é possível ler uma garantia de qualidade técnica: "Imagem e som filé".

"Filé?", questionou o escritor brasileiro em seu perfil no X. Os seguidores do autor, então, explicaram que o termo era uma gíria que significava algo de boa qualidade.

"Filé é sinônimo de coisa boa, arretada, extraordinária em boa parte do Nordeste, amigo", escreveu o jornalista e escritor Xico Sá.

"Sinônimo de pirataria de boa qualidade, ou seja, o camarada não gravou a tela do cinema com o celular, provavelmente, ele baixou o MP4 em alta resolução e disponibilizou por um preço mais acessível", escreveu outro usuário.

A atriz Ingrid Guimarães relatou ter sido coagida e ameaçada por funcionários da American Airlines durante um voo de Nova York para o Rio de Janeiro, no último sábado, 8. Em publicações no Instagram e no X (antigo Twitter) a artista classificou a situação como "absurda" e "abusiva", detalhando o constrangimento que sofreu a bordo.

Segundo Ingrid, a confusão começou quando foi pressionada a ceder seu assento na classe premium economy para um passageiro da classe executiva que enfrentava problemas com a poltrona. Ao recusar a mudança, a atriz afirmou que começou a ser intimidada por funcionários da companhia.

"Foram aparecendo três pessoas, todas me ameaçando e dizendo que o voo não ia sair, que todo mundo ia ter que descer por minha causa", relatou. De acordo com Ingrid, uma das funcionárias chegou a anunciar no microfone que o desembarque de todos os passageiros aconteceria por conta de uma única passageira, apontando diretamente para ela.

A atriz também contou que sua família tentou intervir, mas foi repreendida por uma funcionária. "Eu fiquei constrangida porque alguns brasileiros que não sabiam da situação começaram a gritar comigo. E é claro que, diante desse constrangimento público, acabei indo para a classe econômica", desabafou. Como compensação, recebeu apenas um voucher sem explicações.

A denúncia gerou grande repercussão entre os seguidores de Ingrid, que declarou que tomará medidas jurídicas contra a companhia aérea. O Estadão entrou em contato com a assessoria da American Airlines Brasil e aguarda retorno. O espaço segue aberto.