Como funciona o programa de recompensa de SP que paga R$ 50 mil por informações de criminosos

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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro de um dos criminosos envolvidos no assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto com tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro.

Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, está com a prisão temporária decretada pela Justiça. Conforme as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é um dos principais envolvidos no crime e foi identificado após uma extensa análise de câmeras de segurança do saguão do Terminal 2 do aeroporto. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Coelho.

O montante de R$ 50 mil é o máximo previsto pelo programa de recompensa, criado em 2002, mas que só passou a funcionar na prática 12 anos após a publicação do decreto.

O valor também foi oferecido por informações sobre Kaique Coutinho do Nascimento, apontado como responsável pela morte do soldado Samuel Wesley Cosmo. Ele foi preso em Uberlândia, em Minas Gerais, em fevereiro desse ano.

Como surgiu o programa de denúncias?

O programa foi criado em um decreto pelo então governador Geraldo Alckmin em 2002, mas só entrou em vigor 12 anos depois, em 2014, quando teve sua primeira regulamentação.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, de 2022 a 2014 nenhum pagamento foi realizado.

Ele foi instituído para estimular a população a contribuir com a polícia, compartilhando informações úteis que possam ajudar a localizar criminosos. "Qualquer cidadão com detalhes sobre a identidade ou a localização de algum procurado, pode fazer a denúncia de forma anônima, ou seja, todo o processo garante a preservação da identidade do denunciante", diz a SSP.

Qual o critério para entrar no programa?

Para um caso ser inserido no programa, ele deve apresentar relevância ou ter sua inclusão solicitada pelo delegado geral de Polícia ou comandante geral da Polícia Militar.

O pedido é feito diretamente ao secretário da Segurança Pública, que oficializa a inserção por meio de resolução. Essa resolução fixará o prazo de validade da recompensa e o valor a ser pago, o qual não pode ultrapassar R$ 50 mil, que devem ser pagos com recursos do Fundo de Incentivo à Segurança Pública - FISP.

Quem pode fazer a denúncia?

Qualquer pessoa pode participar do programa, exceto os servidores da SSP e seus respectivos familiares. No entanto, as informações fornecidas devem ser determinantes ou conclusivas para elucidação do crime ou localização do suspeito procurado.

A SSP afirma que toda denúncia é submetida à análise da autoridade responsável pelas investigações para verificar o seu grau de relevância para resolução do caso.

Como fazer a denúncia?

As denúncias são realizadas de forma anônima. As informações podem ser prestadas por telefone, pelo número 181, ou de forma online, pela página do Web Denúncia.

Em ambos os casos, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia e também é comunicado, caso seja beneficiado com a recompensa.

Como o denunciante receberá a recompensa?

Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. Segundo a SSP, a retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.

Quando há mais de uma denunciante, como é feito o pagamento da recompensa?

Quando há mais de uma denúncia relevante, fica a cargo do secretário analisar e decidir sobre o valor a ser destinado a cada pessoa, respeitando o teto máximo fixado para a recompensa.

Quando foi realizado o primeiro pagamento e quantos já foram feitos até hoje?

Segundo o governo, a primeira recompensa paga por meio do programa ocorreu em 2017. Desde então, três pagamentos já foram realizados.

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O cantor Gusttavo Lima promoveu, nesta semana, um evento em sua fazenda, em Goiás, que chamou atenção pelo cenário aéreo. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram a entrada da propriedade repleta de aeronaves particulares.

A reunião ocorreu na Fazenda Balada, a luxuosa mansão onde mora o sertanejo. O evento foi realizado pela Balada Music, empresa de gerenciamento artístico do próprio cantor. O encontro reuniu empresários, artistas e representantes do setor musical.

Entre os nomes presentes estavam duplas conhecidas do público, como João Bosco & Vinícius. Em um dos vídeos divulgados, um convidado que chegou de helicóptero mostrou a área externa da fazenda como um "aeroporto particular", tomado por aeronaves. Nas imagens, é possível identificar pelo menos quatro aviões e um helicóptero estacionados.

O destaque entre eles é o Gulfstream G550, jato executivo de Gusttavo avaliado em mais de R$ 100 milhões. A aeronave é uma das mais luxuosas do mercado, com capacidade para 17 passageiros.

A tensão entre Martina Sanzi e Tàmires Assîs em A Fazenda parece estar longe de chegar ao fim. Após protagonizarem uma discussão que precisou da intervenção da produção do reality, as peoas voltaram a se desentender nesta sexta-feira, 17.

Durante as tarefas na horta, as duas trocaram provocações. Tàmires debochou das polêmicas envolvendo Martina e afirmou que a influenciadora seria expulsa do programa. "Se eu for expulsa, te levo comigo", respondeu Martina à provocação.

A troca de farpas continuou. Martina chamou a rival de "planta" e disparou: "Vai regar a sua família, samambaia". Em meio ao bate-boca, ela também acusou Tàmires de ser "insegura" e "cheia de hidrogel", enquanto a bailarina retrucava chamando a adversária de "xoxa" e "baixa".

Rivalidade entre Martina e Tàmires

Na última quinta-feira, 16, em vez de jogar água na rival, atitude que já foi criticada pela produção em discussões anteriores, Tamires borrifou um produto em spray em Martina, que respondeu jogando creme na peoa.

Martina encheu uma panela de água para jogar em Tamires, mas desistiu. A briga escalonou: "Diz que duvida [que eu jogue]", disse a peoa para Tamires.

Em seguida, Martina se aproximou de Tamires, que borrifou um spray na participante, entre palavrões. Como resposta, Martina jogou um dos produtos próximos na colega de reality.

Essa não é a primeira briga entre as participantes, que já discutiram junto de Fernando. Ele foi eliminado na Roça desta semana, mas já jogou água em Tamires.

Com relação à briga das participantes, entre outras discussões que envolveram água e algumas cusparadas, tanto a produção quanto a apresentadora Adriane Galisteu avisaram que o comportamento poderia gerar uma penalidade.

Nas redes sociais, internautas pedem para que o momento da briga seja avaliado pela produção, já que Martina deu um tapa na mão de Tamires enquanto ela segurava o spray.

Sequência do sucesso de 2022, O Telefone Preto 2 estreou nos cinemas brasileiros na última quinta-feira, 16. O novo terror sobrenatural de Scott Derrickson, que também comandou o primeiro filme, traz Finney (Mason Thames) e Gwen (Madeleine McGraw) lidando com o retorno d'O Pegador (Ethan Hawke), que faz novas vítimas em um acampamento.

Adaptação do conto homônimo de Joe Hill, filho de Stephen King, O Telefone Preto pode não ser um true crime, mas seu principal vilão foi criado usando elementos de dois dos serial killers mais famosos da cultura pop.

Na história original de Hill, O Pegador não é um mágico magro e alto como o personagem de Ethan Hawke. O texto, na verdade, o descreve como um palhaço gordo, características que imediatamente remetem a John Wayne Gacy, serial killer que ficou conhecido como Palhaço Assassino após ser descoberto que ele abusou e matou 33 meninos entre 1972 e 1978.

Gacy escondia sua identidade assassina por trás de seu trabalho como palhaço, ficando conhecido em algumas regiões como animador de festa. Ele também era muito querido entre os membros de sua comunidade, que ficava nos arredores de Chicago. Seus vizinhos o conheciam como um homem caridoso e prestativo e que, nos verões, dava populares festas temáticas.

Preso em 1978, Gacy admitiu seus crimes, contando que atraia suas vítimas para sua residência sob o pretexto de mostrar e ensinar truques de mágica que exibia em suas apresentações. Assim como o serial killer real, O Pegador usava essa mesma desculpa para atrair adolescentes ao interior de sua van.

Outro assassino muito conhecido que inspirou O Pegador foi Dean Corll, mais conhecido como o Candy Man ('homem dos doces', em tradução livre). Herdeiro de uma fábrica de doces, ele era conhecido por dar doces de graça a crianças. Ele também chegou a integrar o exército estadunidense entre 1964 e 1965, tendo sido dispensado após afirmar que sua presença era essencial para os negócios da família.

Em 1973, ele foi preso pelo estupro e assassinato de pelo menos 29 garotos, que eram atraídos para armadilhas por outros dois adolescentes. Corll tinha métodos similares ao Pegador com suas vítimas, prendendo-as em um porão e torturando-as até decidir matá-las por asfixia ou com tiros.

Mudança na adaptação

Com o sucesso das adaptações de IT: A Coisa, cujo principal vilão era o palhaço Pennywise, o próprio Hill sugeriu a Derrickson e ao co-roteirista C. Robert Cargill que o disfarce d'O Pegador fosse alterado, temendo comparações com o trabalho de King.

Em entrevista concedida ao LA Times em 2022, Cargill revelou que Hill sugeriu a transformação d'O Pegador em um mágico como os que se apresentavam nos Estados Unidos entre os anos 1930 e 1940, em que os ilusionistas faziam shows com dois figurinos - um humano e um demônio, criando uma narrativa combativa em suas apresentações. Foi dessa sugestão que os cineastas decidiram incorporar a máscara de demônio ao seu serial killer fictício.

Embora ainda tenham concebido o roteiro imaginando um vilão mais robusto, como era Gacy, Derrickson e Cargill mudaram de ideia quando Hawke entrou no projeto. "Vamos só deixar o Ethan ser o Ethan, porque ele trará algo totalmente novo e separado [de Gacy] para o filme", contou o diretor, também ao LA Times.

Outras inspirações na realidade

Gacy e Corll não foram as únicas inspirações reais levadas à adaptação de O Telefone Preto. Derrickson revelou, ainda na época do primeiro filme, que sua infância em Denver, no estado norte-americano do Colorado, teve influência direta na construção do bairro em que o longa se passa.

"Cresci numa área no norte de Denver que era bem violenta", lembrou o diretor em conversa com o news.com.au. "Muito bullying, muitas brigas, muitas crianças sangrando o tempo todo. E isso também foi logo depois de [o serial killer] Ted Bundy passar pelo Colorado matando pessoas."

"Quando eu tinha oito anos, meu amigo e vizinho veio bater à nossa porta e disse 'alguém matou minha mãe'", contou. "E tinha muita violência doméstica, mesmo na minha casa e nas casas de muitas das crianças que eu conhecia. Pais puniam seus filhos muito agressivamente, então foi um lugar muito violento e assustador para se crescer. Tentei trazer esse ambiente de forma realista para o filme."

Muito desta história de vida de Derrickson acabou entrando na trama de Finney. Além de ver conhecidos desaparecendo e lidando com bullying, o garoto também convive com um pai alcoólatra, que era rotineiramente abusivo com ele e com Gwen.

O pé na realidade ajudou a deixar O Telefone Preto mais realista mesmo com seus elementos sobrenaturais e é um dos grandes responsáveis pelo sucesso mundial do longa original.

O Telefone Preto 2 está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil. O primeiro filme está disponível para streaming no canal Universal do Prime Video e disponível para venda e aluguel digital nas lojas do Prime Video, YouTube, Google Play e Apple TV.