Decretada prisão de 2º acusado de participar de assassinato de delator

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A Justiça decretou a prisão temporária do segundo acusado de envolvimento na execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. Trata-se de Matheus Augusto de Castro Mota, um comerciante de carros suspeito de fornecer os dois veículos usados pelos executores do crime. A reportagem não havia conseguido localizar a defesa do suspeito até a publicação deste texto.

Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro na área de desembarque do Aeroporto de Cumbica, na Grande São Paulo. Dois homens encapuzados e armados com fuzis atiraram 27 vezes contra o delator do Primeiro Comando da capital (PCC), que foi atingido por dez tiros. Uma bala perdida matou o motorista de app Celso Araújo Sampaio de Novais.

Os criminosos estavam em um Gol preto, que foi abandonado em Guarulhos. Depois, usaram um Audi preto na fuga. E, por fim, a dupla apanhou um ônibus. Os dois até agora não foram identificados. A força-tarefa que investiga o crime cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a Mota, entre eles um sítio, onde um caseiro foi preso por porte ilegal de arma - um revólver.

Mota conseguiu escapar pouco antes de um dos lugares em que a polícia chegou. Ele já havia sido preso anteriormente sob a acusação de prestar o mesmo serviço para bandidos.

Busca por olheiro

Além de Mota, a polícia conseguiu na Justiça a decretação da prisão de Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que seria olheiro do PCC. Kauê estava no saguão do aeroporto e foi o responsável por identificar e apontar Gritzbach para os executores. A polícia tentou prendê-lo na terça-feira, mas ele conseguiu escapar.

Após o crime, Kauê saiu de São Paulo e se escondeu no Complexo do Alemão, no Rio. Dali, ele teria sido expulso por traficantes de drogas em razão da repercussão do caso e da decretação da sua prisão pela Justiça. O Estadão não conseguiu contato com sua defesa. Uma recompensa de R$ 50 mil foi oferecida pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) para quem tiver informações sobre ele.

Policiais

Oito PMs investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator foram afastados, incluindo os quatro que prestavam serviço para ele no dia do crime. A Corregedoria da Polícia Civil também investiga policiais citados no acordo de delação de Gritzbach com o Ministério Público.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em outra categoria

O jornalista e escritor Juan Arias Martínez morreu na última sexta-feira, 22, em Saquarema, no Rio de Janeiro, onde morava. A informação foi divulgada pelo jornal El País, onde escrevia uma coluna. A causa da morte foram complicações de uma insuficiência renal.

Aos 92 anos de idade, ele nasceu na cidade de Arboleas, na província de Almería, na Espanha, e trabalhava no periódico desde 1977, e chegou a cobrir o cotidiano de Roma, na Itália, e do Vaticano.

Sua última coluna foi publicada no El País no dia 8 de novembro, quando escreveu sobre a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Ele havia se mudado ao Brasil após se casar com a escritora Roseana Murray.

Vera Viel, mulher de Rodrigo Faro, usou seu Instagram para celebrar a conclusão de mais uma fase do tratamento contra um sarcoma sinovial, tipo de tumor raro e maligno em sua coxa esquerda, na noite de sexta-feira, 22.

"Fim de mais uma etapa. As muletas me ajudaram muito nesses primeiros 45 dias pós-cirurgia de retirada do tumor. Hoje, finalmente, não preciso mais usá-las. Que feclididade poder voltar a caminhar tão rapidamente", escreveu.

O casal também publicou um vídeo em que ela aparece caminhando ao lado do marido. "Eu vou estar sempre ao seu lado em todas as fases, na alegria e na tristeza, te amando para sempre!", comentou Rodrigo Faro.

Perto do final de Joy, da Netflix, o choro abafado de um bebê recém-nascido leva um homem e uma mulher em um hospital a se abraçarem puramente por felicidade. Eles não são os pais, mas tiveram tanto a ver com o nascimento quanto a mãe e o pai.

Esse filme encantador traça a história real de uma década sobre como o primeiro bebê de fertilização in vitro (FIV) do mundo nasceu na Inglaterra em 1978 - uma menina de 2,65 kg que abriu caminho para milhões de outros. É uma narrativa positiva e muito inglesa, mesclando discussões sóbrias sobre endometriose com biscoitos de chocolate.

O casal que se abraça naquele dia era formado pelo cientista pioneiro Robert Edwards e por Jean Purdy, uma jovem enfermeira e embriologista. Juntos com o cirurgião Patrick Steptoe, o trio teve sucesso com a fertilização in vitro, um método de tratamento da infertilidade. Edwards receberia o Prêmio Nobel posteriormente.

Joy surge em um momento em que a ciência está sob ameaça nos Estados Unidos - até mesmo a FIV -, então é absolutamente inspirador ver cientistas determinados e inteligentes trabalhando arduamente para mudar o mundo. "O que estamos fazendo, importa," diz Steptoe, interpretado com sobriedade por Bill Nighy.

Joy são as histórias pessoais dos três cientistas - principalmente pelos olhos de Purdy, uma guerreira educada de jaleco. "Se eu ouvir uma confusão, não sou muito boa em ficar fora dela," diz ela. Interpretada perfeitamente por Thomasin McKenzie, Purdy é ao mesmo tempo vulnerável e forte, aprendendo durante o processo a ser um ser humano melhor. James Norton interpreta Edwards com charme, dúvida e calma.

O roteiro de Jack Thorne explica bem a imensa pressão que o trio enfrentou. A FIV pode ter se tornado comum e incontroversa nas últimas décadas, mas no final dos anos 70 era experimental e evitada. A igreja Anglicana a chamava de pecado, os jornais a rotulavam de Frankensteiniana e outros cientistas alertavam sobre bebês anormais. "Estão cientes de que vão jogar o livro em nós", o Steptoe de Nighy diz à equipe. "Nós vamos unir todos contra nós."

Purdy, uma mulher solteira conforme os anos 60 dão lugar aos 70, é exilada por sua própria mãe religiosa - "Você não pode brincar de Deus com isso", a mãe diz à filha - e desconsiderada por sua igreja. Não importa. "Esta luta é nossa. Não temos escolha", diz Purdy. O filme também celebra as corajosas futuras mães que se ofereceram para que seus corpos fossem explorados na vanguarda da ciência.

Nossos pesquisadores heróis tentam argumentar em vão para o mundo cético que a FIV é simplesmente uma maneira da ciência ajudar aqueles em necessidade, como óculos para os míopes ou dentaduras para aqueles com cárie dentária. É notável voltar a esse debate agora quando as grandes conquistas da ciência hoje podem estar sob ameaça, como a água fluoretada.

O diretor Ben Taylor mantém a história pequena e íntima, uma série de vinhetas que somam quase como uma peça de teatro. Apresenta momentos de bravura silenciosa e educada, e pequenas conversas durante um pint de cerveja - um lembrete do poder das atuações e de que mudar o mundo não precisa de um herói musculoso com visão de raio-X. A história é embalada por uma trilha sonora excelente com seleções inteligentes como Yes We Can Can, de Lee Dorsey, Nobody But Me, de The Human Beinz, e Here Comes the Sun, de George Harrison, cada música encapsulando o momento no tempo, como pérolas em um fio.

Joy não é só alegria. Há frustração, perda e lágrimas ao longo do caminho, mas é um filme triunfante sobre como os seres humanos podem tornar o mundo melhor e como o choro de um bebê pode ser um presente inestimável.

Joy, um lançamento da Netflix, é classificado como PG-13 por "material temático, linguagem forte breve, algumas referências sexuais e imagens de cirurgia." Duração: 115 minutos. Três estrelas e meia de quatro.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.