Dino cita tragédia grega para alfinetar Nunes após decisão sobre cemitérios em São Paulo

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ministro Flávio Dino, o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou em suas redes sociais nesta terça-feira, 26, um trecho da tragédia grega Antígona, destacando sua luta por justiça "materializada no direito ao sepultamento digno do seu irmão".

A mensagem pode ser interpretada como uma indireta ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que criticou a decisão do ministro de determinar que os cemitérios da capital retomem os preços anteriores à privatização.

No texto divulgado em seu perfil no Instagram, Dino reproduziu um diálogo da peça, em que Antígona defende o direito ao sepultamento digno de seu irmão, em oposição a Creonte, seu tio, que assumiu o poder e proibiu o enterro. O ministro conclui dizendo que a obra traz um ensinamento sobre a importância da prudência e contra a soberba.

No último domingo, 24, Flávio Dino determinou que o município de São Paulo restabeleça a comercialização e a cobrança de serviços funerários nos valores anteriores à concessão dessas atividades. Na decisão tomada a partir de uma ação apresentada pelo PCdoB, o ministro diz ter enxergado práticas de mercado adotadas pelas concessionárias que atentam contra preceitos constitucionais e deu prazo de dez dias para a prefeitura se manifestar oficialmente.

Em um evento realizado nesta segunda-feira, 25, Nunes negou que a concessão tenha aumentado o preço dos serviços funerários. De acordo com ele, os preços praticados são os mesmos de 2019, porém com correção inflacionária.

O prefeito também afirmou que a decisão do STF comprometeria um desconto previsto em contrato de 25% do funeral social e que iria entrar em contato com o ministro para reverter a decisão.

Cobranças

Desde 6 de janeiro de 2023, quatro empresas são responsáveis por 22 cemitérios e crematórios públicos na capital de São Paulo: Consolare, Cortel, Maya e Velar.

Titulares de jazigos no Cemitério Quarta Parada, na zona leste da cidade de São Paulo, administrado pela Consolare, afirmaram em maio que receberam boletos da concessionária com valor em torno de R$ 700, pagamento que nem mesmo era especificado se era anual. A cobrança, que até então não existia, foi feita após a realização de recadastramento solicitado pela empresa.

De acordo com um levantamento do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), o preço de um pacote de funeral mais que triplicou em metade dos cemitérios da cidade após a concessão. As empresas têm autonomia para oferecer produtos e serviços exclusivos, mas todos os cidadãos podem optar pelos pacotes básicos definidos pela Prefeitura.

Em outra categoria

O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.

A vida é feita de coincidências, algumas bonitas e tristes ao mesmo tempo. Quando veio à Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2011, o português Valter Hugo Mãe lançava o livro O Filho de Mil Homens, muito inspirado pela sua relação com seu sobrinho, Eduardo. Em 2025, ele retorna à festa para divulgar a adaptação cinematográfica do livro em meio ao luto pelo garoto, que morreu vítima de câncer aos 16 anos.

Esse foi um dos temas da mesa com a participação do escritor, que ocorreu no início da tarde desta sexta, 1º. A morte do sobrinho, muito próxima à morte de uma amiga muito querida de Hugo Mãe, Isabel, foi catalisadora para a escrita de Educação da Tristeza, livro que ele está lançando agora no Brasil, pela Biblioteca Azul, que publica sua obra no País.

Mas, mesmo falando de luto, o escritor se recusou a deixar a conversa ser triste. Foi ovacionado em sua entrada, com direito a aplausos e assobios. Logo na primeira pergunta, que falava sobre o luto, mudou o tom, brincou sobre sua aparência na tela, fez piadas, atraiu risadas e, depois, justificou: "Não estou interessado em transformar meu patrimônio, minhas memórias, em uma coisa triste."

Hugo Mãe explicou que seu mecanismo é sempre tentar contar essas histórias de forma leve. E mesmo quando tudo estava desabando - quando a amiga morreu, o sobrinho já sabia que seu estado era terminal e a mãe, que ele cuida, sofria com toda a situação -, o escritor se segurava e guardava o choro para quando estava sozinho.

O Filho de Mil Homens

Ele lembrou sobre a inspiração para O Filho de Mil Homens. Tinha medo de ter filhos, achava que não era pra ele. Quando começou a cuidar de Eduardo, que ficava com ele todas as segundas-feiras quando era criança, tudo mudou. "Entendi que tinha sonhado tudo errado. Sempre sonhei com coisas tolas", disse.

Na trama, está Crisóstomo, um pescador solitário que, aos 40 anos, decide mudar seu destino e encontrar companhia. Sua vida muda quando ele encontra Camilo, um menino órfão que Crisóstomo decide acolher para satisfazer seu sonho de ter um filho.

O filme será lançada pela Netflix ainda este ano, com direção de Daniel Rezende e estrelado por Rodrigo Santoro. Hugo Mãe diz que não quis se envolver muito diretamente na produção. "Tinha medo de criar algum ruído", disse. Mas está satisfeito com o resultado do longa, tanto que disse, naquele tom entre a brincadeira e a verdadeira, que tem medo do livro cair no esquecimento.

Isso não deve acontecer, especialmente no Brasil, onde o livro foi tão bem recebido. "A maneira como os leitores brasileiros reagiram ao livro foi muito espantosa. Teve uma dimensão descomunal", lembrou Hugo Mãe. O escritor disse ainda que, quando está triste, recorre a essas memórias, de pessoas que o contaram como o livro mudou a vida delas.

Quando veio o anúncio de que a mesa estava chegando ao fim, a plateia lamentou. Hugo Mãe foi aplaudido de pé, comprovando o status de fenômeno que ganhou desde sua última participação na Flip.

O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.