IBGE: 3 em 10 cidades não tinham política de saneamento finalizada ou em elaboração em 2023

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Os municípios brasileiros avançaram em políticas de gestão e regulamentação de saneamento básico para a população, mas parte expressiva seguia sem cumprir tais pré-requisitos para acesso à contratação, à concessão ou ao recebimento de recursos financeiros para esses serviços. Três em cada dez municípios brasileiros ainda não tinham Política Municipal de Saneamento Básico finalizada nem em elaboração no ano de 2023. A existência de Plano Municipal de Saneamento Básico foi mais frequente, existente ou em elaboração em 83,7% dos municípios brasileiros em 2023, mas ainda distante da universalização.

Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2023 - Suplemento de Saneamento, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O saneamento é uma temática muito importante porque ele afeta diretamente a qualidade da saúde dos habitantes, ele é condição essencial, quando a gente avalia como é que está a sociedade brasileira, no que diz respeito a essas condições. Ele é muito importante para que se possa acompanhar, ao longo do tempo, inclusive para a implementação de políticas e melhoria de políticas relacionadas a essas temáticas", disse a coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE, Cristiane dos Santos Moutinho.

Em 2023, 3.112 municípios, ou 55,9% do total, contavam com política de saneamento finalizada, número significativamente superior aos 2.126 (38,2%) registrados em 2017. Outras 833 cidades (15,0%) declararam estar em processo de elaboração da política em 2023, ante 1.342 (24,1%) em 2017. Ao todo, 70,8% dos munícipios brasileiros tinham uma política local para saneamento, ante 62,3% em 2017.

"Para o Brasil, na comparação entre o Plano (83,7%) e a Política (70,8%), nota-se que o primeiro é um instrumento mais regular, com maior frequência na gestão do saneamento básico nos Municípios", apontou o IBGE. "No Brasil, 90,2% dos Municípios com população acima de 500.000 habitantes responderam positivamente para a situação conjunta de Política efetivada e em desenvolvimento. É palpável que as cidades mais populosas reúnam esses instrumentos administrativos para a gestão da política de saneamento básico em maior proporção, mas as menos populosas também respondem com participação elevada na distribuição de tais recursos de planejamento. Inclusive por que esses mecanismos desempenham papel de critérios para acesso a fundos públicos dos governos federal e/ou estaduais e de instituições sob controle das entidades públicas", acrescentou.

Em 2023, 3.975 municípios, ou 71,4% do total, tinham Plano Municipal de Saneamento Básico, embora 8,7% deles ainda não estivessem regulamentados. Uma fatia de 12,3% dos municípios tinham seu plano ainda em elaboração.

"Por sua natureza regulatória e normativa, os Planos Municipais de Saneamento Básico são peças necessárias para a política pública de saneamento municipal. Contudo, colocados enquanto critérios obrigatórios para a contratação ou concessão de serviços e também para o recebimento de recursos financeiros da União, passam a ser indispensáveis, incontornáveis. Em que pese a exigência para todos os municípios, aqueles com população inferior a 20.000 habitantes foram autorizados a apresentar planos simplificados", lembrou o IBGE.

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Garth Hudson, último integrante original da The Band, lendária banda canadense, morreu aos 87 anos nesta terça-feira, 21, enquanto dormia em uma casa de repouso em Woodstock, Nova York. O anúncio foi feito pelo administrador de seu espólio ao jornal The Toronto Star.

Em 1961, ele juntou-se ao grupo que mais tarde se tornaria The Band, ao lado de Robbie Robertson, Levon Helm, Rick Danko e Richard Manuel, atuando inicialmente como banda de apoio de Bob Dylan.

Considerado pelo companheiro Robbie Robertson como "o músico mais avançado do Rock and Roll", Hudson era multi-instrumentista e ficou famoso por suas partes de teclado, saxofone e acordeon com a The Band.

O grupo alcançou grande sucesso com canções como The Weight, Up on Cripple Creek e The Night They Drove Old Dixie Down. O talento da The Band foi registrado no documentário The Last Waltz, dirigido por Martin Scorsese.

Hudson teve longa carreira e trabalhou com nomes como Muddy Waters, Eric Clapton, Leonard Cohen, Tom Petty e Roger Waters. O músico ainda contribuiu com trilhas sonoras para o cinema, incluindo Touro Indomável (1980), de Scorsese, e Os Eleitos (1983), de Philip Kaufman.

Na semana passada, a Rádio Novelo publicou o podcast CPF na Nota?, que trouxe um relato da jornalista e escritora Vanessa Barbara. Nele, ela aborda o fim de seu casamento após uma traição e também expõe como o assunto foi tratado de forma machista por seu círculo de conhecidos e amigos, em uma história que vem repercutindo nas redes sociais e no meio literário.

A autora já havia abordado o tema no livro Operação Impensável (2015), que ganhou o Prêmio Paraná de Literatura e foi, posteriormente, publicado pela Intrínseca. Na época, o Estadão entrevistou a autora sobre o livro.

No livro, Lia e Tito viviam um casamento aparentemente feliz até o momento em que ele passa a noite em um hotel com a amante e pede nota fiscal. Como Lia havia cadastrado o CPF dele no sistema, é ela quem recebe o e-mail com o documento-bomba. O que se segue é uma avalanche de mentiras.

O livro é, assumidamente, uma autoficção. A escritora transformou em literatura episódios da sua vida privada, vividos em 2011, quando era casada com o editor André Conti, hoje, um dos sócios da editora Todavia. É esta história que ela conta no podcast, que virou assunto entre as pessoas que transitam no mundo das letras.

Nas suas redes sociais, André Conti assumiu o erro. "Manipulei e coagi minha ex-esposa de forma machista e misógina", diz o editor na nota. "Há catorze anos, cometi uma série de erros dolorosos, que culminaram no fim de um casamento, episódio narrado agora num podcast. Tive quase quinze anos para refletir sobre o que aconteceu: as mentiras, a manipulação, a pequenez. Esse adultério, e a rede de mentiras que criei em torno dele, terminou por afetar a vida de dezenas de pessoas", completa.

"Depois de catorze anos, tenho uma vida diferente e me sinto uma pessoa diferente, mas sei que independentemente dos anos e do meu arrependimento, e desse e de qualquer texto, as cicatrizes que deixei seguem machucando. Peço desculpas mais uma vez a todos que envolvi, em primeiro lugar para Vanessa e sua família", conclui.

No podcast, a escritora fala de uma lista de transmissão de e-mails da qual o ex-marido fazia parte. Nestes e-mails, jornalistas, editores e escritores - todos homens, segundo Vanessa Barbara - expunham suas companheiras, de forma misógina e machista, compartilhando detalhes da intimidade delas. Conti também fala sobre estes e-mails. "Num grupo de e-mails, expus pessoas, traí amigos e colegas e inventei intrigas", diz o editor.

A editora Todavia, da qual Conti é sócio e diretor de operações, também se pronunciou sobre o caso. No seu perfil no Instagram, publicou um comunicado reconhecendo "a gravidade dos acontecimentos narrados no podcast". "Compreendemos a indignação causada pelos diversos exemplos de machismo e misoginia contidos no episódio, ocorrido há 14 anos, e nos solidarizamos com a justa revolta que gerou em muitas e muitos ouvintes. Sentimos muito, sobretudo, pelo sofrimento causado à vítima", diz a nota.

"Nos últimos anos, o debate em torno das relações de gênero se aprofundou e situações que no passado eram normalizadas felizmente estão deixando de ser, graças à coragem de mulheres que decidem quebrar o silêncio. Desde sua fundação, em 2017, a editora tem publicado vários livros que acompanham essas transformações e conferem consistência a essa discussão. Temos consciência de que dar visibilidade às práticas machistas nos ajuda a evitar que ações como as narradas no podcast se repitam", completa a nota.

Outra pessoa que resolveu se manifestar foi a atual esposa de André Conti, a também escritora Natércia Pontes, que usou o seu perfil no Substack para publicar o texto intitulado Prefiro ser ré a ser juíza.

No texto, Natércia diz defender a sua família constituída há quase 14 anos com Conti. O casal tem duas filhas de seis anos. "Sentir que alguém conclama contra sua família, que está no seu encalço como um chacal, é um sentimento que não desejo nem a ela", escreveu a atual mulher de Conti.

Dani Calabresa está grávida do seu primeiro filho. A atriz e humorista anunciou a novidade nesta terça-feira, 21, em um post compartilhado com seus quase 3 milhões de seguidores nas redes sociais.

O bebê é o primeiro filho de Dani, de 43 anos, que é casada desde 2022 com o publicitário Richard Neuman. "A gente tava doido pra contar pra vocês", escreveu a humorista, que já exibe uma barriguinha.

No anúncio da gravidez, Dani ainda brincou com a música Quando Você Passa, de Sandy e Junior: "Temos um turu-turinho aqui dentro."

O anúncio foi feito simultaneamente pelo casal, via Instagram, e ao vivo no SBT por Léo Dias durante o Fofocalizando.

Segundo o jornalista, que é bastante amigo de Dani, ele já sabia da gravidez desde novembro e combinou com Richard Neuman de guardar segredo e só revelar em janeiro.