Passageiros enfrentam transtornos para remarcação de voos em Congonhas após chuva

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Passageiros que tiveram voos cancelados nessa quinta-feira, 28, no Aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, após as fortes chuvas que atingiram a cidade no período da tarde ainda enfrentam transtornos para realizar a remarcação de voos na manhã desta sexta-feira, 29.

Segundo a Aena, concessionária que administra o aeroporto, a operação está normal para pousos e decolagens neste momento. A empresa ainda alega que em razão das condições climáticas do dia anterior, e por ajuste de malha das companhias aéreas, houve 35 chegadas e 37 partidas canceladas.

Por volta das 22 horas, o aeroporto já operava normalmente para pousos e decolagens, mas o saguão permanecia cheio de passageiros que não conseguiram embarcar. O cenário era de longas filas, confusão e falta de informação. Entre os clientes da Gol, a fila que tinha início no setor de embarque atravessava toda a área do aeroporto, até o saguão de desembarque, do lado oposto.

Na manhã desta sexta-feira, a Gol disse que oito voos foram alternados para outras bases e 18 voos cancelados que tinham como origem ou destino o Aeroporto de Congonhas.

"Caos estabelecido", disse Júlio Macondo, por meio das redes sociais. "Seria necessária uma estrutura melhor no Aeroporto de Congonhas para atender os passageiros da melhor forma possível", afirmou Thiago Santos, outro internauta.

"Os clientes impactados estão recebendo as facilidades previstas pela Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com reacomodação nos próximos voos disponíveis", disse a companhia.

Já a Latam informou que alguns de seus voos de origem e com destino para São Paulo no Aeroporto de Congonhas e também no Aeroporto Internacional de Guarulhos na tarde da quinta-feira foram cancelados, atrasados ou alternados por "motivo de meteorologia".

A companhia esclareceu ainda que está oferecendo toda a assistência necessária aos passageiros, que estão sendo realocados nos próximos voos, e recomenda que, antes de se dirigirem aos aeroportos, os clientes com viagens programadas consultem o status de seus voos na página Minhas Viagens.

Sobre cancelamento de voos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, procurada, a Gru Airport, que administra o terminal, disse que está apurando a situação e compartilha informações, em breve.

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Daniela Mercury mandou uma mensagem para Claudia Leitte sobre a polêmica envolvendo a cantora por tirar o nome da orixá "Iemanjá" da música Caranguejo e substituir por "Yeshua", nome de Jesus em algumas religiões cristãs.

"Arte não é religião, arte é arte [...] Mesmo que não seja da religião, você poderia cantar sem problema porque você é uma artista, não está pregando ali em cima do trio e nem em cima do palco [...] talvez fazer algumas escolhas, escolher músicas que falem de outros temas", disse Mercury em entrevista ao portal PSNotícias.

A cantora fez questão de destacar que é amiga de Leitte e que a cantora poderia explicar porque sente a necessidade de fazer a troca dos nomes na letra.

"Eu não gosto de polêmicas ou de linchamentos públicos, nem de colocar ninguém nesse tribunal da internet, que discute as coisas com muita superficialidade", acrescentou a cantora.

Denúncia ao MP-BA e declarações

A denúncia de modificação da letra da música Caranguejo veio à tona após apresentações da cantora em Salvador e Recife. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) determinou que a cantora apresente esclarecimentos sobre a substituição. Procurada pelo Estadão, a equipe da cantora não havia se pronunciado sobre o caso até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A promotora Lívia Sant'Anna Vaz, responsável pela investigação, agendou uma audiência pública para o dia 27 de janeiro, às 14h, no auditório da sede do MP-BA, no bairro de Nazaré, em Salvador. Além disso, os compositores da música Caranguejo também serão ouvidos para fornecer mais detalhes sobre o contexto da obra e sua modificação.

Antes do seu show no Festival Virada Salvador, em dezembro de 2024, Claudia Leitte comentou publicamente sobre o caso pela primeira vez. "Esse assunto [racismo] é muito sério e deve ser discutido com profundidade, não de forma superficial", afirmou.

O Festival de Cinema de Berlim anunciou nesta quinta-feira, 16, mais oito filmes que farão parte da Berlinale Special, mostra não-competitiva do evento que acontecerá entre 13 e 23 de fevereiro. A Berlinale Special exibirá um total de 21 filmes: os primeiros quatro foram revelados em dezembro, agora foram anunciados mais oito, e os filmes restantes serão divulgados no dia 21 de janeiro.

Na lista divulgada nesta quinta-feira, está A Melhor Mãe do Mundo, novo filme da brasileira Anna Muylaert, estrelado por Shirley Cruz e Seu Jorge.

Os sul-coreanos também marcam presença na lista. Bong Joon Ho, diretor do premiado Parasita (2019), concorre com Mickey 17, estrelado por Robert Pattinson, e Min Kyu-dong, conhecido por seu trabalho em All for Love (2005), com o thriller de vingança Pa-gwa.

O britânico Dylan Southern vai fazer a première de The Thing with Feathers, estrelado por Benedict Cumberbatch em uma adaptação do romance de Max Porter.

Da Austrália, irá Justin Kurzel, que adaptou The Narrow Road to the Deep North, romance de Richard Flanagan vencedor do Booker Prize para a telona.

O diretor Lemohang Jeremiah Mosese, nascido no Lesoto e radicado na Alemanha, levará ao festival o filme Ancestral Visions of the Future, que faz uma alegoria poética sobre a infância.

A Berlinale Special vai apresentar ainda dois filmes em memória dos 80 anos da libertação de Auschwitz. O primeiro é um resgate da obra Shoah, de Claude Lanzmann, exibido no Festival há 40 anos. O filme de impressionantes 9 horas e 26 minutos será exibido na íntegra, permitindo aos espectadores fazerem uma reflexão profunda sobre o Holocausto.

O outro filme é uma estreia mundial e faz referência ainda ao centenário de Lanzmann: Je n'avais que le néant - "Shoah" par Lanzmann, de Guillaume Ribot, que busca nas 220 horas de filmagens inéditas deixadas por Lanzmann para criar uma visão ainda mais profunda sobre o tema.

Mais brasileiros na Berlinale

Até o momento, a organização do Festival anunciou a presença de outras oito produções brasileiras, além do longa de Anna Muylaert. Quatro dessas produções concorrem nas categorias da mostra competitiva Generation, voltada para os públicos infantojuvenis. O primeiro deles é A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo, que conta a história de duas meninas de dez anos que se encontram em um hospital e formam um vínculo inesperado.

Outro que se passa em um hospital é o curta-metragem Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho. O filme acompanha um drama familiar com duas irmãs e um padrasto recém-chegado, forçados a passar uma noite na sala de espera de um hospital. Enquanto enfrentam seus próprios conflitos, tornam-se testemunhas do caos social ao redor.

Já a série De menor, de Caru Alves de Souza, revela como o sistema de justiça no Brasil pode cometer injustiças contra jovens carentes. Na série, seis jovens atores apresentam histórias de diferentes gêneros em um palco de teatro.

O quarto brasileiro a concorrer na mostra Generation é o documentário Hora do Recreio, de Lúcia Murat, que concorre no Festival pela terceira vez. Partindo de uma pesquisa realizada com professores da rede pública, o projeto une debates com os alunos em sala de aula - sobre os temas evasão escolar, racismo, tráfico de drogas, bala perdida, feminicídio e gravidez precoce - com performances ficcionais.

Cartas do Absurdo, de Gabraz Sanna, e Zizi (ou oração da jaca fabulosa), de Felipe M. Bragança, terão as suas estreias mundiais no Forum Expanded, que busca novas perspectivas para ajudar a compreender o cinema e como ele se relaciona com o mundo de novas maneiras. Cartas do Absurdo trata dos efeitos do genocídio dos povos indígenas no Brasil. Já Zizi conta a história de uma família da periferia do Rio de Janeiro, por meio das memórias de um quintal, de uma árvore gigante e da mulher que a plantou.

Encerrando a lista de brasileiros já divulgados no Festival de Berlim, Ato noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, participa do Panorama, mostra que reúne filmes queer, feministas e políticos. No filme, um ator e um político iniciam um romance secreto e, juntos, exploram o fetiche por fazer sexo em locais públicos.

O Festival vai apresentar ainda uma cópia digital restaurada do filme Iracema, uma transa amazônica, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, de 1975. Na trama, uma jovem indígena deixa a aldeia para ir para a cidade. O filme evidencia que árvores, animais e pessoas já eram destruídos pelo capitalismo extrativista 50 anos atrás.

O ator Selton Mello celebrou nesta quinta-feira, 16, o sucesso de bilheteria dos longas Ainda Estou Aqui e O Auto da Compadecida 2. O artista, que faz parte do elenco dos dois filmes, brincou com o fato de que cada obra foi vista por 3 milhões de pessoas desde o lançamento. "6 milhões de espectadores nos cinemas", somou o ator. "Empatei", ele escreveu em uma postagem no Instagram.

No texto, Selton rejeiou a ideia de que está vivendo uma "grande fase" no cinema e optou por celebrar toda a sua carreira - que já dura mais de quarenta anos. "Não olha o micro das coisas, olha o macro: 40 anos nas artes, a grande fase começou quando comecei", escreveu o ator. "Sucessos e fracassos são os professores, basta estar atento para aprender com ambos. Portanto, uma grande fase de quarenta anos".

O artista ainda encontrou espaço para celebrar a indústria cinematográfica brasileira e o impacto que ambos os filmes tiveram no setor. "Não vejo também como algo pessoal, sou agente de um movimento maior: com o público, meus aliados eternos e com meus pares", afirmou. "Muitos empregos gerados para artistas e técnicos, autoestima da cultura. Novos apaixonados pelo cinema brasileiro, muitas camadas nesses seis milhões".

Por fim, Selton ainda agradeceu seus pais e afirmou que quer continuar a testar seus limites. "Eu olho o macro, olho o invisível e sigo crescendo, testando meus limites, querendo mais por mim e por outros", finalizou.

Em Ainda Estou Aqui, Selton Mello interpreta Rubens Paiva, ex-deputado federal que foi sequestrado e morto pela ditadura militar. No longa biográfico, inspirado no livro homônimo escrito por Marcelo, acompanhamos a vida da família Paiva durante o regime. Quando o patriarca da casa é raptado, cabe a Eunice Paiva (Fernanda Torres), esposa de Rubens, manter sua família unida e lutar pelo esclarecimento do sumiço de seu marido.

Já em Auto da Compadecida 2, Selton Mello volta a interpretar Chicó, personagem criado por Ariano Suassuna. Na sequência do longa de 2000, vemos o reencontro de João Grilo (Matheus Nachtergaele) com o antigo amigo. João, que foi dado como morto, retorna para a cidade de Taperoá como uma verdadeira celebridade. Ele, no entanto, se torna o centro de uma disputa política que pode arruinar os seus planos.