'Violação de direitos humanos grave', diz porta-voz da PM sobre homem jogado de ponte em SP

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"É uma ação que sugere uma violação de direitos humanos grave." É assim que o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, classificou o caso em que um agente da corporação arremessou, na madrugada de segunda-feira, 2, um homem do alto de uma ponte na região de Cidade Ademar, zona sul de São Paulo.

Nesta terça-feira, 3, a corporação instaurou um inquérito policial militar (IPM) e afastou 13 policiais envolvidos na ocorrência - as identidades dos envolvidos não foram reveladas. Os agentes são do 24.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana.

Como mostrou o Estadão, o episódio se junta a uma série de outras ocorrências que têm colocado em xeque a atuação da Polícia Militar de São Paulo, como as mortes recentes de uma criança de apenas 4 anos em uma ação em Santos, no litoral paulista, e de um estudante de Medicina na Vila Mariana, na zona sul paulistana.

"É claro que (os casos) preocupam, que nos acendem um sinal de alerta, mas, diante de todas as ações que a Polícia Militar faz, nós não podemos considerar isso como regra, muito pelo contrário", afirmou Massera. Um dos motivos, explica, é que, apesar de terem ocorrido em um curto espaço de tempo, os episódios tiveram dinâmicas distintas.

Em relação aos casos em sequência de violência policial, a PM afirmou que tem buscado adotar medidas de forma mais intensa para encontrar alternativas menos letais. "O comando está criando uma espécie de programa de redução de danos colaterais, porque é o que nós observamos nessas ocorrências, para estudar procedimentos e alternativas, talvez até com treinamentos mais específicos em alguns momentos e alternativas ao uso da força", disse Massera.

Nesta semana, também repercutiram imagens de um caso do começo de novembro em que um homem de 26 anos morreu baleado pelas costas por um policial de folga após furtar pacotes de sabão de um mercado no Jardim Prudência, na zona sul paulistana. Ao menos 11 tiros foram disparados na ocorrência, segundo informações preliminares.

Nesse caso, por exemplo, Massera reconhece a validade da ação do PM diante do furto, mas não a forma como o policial agiu. "Quando a gente analisa as imagens, ele efetuou tiros nas costas, sem o ladrão oferecer nenhuma ameaça aparentemente", disse. O agente foi afastado das atividades. "Sugere realmente um erro operacional importante."

Em entrevista ao Estadão, o pai do jovem morto no supermercado, o motorista Antônio Carlos Moreira Soares, 54 anos, questionou a intervenção feita pelo agente de folga. "Foi execução, não tem outro nome para isso. Tinha 13 furos no corpo do meu filho", afirmou.

Na madrugada do último dia 20, o universitário Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, morreu após ser baleado em abordagem policial na Vila Mariana. Imagens de câmeras de segurança mostram que ele teria tocado em uma viatura pouco antes de ser alvejado. "A Polícia Militar de SP está matando por um retrovisor?", questionou ao Estadão a mãe da vítima, a médica Silvia Mônica Cardenas Prado, de 57 anos. Os dois policiais envolvidos na ocorrência foram indiciados.

Para Massera, foi outro episódio de erro policial. "O policial não precisava ter efetuado o disparo de arma de fogo. Ele tinha outros recursos e não o fez. Isso é um erro: eu não trato esse policial como um bandido. É diferente", disse o porta-voz.

Segundo ele, a ocorrência em que o homem foi arremessado da ponte teve características diferentes até do caso envolvendo a morte do menino de quatro anos na Baixada Santista ou do estudante de Medicina. "Não vou chamar (o caso da Cidade Ademar) de erro."

Massera afirma que o episódio ocorrido nesta semana é uma "ação dolosa". "Nada justifica o policial ter agido dessa maneira. É uma desproporção física que, quando você olha, fica até impressionado: é um policial muito maior do que ele. Sem contar que o homem não oferece resistência, ele está totalmente rendido", afirmou.

Como mostrou o Estadão, um grupo de 13 policiais militares tentou abordar uma moto em Diadema, mas a dupla que estava no veículo não teria atendido à voz de parada. Os agentes, então, os perseguiram por cerca de dois quilômetros e só conseguiram alcançá-los justamente onde o vídeo foi gravado, na Rua Padre Antônio de Gouveia.

De acordo com informações preliminares, o registro feito pelos agentes envolvidos indica que não foi encontrado nada de irregular com a dupla na abordagem. Uma das hipóteses apuradas é que o policial militar teria arremessado um dos homens da ponte como forma de represália pela perseguição. A vítima ainda não foi identificada, mas teria saído do local andando, segundo testemunhas relataram posteriormente à polícia.

Conforme Massera, os policiais militares fizeram o registro da perseguição no sistema operacional da corporação, mas sem mencionar qualquer arremesso de viaduto. Como não foi encontrada nenhuma irregularidade com os homens que estavam na moto, a informação é que não foi registrado boletim de ocorrência junto à Polícia Civil.

Os agentes envolvidos na ocorrência estavam com câmeras corporais, segundo o porta-voz. A PM agora trabalha com três vertentes para tentar esclarecer o caso: "Primeiro, estamos procurando esse homem, que começou como um suspeito e terminou como vítima. Além disso, estamos fazendo a oitiva desses policiais e analisando as câmeras corporais."

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Sabrina Sato e Nicolas Prattes se casaram na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, no interior de São Paulo, na tarde desta sexta-feira, 10. A apresentadora e o ator realizaram uma cerimônia íntima reunindo poucos familiares e amigos próximos, somando cerca de 100 convidados.

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Sabrina Sato mostrou seu vestido para a Vogue. Assinado pelo estilista Giambattista Valli, o modelo remete aos anos 1980 e tem uma silhueta volumosa, similar à do clássico vestido usado pela Princesa Diana em seu casamento. Para a festa, ela trocará a peça por um vestido da grife Chloé. Na maquiagem, ela escolheu tons nudes para combinar com o visual dramático.

O jornalista Leo Dias publicou em suas redes sociais uma foto da cerimônia.

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O ator Keller Fornes, conhecido por seu papel na série County Rescue, do canal Great American Family Channel, faleceu no dia 19 de dezembro de 2024, aos 32 anos, em Eastland, Texas. De acordo com a Variety, só nesta semana a notícia foi confirmada por meio de um comunicado da Lacy Funeral Home e posteriormente reforçada por uma nota oficial do canal nas redes sociais.

"Estamos profundamente entristecidos com o falecimento de Keller Fornes. Ele era uma pessoa e um talento especial, atuando como ator, escritor, diretor, cantor e músico. Sua energia e entusiasmo contagiaram todos os que trabalharam com ele na Great American Media e no elenco de County Rescue. Nossas orações estão com sua família e todos aqueles que ele tocou", declarou a emissora em uma publicação no Instagram na última segunda-feira, 6.

Embora tenha ganhado maior reconhecimento em County Rescue, Fornes também é lembrado por sua participação no seriado The Walking Dead. Em 2012, ele atuou em um dos episódios iniciais da terceira temporada, interpretando um soldado.

O ator era formado em Artes Cênicas pela Universidade do Norte do Texas e se aventurou como roteirista e produtor de filmes independentes financiados de forma privada.

Na série County Rescue, Fornes interpretava Griffin. A produção, que estava prestes a iniciar as gravações da segunda temporada, recebeu uma onda de homenagens de colegas de elenco. A atriz Kristin Wollett homenageou o ator com um vídeo repleto de momentos ao lado dele. "Em nossos corações. Para sempre", legendou a publicação no Instagram.

O influenciador Tiago Toguro foi detido na quinta-feira, 9, por desacato a agentes de trânsito em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Além dele, outras duas pessoas também desrespeitaram autoridades durante uma autuação de trânsito. Toguro foi liberado após assinar o termo de comparecimento em juízo. A defesa dele não foi localizada.

No período da tarde, agentes de Trânsito foram acionados pela central 153 para atender a uma ocorrência envolvendo veículos estacionados em local irregular na Rua Miguel Matte com a Avenida Brasil.

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Durante a remoção de um dos carros, três homens desacataram os agentes e um deles entrou no Fiat/Mobi, tentando retirar o veículo à força.

"Em um ato de flagrante desrespeito e risco à integridade dos agentes, o veículo foi avançado contra um dos servidores públicos, chegando a colidir sobre o corpo do agente", acrescentou a gestão municipal.

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Diante da situação de ameaça e desacato, foi acionado o apoio imediato da Guarda Municipal. Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil.

Sobre o caso do influenciador conduzido à Central de Plantão Policial de Balneário Camboriú, a Polícia Civil de Santa Catarina disse ainda que o delegado responsável pela ocorrência, Alison Rocha, preservou os direitos constitucionais concedendo o direito de falar com seu advogado.

"Em ato contínuo, fora realizada a lavratura do Termo Circunstanciado em desfavor do conduzido por desacato aos agentes de trânsito e, após assinar o termo de comparecimento em juízo, o homem foi liberado", disse a polícia.

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