Estudo mostra avanço da agropecuária sobre os biomas brasileiros em 4 décadas

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Num período de quase quatro décadas - entre 1985 e 2023 -, a área ocupada por culturas temporárias no Brasil cresceu 3,3 vezes, passando de 18 milhões de hectares para 60 milhões de hectares. No caso da soja, principal cultura brasileira, houve expansão de 4,4 milhões de hectares em 1985 para 40 milhões de hectares em 2023 - o que equivale ao tamanho do Paraguai e a 14% de toda a área de agropecuária no Brasil. Esses números foram apresentados pelo MapBiomas, em evento em Brasília, no Ministério da Agricultura.

Já a área mapeada com lavouras perenes, como café, citros e dendê, avançou 2,9 vezes em igual intervalo, de 727 mil hectares para 2,3 milhões de hectares. O cultivo mais frequente é o café, com 1,26 milhão de hectares em 2023.

O estudo do MapBiomas - iniciativa que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil - com base em imagens de satélite revelou também que, atualmente, três a cada quatro hectares de agropecuária no Brasil são ocupados por pecuária (164 milhões de hectares), soja (aproximadamente 40 milhões de hectares) ou cana (cerca de 9 milhões de hectares).

Além disso, entre 1985 e 2023, a agricultura ou a pecuária avançaram sobre todos os biomas brasileiros.

Na Amazônia, a área ocupada com uma ou outra atividade cresceu 417% neste intervalo, para 66 milhões de hectares em 2023. No Pantanal, o crescimento foi de 256%, para 2,5 milhões de hectares; no Cerrado, de 68%, para 90 milhões de hectares em 2023; +62% no Pampa (8 milhões de hectares); +34% na Caatinga (33 milhões de hectares) e +3% na Mata Atlântica (67 milhões de hectares).

Os 40 milhões de hectares de soja distribuem-se predominantemente no Cerrado, com 19,3 milhões de hectares, e, em seguida, a Mata Atlântica, com 10,3 milhões de hectares e a Amazônia, com 5,9 milhões de hectares.

Cerca de 30% da área de expansão da soja entre 1985 e 2008, ou 5,7 milhões de hectares de um total de 18 milhões de hectares de crescimento, ocorreu em cima de mata nativa. O restante da área ocupada com a leguminosa veio de áreas de pastagem convertidas em lavoura (5 milhões de hectares) e 8 milhões de hectares de áreas já antropizadas.

"Quando se olha o recorte temporal de 2009 a 2023, com expansão de 17 milhões de hectares, o cenário muda, com 15% de áreas de soja provenientes de vegetação nativa (2,8 milhões de hectares), 36% proveniente de conversão de pastagem e 49% de áreas já antropizadas", cita o estudo.

Além disso, foram mapeados 164 milhões de hectares de pastagens, ou 60% da área de agropecuária. Trata-se de um crescimento de 79% em relação aos 92 milhões de hectares ocupados em 1985.

A pastagem é atualmente o principal uso antrópico do território brasileiro. A maior parte (36%, ou 59 milhões de hectares) das pastagens brasileiras fica na Amazônia, onde cobrem 14% da área total do bioma. Cerca de um terço (31%, ou 51 milhões de hectares) ficam no Cerrado, onde as pastagens ocupam 26% do bioma. Juntos, Amazônia e Cerrado respondem por dois terços (67%) das pastagens brasileiras.

Sob este aspecto, os pesquisadores observaram uma tendência de aumento na conversão de áreas de pastagem para outros usos em todos os biomas brasileiros. Na Amazônia, cerca de 40% da conversão das pastagens ocorreu nos últimos dez anos; no Cerrado, esse porcentual é de 42%. Em termos de área, o Cerrado lidera na extensão de pastagens convertidas desde o início da série histórica, em 1985: quase 35 milhões de hectares. Na Mata Atlântica, foram pouco mais de 25 milhões de hectares, diz o MapBiomas.

Além disso, quando se analisa a transição entre pastagens, o cenário é mais animador: houve um ganho líquido de 10,5% na condição do vigor das pastagens brasileiras entre 2000 e 2023, "pois foi constatada uma melhora da condição de vigor de 25%, ou 43,2 milhões de hectares, das pastagens com baixo e médio vigor".

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A apresentadora e cantora Kelly Osbourne, filha caçula de Ozzy Osbourne e Sharon Osbourne, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 4, para agradecer as manifestações de carinho recebidas desde a morte do pai, ocorrida em 22 de julho. Em seu perfil no Instagram, ela se dirigiu aos fãs e ao público em geral, destacando a importância das mensagens de apoio no momento de luto.

"Sentei-me para escrever isso cem vezes e ainda não sei se as palavras serão suficientes... mas do fundo do meu coração, obrigada. O amor, o apoio e as lindas mensagens que recebi de muitos de vocês realmente me ajudaram a superar o momento mais difícil da minha vida. Cada palavra gentil, cada memória compartilhada, cada pedaço de compaixão significou mais do que eu jamais conseguiria explicar", escreveu.

Kelly também comentou sobre o impacto da perda: "A tristeza é uma coisa estranha - ela surge em ondas - não ficarei bem por um tempo - mas saber que minha família não está sozinha em nossa dor faz a diferença. Estou me agarrando firmemente ao amor, à luz e ao legado deixado para trás. Obrigada por estarem presentes. Amo muito todos vocês."

Ozzy Osbourne se tornou um dos nomes mais influentes do rock ao liderar o Black Sabbath, banda formada em 1968 em Birmingham. Ao longo das últimas décadas, também realizou diversas reuniões com os integrantes originais do grupo.

Na última quarta-feira, 30 de julho, Kelly participou do cortejo fúnebre que levou o corpo de Ozzy pelas ruas de Birmingham, em um percurso marcado por homenagens e forte comoção. Para prestar tributo ao pai, ela usou um par de óculos escuros redondos, acessório característico do visual do cantor, e apareceu visivelmente emocionada ao deixar flores na ponte Black Sabbath.

A ponte foi escolhida pela família como ponto de parada do cortejo, onde todos puderam descer dos carros e saudar o público presente. Centenas de fãs se reuniram no local para se despedir de Ozzy.

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Gominho volta nesta segunda-feira, 4, a apresentar o TVZ, no Multishow. O humorista, que já apresentou outras temporadas do programa de música junto com Preta Gil, retorna ao comando da atração agora ao lado da cantora Marina Sena, que estreia na função.

O apresentador, que deixou seu emprego em uma rádio na Bahia há três anos para ficar ao lado de Preta Gil durante todo o tratamento do câncer da amiga, também negou que tenha recebido qualquer herança em dinheiro da cantora. Boatos que circulavam nas redes sociais davam conta que ele teria direito a R$ 5 milhões.

"Não tem dinheiro nenhum. Não estou esperando dinheiro de nada, e não tem essa herança. A minha mãe já está até preocupada que eu seja sequestrado achando que tenho R$ 5 milhões. A verdade é que se eu for sequestrado não tenho nem R$ 1 pra dar, risos", declarou Gominho ao jornalista Lucas Pasin.

Além de retomar o seu trabalho no Multishow, Gominho já se mudou para um novo apartamento no Rio de Janeiro. Ele agora vai morar no bairro de Botafogo, na Zona Sul da cidade, e está postando sua rotina nos stories do Instagram mostrando a adaptação ao novo local depois de deixar o apartamento de Preta Gil. Nesta segunda-feira, 4, ele contou que estava procurando uma academia, já que eliminou 60 kg no último ano e está mantendo uma rotina de exercícios e dieta.

Antes de morar com Preta Gil, Gominho vivia na Bahia e apresentava o programa Larica Pop, na Salvador FM. As músicas que ele escolhia para o programa, inclusive, o influenciaram a montar a playlist variada que foi usada no velório de Preta Gil.

No dia do velório de Preta Gil, Gominho participou de um café da manhã com Ana Maria Braga no Mais Você e esclareceu que não foi expulso do apartamento da cantora. Ele deixou o local por vontade própria.

"As pessoas começaram a cogitar um monte de coisa muito chata. Que eu tinha brigado com a família... Eu estava há quase três anos lá, eu tinha que sair dali. Quando eu voltei de Nova York eu já tinha entendido (que era o fim). Eu tenho sentido essa dor e essa sombra há muito tempo, eu preciso recomeçar e reorganizar minha vida. Ninguém me expulsou. Eu parei minha vida por dois anos e meio", declarou.

Após passar por uma traqueostomia, a cantora Angela Ro Ro, 75, voltou a falar na última quinta-feira, 31. A artista está internada desde junho no Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, devido a uma infecção pulmonar grave. O tratamento intensivo deve continuar nos próximos dias, mas a compositora está fora de perigo. As informações foram divulgadas por Carlos Eduardo Campista de Lyrio, advogado de Angela, em nota à imprensa.

"Sua resiliência a fez encontrar uma maneira de falar. Contudo, será necessário a fisioterapia para a plena recuperação de sua voz", afirma o comunicado. Ainda na nota, o advogado informou que está criando um site oficial para receber doações. A campanha deve ser lançada nesta terça-feira, 5.

Apesar de ser um dos nomes mais famosos do rock nacional e da MPB dos anos 1960 e 1970, Angela enfrenta dificuldades financeiras há alguns anos. Ela tem se mantido graças a doações de amigos e fãs.

"(Angela) mandou um recado para seus milhões de fãs agradecendo o apoio e os pensamentos positivos e pede ajuda para que possa passar por esta fase", finaliza a nota.