A energia escura que causa a expansão do universo pode não ser o que parece, dizem cientistas

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Antigas galáxias distantes estão dando aos cientistas mais pistas de que uma força misteriosa chamada de energia escura pode não ser o que pensavam.

Os astrônomos sabem que o universo está se expandindo em velocidade acelerada, e há décadas se perguntam o que pode estar apressando as coisas. Eles teorizam que haja uma força poderosa e constante em ação, que se encaixe perfeitamente no principal modelo matemático que descreve o comportamento do universo. Mas eles não conseguem vê-la e não sabem de onde ela vem, por isso a chamam de energia escura.

Ela é tão vasta que se imagina que componha quase 70% do universo - enquanto a matéria comum, como todas as estrelas e planetas, compõe apenas 5%.

Mas resultados publicados no início deste ano por um projeto de pesquisa colaborativo internacional, com mais de 900 cientistas do mundo inteiro, causaram uma grande surpresa. Quando os cientistas analisaram a forma como as galáxias se movem, descobriram que a força que as empurrava ou puxava não parecia ser constante. O mesmo grupo publicou em novembro um novo conjunto de análises, mais amplo, que originou uma resposta semelhante.

"Eu não imaginei que esse resultado pudesse ocorrer durante a minha vida", diz Mustapha Ishak-Boushaki, cosmólogo da Universidade do Texas em Dallas, que faz parte do projeto.

O que é o projeto colaborativo DESI?

Chamado de Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI, na sigla em inglês), ele utiliza um telescópio a sudoeste de Tucson, no estado americano do Arizona, para criar um mapa tridimensional do universo ao longo de 11 bilhões de anos, para ver como as galáxias se aglomeraram no tempo e no espaço. Isso dá aos cientistas informações sobre como o universo evoluiu, e para onde ele pode estar se encaminhando.

O mapa que estão construindo não faria sentido se a energia escura fosse uma força constante, como é teorizada. Na verdade, a energia parece estar mudando ou enfraquecendo ao longo do tempo. Se esse for realmente o caso, isso derrubaria o modelo cosmológico padrão dos astrônomos. Isso pode significar que a energia escura seria muito diferente do que os cientistas imaginavam - ou que pode haver algo completamente diferente acontecendo.

"É um momento de grande entusiasmo, e também de alguma perplexidade e confusão", diz Bhuvnesh Jain, cosmólogo da Universidade da Pensilvânia, que não está envolvido na pesquisa.

A descoberta mais recente do projeto aponta para uma possível explicação a partir de uma teoria mais antiga: que ao longo de bilhões de anos de história cósmica, o universo se expandiu e as galáxias se aglomeraram como previsto pela relatividade geral de Einstein.

A energia escura acabou?

As novas descobertas não são definitivas. Os astrônomos dizem que precisam de mais dados para derrubar uma teoria que parecia se encaixar tão bem. Eles esperam que observações de outros telescópios e análises de novos dados ao longo dos próximos anos determinem se a visão atual da energia escura se mantém ou não.

"A relevância desses resultados atuais é tentadora", diz Robert Caldwell, físico do Darthmouth College que não está envolvido na pesquisa, "mas não é uma medição inscrita em pedra".

Por que a energia escura é importante?

Há muita coisa em jogo nessa resposta. Como a energia escura é o maior componente do universo, seu comportamento determina o destino do universo, explica David Spergel, astrofísico e presidente da Fundação Simons. Se a energia escura é constante, o universo vai continuar a se expandir eternamente, ficando cada vez mais frio e vazio. Se a força dela estiver aumentando, o universo vai se expandir tão rapidamente que se destruirá, um evento que os astrônomos chamam de "Big Rip", a Grande Ruptura.

"Não é motivo de pânico. Se for isso que estiver em curso, só vai acontecer daqui a bilhões de anos", explica Spergel. "Mas gostaríamos de saber mais sobre isso."

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A informação foi confirmada pela família nas redes sociais e pelo hospital onde estava internada.

A garota teve morte encefálica e sofreu diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias. Millena teve diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

Por conta de dores de cabeça e no corpo, a atriz precisou ser hospitalizada.

O boletim médico do hospital desta sexta-feira afirma a menina deu entrada em "estado gravíssimo" no dia 29, transferida da Unidade de Pronto Atendimento Maria Antonieta (UPA). "Desde a sua chegada, a paciente recebeu cuidados intensivos e todo o empenho da equipe médica e assistencial, que não mediu esforços para preservar sua vida", afirma a nota assinada por Thiago Rizzo, gerente médico.

Segundo o SBT, ela chegou a ser diagnosticada com dengue, mas, após uma piora no quadro, os médicos realizaram outros exames e identificaram a presença de um tumor no cérebro de cinco centímetros, informou o SBT. Ela estava entubada, sedada e sem respostas neurológicas.

A situação de Millena se agravou durante esta semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A família começou uma vaquinha na internet para ajudar no tratamento da menina. No início da noite, no entanto, postou nos stories da conta de Millena do Instagram a frase "nossa menina se foi".

O caso causou comoção nas redes sociais, principalmente pela menina ter tido diversas paradas cardíacas. Depois da morte, milhares de pessoas deixaram condolências em mensagens no perfil de Millena.

Trajetória

No SBT, onde atuava desde 2023, Millena participou da novela A Infância de Romeu e Julieta, e estrelou também a série Sintonia, da Netflix. Ela registrou o início de sua carreira na TV: "E o sonho se tornou realidade", escreveu.

Além de atriz, Millena era modelo e influenciadora digital, e havia feito diversos trabalhos publicitários com marcas infantis. No Instagram, dizia também integrar a companhia de teatro musical Cia Artística En'Cena.

A atriz mirim Millena Brandão está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na cidade de São Paulo após sofrer sete paradas cardíacas.

Os médicos localizaram uma massa no cérebro dela, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor. A mãe está usando as redes sociais da criança para divulgar notícias sobre o caso e pedir orações.

Millena Brandão tem 11 anos de idade e mora em São Paulo. Além de trabalhar como atriz, ela também é influenciadora digital e modelo.

Seu trabalho como modelo começou em 2020 e já participou de algumas campanhas publicitárias.

Nas redes sociais, ela conta com mais de 155 mil seguidores. No Instagram, ela compartilha sua rotina e registros de seu trabalho como modelo.

Em 2023, ela registrou o início de sua carreira no SBT. "E o sonho se tornou realidade", escreveu. Millena fez parte do elenco de figurantes da novela A Infância de Romeu e Julieta, da emissora de Silvio Santos, e trabalhou também como figurante na série Sintonia, da Netflix.

Entenda o caso

Millena foi levada ao Hospital Geral de Grajaú no início da semana depois de reclamar de fortes dores de cabeça. Os médicos então localizaram uma massa no cérebro, mas ainda não confirmaram se trata-se de um cisto ou de um tumor.

A mãe da menina, Thays Brandão, disse ao Portal Leo Dias que a família aguarda a situação se estabilizar para tentar levá-la à casa de saúde na zona oeste paulistana. O Estadão entrou em contato com Thays e aguarda novas informações sobre o estado de saúde de Millena.

No Instagram, a mãe da atriz mirim divulgou uma vaquinha online para que a família consiga arcar com os custos de sua internação.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

A situação de Millena se agravou durante a semana. Ela seria transferida para o Hospital das Clínicas na quarta-feira, 30, mas sofreu as paradas cardíacas durante a tentativa de transferência.

A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,6 milhão de pessoas para o show gratuito de Lady Gaga neste sábado, 3. E quem passa em frente ao Copacabana Palace não duvida. Afinal, os "little monsters" tomam conta da calçada em frente ao hotel desde que a artista chegou ao País, na esperança de uma rápida aparição ou de um aceno. Mas de onde vem o apelido usado carinhosamente para se referir aos fãs de Gaga?

A ideia de monstros veio à tona enquanto Gaga trabalhava em seu segundo disco, The Fame Monster, de 2009, que é uma expansão do álbum de estreia, The Fame. Na época, a cantora começou a desenvolver o conceito para descrever seus próprios medos, e aos poucos passou a chamar os fãs de "little monsters" (ou monstrinhos) durante as apresentações da turnê.

A própria estética do álbum explorava a ideia de figuras grotescas e monstruosas para representar os problemas que vinham junto à ascensão à fama. Por isso, o termo caiu no gosto popular, e os fãs aderiram.

Em entrevista concedida à revista W Magazine, Gaga explicou como a ideia surgiu. "Eu nomeei meus fãs de 'little monsters' porque eles eram tão ferozes nos shows, e eles gritavam tão alto. Eles se vestiam com roupas maravilhosas e se divertiam muito celebrando a música."

Com a adesão, o termo ganhou algumas expansões, e a própria artista passou a ser chamada de "mother monster" (ou mamãe monstro) após um fã usar o termo durante um show da turnê Monster Ball em Chicago, em 2010. A cantora gostou tanto que aderiu ao apelido e passou a utilizá-lo para se descrever.

Outro detalhe que vem junto à temática monstruosa é o cumprimento usado pelos "little monsters". Você já viu algum fã de Gaga com as mãos em formato de garra?

O gesto também é usado para identificar o grupo de fãs da cantora. No clipe de Bad Romance, de 2009, parte da coreografia envolve os dançarinos erguendo as mãos com o dedos levemente curvados para dentro, como se estivessem replicando o formato de uma garra. A ideia rapidamente foi aderida. Por isso, o termo "paws up" (ou patas para cima) passou a ser utilizado quando os fãs de Gaga queriam cumprimentar um ao outro ou concordar com algo.

A apresentação gratuita de Lady Gaga em Copacabana, parte do projeto Todo Mundo no Rio, está marcada para começar às 21h45, e terá transmissão na TV Globo, no Globoplay e no Multishow.