A energia escura que causa a expansão do universo pode não ser o que parece, dizem cientistas

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Antigas galáxias distantes estão dando aos cientistas mais pistas de que uma força misteriosa chamada de energia escura pode não ser o que pensavam.

Os astrônomos sabem que o universo está se expandindo em velocidade acelerada, e há décadas se perguntam o que pode estar apressando as coisas. Eles teorizam que haja uma força poderosa e constante em ação, que se encaixe perfeitamente no principal modelo matemático que descreve o comportamento do universo. Mas eles não conseguem vê-la e não sabem de onde ela vem, por isso a chamam de energia escura.

Ela é tão vasta que se imagina que componha quase 70% do universo - enquanto a matéria comum, como todas as estrelas e planetas, compõe apenas 5%.

Mas resultados publicados no início deste ano por um projeto de pesquisa colaborativo internacional, com mais de 900 cientistas do mundo inteiro, causaram uma grande surpresa. Quando os cientistas analisaram a forma como as galáxias se movem, descobriram que a força que as empurrava ou puxava não parecia ser constante. O mesmo grupo publicou em novembro um novo conjunto de análises, mais amplo, que originou uma resposta semelhante.

"Eu não imaginei que esse resultado pudesse ocorrer durante a minha vida", diz Mustapha Ishak-Boushaki, cosmólogo da Universidade do Texas em Dallas, que faz parte do projeto.

O que é o projeto colaborativo DESI?

Chamado de Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI, na sigla em inglês), ele utiliza um telescópio a sudoeste de Tucson, no estado americano do Arizona, para criar um mapa tridimensional do universo ao longo de 11 bilhões de anos, para ver como as galáxias se aglomeraram no tempo e no espaço. Isso dá aos cientistas informações sobre como o universo evoluiu, e para onde ele pode estar se encaminhando.

O mapa que estão construindo não faria sentido se a energia escura fosse uma força constante, como é teorizada. Na verdade, a energia parece estar mudando ou enfraquecendo ao longo do tempo. Se esse for realmente o caso, isso derrubaria o modelo cosmológico padrão dos astrônomos. Isso pode significar que a energia escura seria muito diferente do que os cientistas imaginavam - ou que pode haver algo completamente diferente acontecendo.

"É um momento de grande entusiasmo, e também de alguma perplexidade e confusão", diz Bhuvnesh Jain, cosmólogo da Universidade da Pensilvânia, que não está envolvido na pesquisa.

A descoberta mais recente do projeto aponta para uma possível explicação a partir de uma teoria mais antiga: que ao longo de bilhões de anos de história cósmica, o universo se expandiu e as galáxias se aglomeraram como previsto pela relatividade geral de Einstein.

A energia escura acabou?

As novas descobertas não são definitivas. Os astrônomos dizem que precisam de mais dados para derrubar uma teoria que parecia se encaixar tão bem. Eles esperam que observações de outros telescópios e análises de novos dados ao longo dos próximos anos determinem se a visão atual da energia escura se mantém ou não.

"A relevância desses resultados atuais é tentadora", diz Robert Caldwell, físico do Darthmouth College que não está envolvido na pesquisa, "mas não é uma medição inscrita em pedra".

Por que a energia escura é importante?

Há muita coisa em jogo nessa resposta. Como a energia escura é o maior componente do universo, seu comportamento determina o destino do universo, explica David Spergel, astrofísico e presidente da Fundação Simons. Se a energia escura é constante, o universo vai continuar a se expandir eternamente, ficando cada vez mais frio e vazio. Se a força dela estiver aumentando, o universo vai se expandir tão rapidamente que se destruirá, um evento que os astrônomos chamam de "Big Rip", a Grande Ruptura.

"Não é motivo de pânico. Se for isso que estiver em curso, só vai acontecer daqui a bilhões de anos", explica Spergel. "Mas gostaríamos de saber mais sobre isso."

Em outra categoria

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.

Salve Jorge vai voltar ao ar pela primeira vez desde sua exibição original, em 2012. A novela de Gloria Perez, será a próxima na grade de programação do Globoplay Novelas a partir de 8 de dezembro, substituindo Celebridade.

A reprise será transmitida de segunda a sábado, às 23h30, com reapresentação no dia seguinte, às 12h50. Aos domingos, o canal exibirá uma maratona a partir de 15h25. Para quem prefere acompanhar em outro ritmo, Salve Jorge também estará disponível na íntegra no catálogo do Globoplay.

Sobre 'Salve Jorge'

Na história, Morena (Nanda Costa), jovem moradora do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, recebe a proposta de um emprego na Turquia e parte acreditando estar diante de uma oportunidade para mudar de vida. O que encontra, porém, é uma rede de aliciamento de mulheres.

A trama acompanha o esforço da personagem para escapar da exploração e denunciar o esquema, que tem no Brasil uma articuladora sofisticada e influente: Lívia Marine (Claudia Raia).

Além da luta contra a quadrilha, a novela traz o relacionamento conturbado entre Morena e Theo (Rodrigo Lombardi), capitão da cavalaria do Exército. O militar se declara disposto a assumir o romance e a criação do filho dela, Júnior (Luis Felipe Lima), enfrentando barreiras emocionais e familiares ao longo da trama.

Com direção de núcleo de Marcos Schechtman, o elenco reúne nomes como Giovanna Antonelli, Alexandre Nero, Dira Paes, Carolina Dieckmann, Tania Khalill, Totia Meireles e Domingos Montagner.

A atriz Sally Kirkland morreu nesta terça-feira, 11, aos 84 anos, em Palm Springs, na Califórnia, Estados Unidos. A notícia foi confirmada pelo representante da artista, Michael Greene, ao site TMZ. Ela ficou conhecida por ganhar o Globo de Ouro por sua interpretação de Anna, no filme homônimo de 1987.

No fim de semana, a atriz foi internada em um centro de cuidados paliativos em Palm Springs. De acordo com uma vaquinha realizada em nome de Sally, ela teria fraturado recentemente quatro ossos no pescoço, além do pulso direito e do quadril esquerdo, durante uma queda.

A atriz foi diagnosticada com demência há cerca de um ano, de acordo com o representante.

Filha da editora de moda da Vogue Sarah Phinney e de Frederic Kirkland, Sally ganhou reconhecimento no filme As 13 Mulheres Mais Bonitas (1964), do artista visual e diretor Andy Warhol.

Entre 1970 e 1980, estrelou papéis secundários em obras como A Mancha do Passado, Nasce uma Estrela e Loucura da Mamãe.

Em 1987, foi aclamada por sua atuação em Anna, que lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático e o Independent Spirit Award de Melhor Atriz Principal. Pelo mesmo papel, recebeu também uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

Alguns anos depois, em 1991, participou do filme para televisão The Haunted, que rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para Televisão.

Sally deixa o afilhado Coty Galloway e três primas, Brookie, Katherine e Tina Kirkland.