'Ou você pula ou jogo você': homem arremessado de ponte por PM presta depoimento

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O manobrista de 25 anos que foi arremessado do alto de uma ponte por um policial militar prestou depoimento na tarde desta sexta-feira, 6, na 2ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, na região do Brooklin, zona sul de São Paulo. O caso ocorreu no começo desta semana na região de Cidade Ademar, também na zona sul. A vítima da agressão relata que antes de arremessá-lo, o soldado disse: "Ou você pula ou jogo você".

O PM Luan Felipe Alves Pereira foi preso preventivamente na quinta-feira, 5, após pedido da Corregedoria da corporação. A decisão liminar da Justiça Militar indica que ele pode responder pelos crimes de lesão corporal, peculato e prevaricação.

Em nota, a defesa disse que vai entrar com pedido de habeas corpus em momento oportuno e fala em "antecipação de pena travestida como prisão preventiva".

O Estadão teve acesso ao depoimento prestado à Polícia Civil na tarde desta sexta. Marcelo, que trabalha como manobrista na região dos Jardins e da Avenida Paulista, disse que voltava da casa da namorada de moto quando se deparou com diversos policiais nos arredores da ponte, na Rua Padre Antônio de Gouveia.

Ao todo, 13 policiais se envolveram na ocorrência, todos eles do 24.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana. Como mostrou o Estadão, todos foram afastados após as imagens do caso virem à tona - entre eles, está Pereira, que foi preso.

O manobrista disse que, ao se deparar com o grupo de PMs, se assustou e depois se jogou da sua moto, uma Titan 160 prata. Marcelo afirmou, então, que policial Luan Felipe Pereira o pegou pelo colarinho da camisa sem explicação e o levou até a beirada da ponte.

O manobrista disse que não ofendeu ninguém e relatou ter afirmado, durante a abordagem, que não era ladrão. Apesar disso, foi jogado brutalmente da ponte e caiu em um riacho, como mostram as imagens que circularam nas redes sociais.

Marcelo disse então que algumas pessoas em situação de rua o ajudaram a sair de lá e o auxiliaram sobre como ir embora. Assim que voltou para a via, ele pediu ajuda para um carro que passava por lá e foi levado de carona para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Catarina. Conforme fontes policiais, ele apresentava ferimentos no rosto e deve ainda passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML).

O relato de Marcelo, que durou cerca de 40 minutos, contrasta com alguns pontos da descrição feita pelos policiais militares no registro interno da Polícia Militar. Primeiro, ele afirmou que estava sozinho na moto, e não acompanhado, como descreveram os policiais.

Depois, pela versão dele, não houve qualquer tipo de perseguição, como descreveram os PMs. A abordagem teria se dado já nos arredores da ponte de onde foi arremessado. Segundo o manobrista, ele não teria relação com um baile funk que acontecia nos arredores de onde foi abordado pelos policiais militares.

Marcelo disse que, desde que foi alvo dos policiais, está com medo de represálias e tem se mantido recluso. O manobrista mora em um bairro próximo de onde o caso ocorreu, mas preferiu se manter fora de casa por um tempo.

"Uma ação desmedida, inexplicável", afirmou nesta semana ao Estadão o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar. Ele reconheceu que as imagens indicam que o indivíduo não oferecia risco no momento em que foi jogado da ponte. "Sugere uma violação de direitos humanos grave."

Pressionados pelos seguidos casos de violência policial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, repudiaram o episódio. Em nota, o Ministério Público do Estado (MP-SP) classificou a conduta como "inadmissível" - posteriormente, o órgão abriu uma investigação sobre o episódio. Também foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) e uma investigação na Polícia Civil.

Tarcísio admitiu a necessidade de rever protocolos da PM, mas afirmou que não vai afastar Derrite do cargo.

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Um pintor da Tasmânia (Estado da Austrália) descobriu uma garrafa de vidro fechada que estava escondida havia mais de 120 anos dentro de um buraco na parede do farol de Cape Bruny - contendo e dentro dela havia uma carta de duas páginas. As informações são do jornal britânico The Guardian.

Annita Waghorn, gerente de patrimônio histórico do Serviço de Parques e Vida Selvagem da Tasmânia, disse ao jornal britânico que a descoberta ocorreu quando o pintor Brian Burford realizava uma manutenção de rotina na estrutura.

"Ele ficou tão animado que me ligou e disse que havia encontrado uma mensagem em uma garrafa", disse Waghorn. A carta não era apenas um simples bilhete, mas um envelope contendo duas páginas escritas à mão detalhando as melhorias feitas no farol em 1903. Uma escada, piso, sala de lanterna e lente foram adicionados ao farol tombado como patrimônio histórico quase 70 anos após a construção da estrutura original em 1838.

Para chegar à mensagem, eles precisaram da ajuda de especialistas do Museu e Galeria de Arte da Tasmânia, que extraíram cuidadosamente o delicado papel envelhecido. "A garrafa estava selada com uma rolha revestida de betume, o que dificultou a abertura", disse Cobus van Breda, do museu, à ABC.

Uma vez extraída a mensagem, a equipe ainda precisou de vários dias para decifrar seu conteúdo, segundo o Guardian. Os funcionários do museu agora planejam colocar a carta em exposição para que o público possa vê-la.

Por volta de 21h15, a curadora Ana Lima Cecilio chamou Gregório Duvivier para comandar a mesa 13 da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) nesta sexta-feira, 1º, descrevendo-a como uma "insistência na alegria".

Ator, escritor e roteirista, Gregório é um dos fundadores da plataforma de humor Porta dos Fundos. Também ficou conhecido pelo programa de opinião e humor Greg News, da HBO, que ficou no ar por sete temporadas.

Sentado e com apoio de um projetor, o artista carioca leu um longo monólogo no auditório da matriz, que durou cerca de uma hora, intitulado Palavras: Vida e Obra. A exibição compilou material descartado de sua mais recente peça, O Céu da Língua.

Duvivier brincou com os significados e as entonações de inúmeras palavras e expressões da língua portuguesa, arrancando risadas da plateia com piadas e trocadilhos, enquanto projetava desenhos e grafias.

Certa hora, ao valorizar a força dos homens calvos, ele disse: "Se colocasse uma peruca na cabeça do Alexandre de Moraes, talvez o Brasil não fosse mais uma democracia", falou, despertando risos e aplausos.

Gregório é autor de livros como Caviar é Uma Ova (Companhia das Letras, 2016), Sísifo: Ensaio sobre a Repetição em Sessenta Saltos (Cobogó, 2020) e Sonetos de Amor e Sacanagem (Companhia das Letras, 2021).

Entre os principais destaques da Flip 2025 estão a jornalista e escritora espanhola Rosa Montero, autora de O Perigo de Estar Lúcida, entre outros sucessos de público, a sueca Liv Strömquist, um dos grandes nomes dos quadrinhos na atualidade, a escritora argentina María Negroni, autora da autoficção A Arte do Erro, e o italiano Sandro Veronesi, mais conhecido por O Colibri.

O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.