'Pensei que ia morrer', diz manobrista arremessado por PM de ponte em SP

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O manobrista de 25 anos que foi jogado do alto de uma ponte na madrugada do último dia 2 na região de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo, deu mais detalhes sobre o que passou a partir do momento em que foi pego pelo colarinho pelo soldado da Polícia Militar Luan Felipe Alves Pereira, que o arremessou de uma altura de mais de três metros.

"Foi uma sensação horrível, pensei que ia morrer", disse Marcelo, em entrevista por telefone ao Fantástico, da Rede Globo. "Quase morri na mão de um policial que estava desequilibrado."

Pereira foi preso preventivamente na última quinta-feira, 5, após pedido da Corregedoria da PM. A decisão liminar da Justiça Militar, a qual o Estadão teve acesso, indica que ele pode responder por lesão corporal, peculato e prevaricação. Em nota, a defesa disse que vai entrar com pedido de habeas corpus em momento oportuno e fala em "antecipação de pena travestida como prisão preventiva".

"O que passou na mente dele para ele me jogar da ponte?", questionou Marcelo ao Fantástico. Ele afirmou que, durante a abordagem, os policiais sequer pediram os documentos dele. Assustado, relatou também ter dito aos policiais que não era ladrão e que sua moto não era roubada.

Em depoimento prestado à Polícia Civil na última semana, ao qual o Estadão teve acesso, Marcelo disse que voltava da casa da namorada de moto quando se deparou com diversos policiais nos arredores da ponte, na Rua Padre Antônio de Gouveia.

Ao todo, 13 policiais se envolveram na ocorrência, todos eles do 24.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana. Como mostrou o Estadão, os agentes foram afastados após as imagens do caso virem à tona - entre eles, está Pereira, que foi preso.

O manobrista disse que, ao se deparar com o grupo de PMs, se assustou quando alguns deles o abordaram e se jogou da sua moto, uma Titan 160 prata. Marcelo afirmou, então, que um dos PMs o pegou pelo colarinho da camisa sem explicação e o levou até a beirada da ponte. "Ou você pula ou jogo você", teria dito o policial, segundo o depoimento.

Marcelo, que trabalha como manobrista na região dos Jardins e da Avenida Paulista, disse que teria sido agredido com golpes de cassetete. Em seguida, ele foi jogado brutalmente da ponte e caiu em um riacho, como mostram as imagens que circularam nas redes sociais. Ele disse que caiu de joelhos, por isso não se machucou tanto.

O manobrista contou também que, assim que foi arremessado, algumas pessoas em situação de rua o ajudaram a sair do riacho e o auxiliaram sobre como ir embora. Assim que voltou para a via, ele pediu ajuda para um carro que passava por lá e foi levado de carona para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Catarina. Conforme fontes policiais, ele apresentava ferimentos no rosto e deve ainda passar por exames no Instituto Médico-Legal (IML).

Nesta semana, o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar, reconheceu que as imagens indicam que Marcelo não oferecia risco no momento em que foi jogado da ponte. "Uma ação desmedida, inexplicável", afirmou ao Estadão. "Sugere uma violação de direitos humanos grave."

Pressionados pelos seguidos casos de violência policial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, repudiaram o episódio. Em nota, o Ministério Público do Estado (MP-SP) classificou a conduta como "inadmissível" - posteriormente, o órgão abriu uma investigação sobre o episódio. Também foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) e uma investigação na Polícia Civil.

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O clima pesou nos bastidores de um evento privado em Mairiporã, Na Grande São Paulo, no dia 2 de agosto, após uma confusão entre dois nomes conhecidos do entretenimento nacional. Em comunicado divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, 4, a equipe da Carreta Furacão acusou a banda CPM 22 de desrespeito e sabotagem durante sua apresentação no local.

Segundo a nota oficial, os músicos da banda teriam iniciado a passagem de som e os testes de iluminação durante a performance da Carreta Furacão, além de reduzir propositalmente o volume do som da apresentação. A atitude teria comprometido o andamento do espetáculo e prejudicado a experiência do público.

"Não é admissível que haja sabotagem dentro de um ambiente que deveria ser de união e respeito", diz o grupo no comunicado.

A Carreta Furacão destacou ainda que, assim como o CPM 22, também é formada por artistas e merece respeito em seu espaço de atuação. O grupo reafirmou seu compromisso com o público e declarou solidariedade aos fãs que esperavam uma apresentação completa.

A reportagem entrou em contato com a banda CPM 22, mas não houve retorno até a publicação desta nota.

Leia o comunicado completo divulgado pela Carreta Furacão:

"A Carreta Furacão vem a público expressar seu repúdio à postura desrespeitosa da banda CPM 22 durante nossa apresentação no evento realizado no dia 02/08/2025.

Enquanto estávamos no palco cumprindo nosso horário oficial de show, os integrantes da banda iniciaram passagem de som e testes de iluminação, interferindo diretamente na execução da nossa performance.

Houve, inclusive, redução proposital do volume de nosso som, diversas vezes, o que prejudicou severamente a experiência do público e a integridade do espetáculo.

Assim como o CPM 22, somos artistas. Temos uma trajetória que, com muito esforço, conquistou respeito e admiração do povo brasileiro. Por isso, é inadmissível que qualquer profissional da arte e do entretenimento sabote o trabalho de outros artistas, ainda mais em um espaço onde todos deveriam estar unidos para levar alegria ao público.

Nos solidarizamos com os fãs que esperavam uma apresentação completa e vibrante da Carreta Furacão.

Seguiremos firmes, como sempre, levando nossa arte, dança e carisma por todo o Brasil, com respeito, humildade e profissionalismo."

Flor Gil tem quatro shows marcados pelo Brasil, ainda em agosto, para divulgar o seu álbum de estreia: Cinema Love. Aos 16 anos, a neta de Gilberto Gil vai se apresentar em São Paulo, no dia 14, em Salvador , nos dias 15 e 16, e no Rio de Janeiro, dia 17. O show de São Paulo e o do dia 16 em Salvador já estão com ingressos esgotados. Por isso, a capital baiana ganhou uma data extra no dia 15.

Cinema Love foi lançado em abril, em Nova York, nos Estados Unidos, onde Flor Gil mora. A cantora fez o show de estreia na cidade americana, em junho. A filha de Bela Gil e JP Demasi também já tinha cantado com o avô Gilberto Gil no primeiro show em São Paulo da turnê Tempo Rei, no Allianz Parque, em abril.

Além dos shows para divulgar seu disco, Flor Gil também está na trilha sonora da nova novela das seis da Globo, Êta Mundo Melhor!, com a música inédita Chegou Pra Ficar. A faixa já foi lançada em todas as plataformas de streaming.

Veja as datas e locais dos shows de Flor Gil

São Paulo

- Quando: 14 de agosto (quinta-feira)

- Onde: Bona Casa de Música

- Ingressos: esgotados

Salvador

- Quando: 15 e 16 de agosto (sexta-feira e sábado)

- Onde: Casa da Mãe

- Ingressos: por WhatsApp (71) 99168-3879

Rio de Janeiro

- Quando: 17 de agosto (domingo)

- Onde: Blue Note Rio

- Ingressos: site da Eventim

Nicole Bahls, que participa da Dança dos Famosos 2025 no Domingão com Huck, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 4, para mostrar os bastidores dos ensaios para o programa.

Apesar de estar feliz com a oportunidade, a apresentadora expressou seu medo em sentir dores durante a rotina puxada de ensaios e apresentações. Ela disse que se tranquilizou no primeiro dia de ensaios quando descobriu que os Estúdios Globo contam com profissionais disponíveis para ajudar os participantes.

"Eu chego e dou de cara com um fisioterapeuta, um homem forte. Falei: 'Meu Deus, o negócio é tenso mesmo, meu primeiro dia já tem um fisioterapeuta'. Mas é que eles tem um grande cuidado com a gente", explicou.

Além dos profissionais, os bastidores do Dança dos Famosos conta com cadeiras de massagens. Ed Gama foi encontrado por Nicole em um dos equipamentos.