Justiça de SP autoriza Alexandre Nardoni a passar o fim do ano no Guarujá com a família

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou na quinta-feira, 5, que Alexandre Nardoni, sentenciado a 30 anos e um mês de prisão pelo assassinato da filha, Isabella Nardoni passe o fim do ano com a família no Guarujá, litoral de São Paulo. Ele foi condenado em 2010 pela morte da criança, ocorrida dois anos antes. Desde maio, Nardoni cumpre pena em regime aberto, mas não pode sair da capital paulista, onde reside, sem a autorização da Justiça.

No documento de autorização emitido pela Justiça, ao qual o Estadão teve acesso, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli afirma que permite Nardoni deixar o endereço de domicílio "tendo em vista o cumprimento regular do regime aberto".

A autorização tem validade de 23 de dezembro a 3 de janeiro e Nardoni continua impedido de deixar a residência da família no Guarujá, no Jardim Acapulco, entre 20 horas e 6 horas. Também não pode frequentar bares, casas de jogos e "outros locais incompatíveis com o benefício conquistado".

Esse tipo de autorização é comum para sentenciados que cumprem pena em regime aberto. Nardoni progrediu para o regime após ter ficado 16 anos preso. Antes, ele já estava em regime semiaberto, que dá direito a saídas temporárias para visitar familiares, desde abril de 2019.

Na decisão sobre progressão para regime aberto, publicada em 6 de maio, o juiz José Loureiro Sobrinho, da Vara Criminal de São José dos Campos, apontou que Nardoni completou o tempo necessário para a progressão do regime.

O magistrado levou em consideração que Nardoni teve bom comportamento, com base em relatórios da administração do presídio, e retornou após suas saídas temporárias. Também destacou que ele não registrou faltas disciplinares durante o cumprimento da pena, "preenchendo assim os requisitos objetivos e subjetivos exigidos pela lei para a obtenção do benefício".

Segundo o magistrado, apesar dos apontamentos do Ministério Público sobre a gravidade do delito praticado pelo réu, não existem obstáculos para a busca pela ressocialização, função principal do regime aberto.

O caso do assassinato da menina Isabella, de cinco anos, chocou o País em 2008. A menina foi jogada da janela do apartamento da família, no 6º andar de um prédio na zona norte de São Paulo.

Após as investigações, o julgamento terminou culpando Alexandre Nardoni e a sua esposa, Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabela, pela morte da criança. Os dois sempre negaram a autoria do crime.

Em outra categoria

Pela primeira vez, o cantor Gilberto Gil deu uma entrevista sobre a morte da filha, a cantora Preta Gil. Nesta terça, 5, o Fantástico divulgou trechos da conversa, que vai ao ar no programa dominical no próximo domingo, 10.

Na sala de seu apartamento no Rio, Gil relembrou a personalidade da cantora. "Preta era talvez a mais espevitada de todos os filhos. Ela era muito solta, com o exercício da bondade em todas as instâncias possíveis, muito solidária. Pretinha era uma menina incrível", disse.

O cantor ainda detalhou os últimos momentos de Preta, que morreu em Nova York enquanto realizava um tratamento experimental contra o câncer colorretal nos EUA. "Essa luta da Preta pela vida não só nos comovia como nos chamava para a responsabilidade. Os tempos nos Estados Unidos foram para cercá-la do maior conforto possível. Ela ir para lá continuar a luta pela vida era uma coisa que nos pertencia", afirmou.

Preta morreu no dia 20 de julho, vítima de câncer, aos 50 anos. O velório da cantora foi aberto ao público, no Theatro Municipal do Rio, e reuniu familiares, amigos e fãs.

O Agente Secreto, novo longa do diretor Kleber Mendonça Filho, será o filme de abertura da 58ª edição do Festival de Brasília.

O evento, que celebra o aniversário de 60 anos da mostra, ocorre na capital federal entre os dias 12 e 20 de setembro.

A sessão de abertura contará com a presença do cineasta pernambucano, da atriz Maria Fernanda Cândido e da produtora Emilie Lesclaux.

A produção conta a história de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que foge para o Recife durante a ditadura militar para se reconectar com o filho. Uma vez lá, ele percebe que a cidade está longe de lhe proporcionar a paz que ele esperava.

O filme, que estreia no circuito comercial brasileiro no dia 6 de novembro, venceu o prêmio de Melhor Ator e Melhor Diretor no Festival de Cannes.

Após o sucesso no festival francês, O Agente Secreto teve seus direitos de distribuição nos Estados Unidos adquiridos pela Neon, selo responsável por Anora, vencedor em cinco categorias do Oscar em 2025.

Agora, o longa está sendo cotado pela imprensa norte-americana para o Oscar de 2026. Em especial, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator.

O cineasta Francis Ford Coppola foi internado em um hospital em Roma, na Itália, na manhã desta terça-feira, 5. A hospitalização ocorreu por conta de uma arritmia cardíaca. A informação é da agência de notícias italiana Ansa. Ainda não há, no entanto, informações sobre o seu estado de saúde.

Aos 86 anos, o artista estava na Europa para participar do Festival de Cinema de Calábria, que ocorreu no final de julho. O diretor da trilogia Poderoso Chefão divulgou o seu último filme, o polêmico Megalópolis, durante o evento.

A história ambiciosa do longa segue o conflito entre Cesar Catilina (Adam Driver), um arquiteto genial que busca saltar para um futuro idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), defensor de propostas mais realistas à cidade de Nova Roma. O elenco ainda conta com nomes como Laurence Fishburne, Nathalie Emmanuel, Talia Shire, Aubrey Plaza, Jon Voight e Shia LeBouf.

No ano passado, Coppola esteve no Brasil para o lançamento do filme em solo nacional. Ele também foi homenageado na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, recebendo o Prêmio Leon Cakoff.

Vencedor de cinco Oscars, Coppola é um dos nomes mais respeitados da história de Hollywood. Ao lado de nomes como Martin Scorsese, Steven Spielberg e Brian De Palma, o diretor revolucionou o cinema norte-americano com o movimento Nova Hollywood.