Parlamento da UE dá às empresas um ano extra para cumprir com lei de desmatamento

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O Parlamento da União Europeia adotou um acordo político provisório com o Conselho Europeu que dá às empresas um ano extra para que cumpram com a lei de desmatamento. As novas regras, que serão aplicadas a partir de 30 de dezembro de 2025 para grandes empresas e em 30 de junho de 2026 para pequenas, proibirá a venda de produtos provenientes de terras desmatadas na União Europeia.

"Este tempo adicional visa ajudar empresas a implementar as regras de forma mais suave a partir da data de aplicação, sem prejudicar os objetivos da lei", menciona o informativo publicado nesta terça-feira, 17. De acordo com a nota, a proposta da Comissão em adiar acontece em resposta às preocupações levantadas pelo Estados-membros europeus.

Antes que o adiamento possa entrar em vigor, o novo texto acordado precisa ser aprovado pelo Conselho e publicado no Diário Oficial da União Europeia antes do final de 2024.

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Ainda Estou Aqui está na lista de pré-indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Essa é a primeira vez em mais de 15 anos que um filme brasileiro chega a essa etapa da premiação. O longa de Walter Salles foi escolhido entre 88 filmes e os cinco finalistas da categoria serão anunciados em 17 de janeiro de 2025.

A notícia foi celebrada por Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, protagonista do filme. "Essa é uma escada longa de se subir. Cada degrau que a gente vence é um milagre que não se repete. Sinto um alívio imenso, pois esse é um ano muito difícil, com filmes muito bons, e já considero uma alegria sem fim ver o filme incluído nesta shortlist", disse em comunicado oficial.

A conquista também foi comemorada por Selton Mello, que tem o papel de Rubens Paiva em Ainda Estou Aqui. "Estamos na shortlist do Oscar [...] Viver um homem que foi assassinado foi doloroso, era muita coisa na cabeça e aqui dentro. Minha parceira, Nanda, faz tudo ficar mais leve. Bonito o que fazemos", escreveu nas redes sociais.

Ainda Estou Aqui se tornou o filme brasileiro de maior bilheteria pós-pandemia e é o único título nacional entre as 10 maiores bilheterias do ano, na quinta posição.

O filme concorre na categoria de Melhor Filme Internacional no Satellite Awards. Fernanda Torres também foi indicada a Melhor Atriz em Filme de Drama. O longa de Walter Salles também concorre ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Critics Choice Awards 2025.

No Globo de Ouro, Ainda Estou Aqui está na disputa pelo prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Fernanda Torres concorre ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama.

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a mãe, Eunice Paiva (1929 - 2018), o filme conta a história da mulher que criou seus cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos após o desaparecimento do marido e assassinato do marido, Rubens Paiva (1929 - 1971), durante a ditadura militar.

Veja a lista completa das pré-indicações abaixo. A cerimônia de entrega da premiação acontece em 2 de março no Dolby Theatre, em Los Angeles.

Melhor Filme Internacional (pré-indicados)

Brasil, "I'm Still Here"

Canada, "Universal Language"

República Theca, "Waves"

Dinamarca, "The Girl with the Needle"

França, "Emilia Pérez"

Alemanha, "The Seed of the Sacred Fig"

Islândia, "Touch"

Irlanda, "Kneecap"

Itália, "Vermiglio"

Letônia, "Flow"

Noruega, "Armand"

Palestina, "From Ground Zero"

Senegal, "Dahomey"

Tailândia, "How to Make Millions before Grandma Dies"

Reino Unido, "Santosh"

Melhor documentário

"The Bibi Files"

"Black Box Diaries"

"Dahomey"

"Daughters"

"Eno"

"Frida"

"Hollywoodgate"

"No Other Land"

"Porcelain War"

"Queendom"

"The Remarkable Life of Ibelin"

"Soundtrack to a Coup d'Etat"

"Sugarcane"

"Union"

"Will & Harper"

Melhor Documentário em Curta-Metragem

"Chasing Roo"

"Death by Numbers"

"Eternal Father"

"I Am Ready, Warden"

"Incident"

"Instruments of a Beating Heart"

"Keeper"

"Makayla's Voice: A Letter to the World"

"Once upon a Time in Ukraine"

"The Only Girl in the Orchestra"

"Planetwalker"

"The Quilters"

"Seat 31: Zooey Zephyr"

"A Swim Lesson"

"Until He's Back"

Melhor Cabelo e Maquiagem

"The Apprentice"

"Beetlejuice Beetlejuice"

"A Different Man"

"Dune: Part Two"

"Emilia Pérez"

"Maria"

"Nosferatu"

"The Substance"

"Waltzing with Brando"

"Wicked"

Melhor Trilha Sonora Original

"Alien: Romulus"

"Babygirl"

"Beetlejuice Beetlejuice"

"Blink Twice"

"Blitz"

"The Brutalist"

"Challengers"

"Conclave"

"Emilia Pérez"

"The Fire Inside"

"Gladiator II"

"Horizon: An American Saga Chapter 1"

"Inside Out 2"

"Nosferatu"

"The Room Next Door"

"Sing Sing"

"The Six Triple Eight"

"Wicked"

"The Wild Robot"

"Young Woman and the Sea"

Melhor Canção Original

"Forbidden Road" from "Better Man"

"Winter Coat" from "Blitz"

"Compress/Repress" from "Challengers"

"Never Too Late" from "Elton John: Never Too Late"

"El Mal" from "Emilia Pérez"

"Mi Camino" from "Emilia Pérez"

"Sick In The Head" from "Kneecap"

"Beyond" from "Moana 2"

"Tell Me It's You" from "Mufasa: The Lion King"

"Piece By Piece" from "Piece by Piece"

"Like A Bird" from "Sing Sing"

"The Journey" from "The Six Triple Eight"

"Out Of Oklahoma" from "Twisters"

"Kiss The Sky" from "The Wild Robot"

"Harper And Will Go West" from "Will & Harper"

Melhor Animação em Curta-Metragem

"Au Revoir Mon Monde"

"A Bear Named Wojtek"

"Beautiful Men"

"Bottle George"

"A Crab in the Pool"

"In the Shadow of the Cypress"

"Magic Candies"

"Maybe Elephants"

"Me"

"Origami"

"Percebes"

"The 21"

"Wander to Wonder"

"The Wild-Tempered Clavier"

"Yuck!"

Melhor Curta-Metragem Live-Action

"Anuja"

"Clodagh"

"The Compatriot"

"Crust"

"Dovecote"

"Edge of Space"

"The Ice Cream Man"

"I'm Not a Robot"

"The Last Ranger"

"A Lien"

"The Man Who Could Not Remain Silent"

"The Masterpiece"

"An Orange from Jaffa"

"Paris 70"

"Room Taken"

Melhor Som

"Alien: Romulus"

"Blitz"

"A Complete Unknown"

"Deadpool & Wolverine"

"Dune: Part Two"

"Emilia Pérez"

"Gladiator II"

"Joker: Folie à Deux"

"Wicked"

"The Wild Robot"

Melhores Efeitos Visuais

"Alien: Romulus"

"Better Man"

"Civil War"

"Deadpool & Wolverine"

"Dune: Part Two"

"Gladiator II"

"Kingdom of the Planet of the Apes"

"Mufasa: The Lion King"

"Twisters"

"Wicked"

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Se a propaganda é a alma do negócio, a de Kraven: O Caçador não poderia ser menos empolgante. Estreia da última quinta, 12, o longa dá a sensação de estar abandonado pela Sony Pictures: foi adiado duas vezes, está com pouquíssima divulgação e sequer teve sessão para a imprensa - Estadão assistiu ao longa em uma sessão comum, com cerca de 10 pessoas na sala, em um final da tarde.

Difícil entender a estratégia. Afinal, o filme é o mais consistente do universo de vilões que a Sony Pictures está tentando concretizar desde 2018, quando colocou o primeiro longa do Venom nas telonas. Está longe da bobeira infantil que é essa trilogia protagonizada por Tom Hardy e, ao contrário de Madame Teia e Morbius, tem certa qualidade na produção.

A história também é boa. Kraven: O Caçador é uma trama mergulhada em vingança, opressão e violência ao contar a jornada de um rapaz criado por um pai (Russell Crowe) extremamente cruel. Trata mal os dois filhos, os obriga a caçar animais e os menospreza, como mercadorias - nem liga, por exemplo, quando um deles é atacado por um leão.

É nesse cenário que o rapaz decide fugir, deixando pai e o irmão para trás, e começar uma nova vida como Kraven (Aaron Taylor-Johnson). Não é mais aquele rapaz assustado e oprimido pelo pai: agora, é um homem de habilidades sobre-humanas que protege os animais enquanto busca vingança num mundo violento. Uma mistura inusitada.

Entre tropeços e acertos

Não dá para dizer que Kraven é um grande filme - longe disso. Há problemas evidentes de edição, com a história se estendendo mais do que deveria. Também há tropeços evidentes na transição do primeiro para o segundo ato, quando o roteiro rasteja sem rumo e bate aquela vontade de levantar e ir embora.

Além disso, há uma enorme quantidade de vilões: imitando o que há de pior no nada saudoso Homem-Aranha 3, de 2007, o roteiro de Richard Wenk, Art Marcum e Matt Holloway insiste em colocar três inimigos de uma vez só, desperdiçando bons personagens, como o Estrangeiro (Christopher Abbott).

No entanto, mesmo com esses erros que parecem fazer parte do universo de vilões do Homem-Aranha, há algo de empolgante aqui. Depois da primeira hora, Kraven: O Caçador mostra como ter um bom diretor faz diferença.

Após apostar em diretores com pouco estofo e com trabalhos passados apenas medianos, como S.J. Clarkson (Toast) em Madame Teia ou Daniel Espinosa (Vida) em Morbius, agora a Sony é certeira com o diretor J.C. Chandor.

Chandor tropeçou em 2019 com Operação Fronteira, mas dirigiu três grandes filmes antes disso: Margin Call, O Ano Mais Violento e, principalmente, a preciosidade Até o Fim, com Robert Redford. Ele tem um domínio interessante da narrativa e sabe criar tensão mesmo com poucas palavras. Isso é visto em Kraven nas excelentes cenas de ação: um momento em que o herói persegue uma van, por exemplo, é melhor que tudo visto nos três filmes de Venom.

Há um controle maior do que está sendo contado e, mesmo com esses problemas de ritmo e de excesso de vilões, Kraven: O Caçador convence. O personagem pode até ser um tanto inusitado, quase brega, como se fosse um Dr. Doolittle com esteroides. Mas há algo interessante por trás do inusitado, principalmente quando não há vergonha nisso e o filme, consciente de algumas de suas limitações, abraça o que é ridículo como parte de si.

Além disso, você compra a relação tumultuada entre os irmãos e torce quando as coisas saem dos trilhos - nada de forçar romances aqui, mesmo com a presença incoerente de Calypso (Ariana DeBose, sem vida em tela) numa quase tentativa de um amor para Kraven.

Futuro da Sony-Marvel

Tudo indica que esse universo de vilões não deve ir muito pra frente. Por enquanto, a Sony confirmou apenas derivados do Aranhaverso e há boatos de um longa-metragem do Sexteto Sinistro, que reuniria todos esses vilões (ou anti-heróis?) em uma só história. Mas é difícil conceber isso após os fracassos monumentais de Morbius e Madame Teia - e que Kraven deve repetir, estreando em mil salas a menos que Venom 3 nos Estados Unidos.

Em um momento em que até a Marvel Studios está recalculando a rota, com apenas um lançamento em cinemas durante todo o ano de 2024, a Sony também precisa repensar o que priorizar - e se vale a pena insistir nesse projeto, com mais erros do que acertos. E que ironia! Bem no provável canto do cisne do universo de vilões, enfim um filme que dá para assistir e se divertir.

Fabiana Justus usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 16, para conversar com seus seguidores sobre o ano de 2024. A influenciadora digital relembrou o momento em que recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda.

"Se alguém me dissesse naquele dia que eu estaria bem, saudável, ao lado da minha família, poderia aproveitar as celebrações, estar com as pessoas e perto dos meus filhos, do meu marido, do meu lar... Talvez isso me acalmasse um pouco naquele momento, mas não há como saber", disse.

A filha de Roberto Justus foi diagnosticada em janeiro e passou por meses de tratamento, incluindo um transplante de medula óssea. Ela disse estar emocionada em comparar os dois momentos de seu ano.

"Quando estamos vivendo o desespero e passando por momentos difíceis, não temos como saber o que nos espera, mas é preciso visualizar o futuro, acreditar e ter fé [...] O desespero que senti em janeiro, com tudo que estava por vir, o ano tão desafiador e sofrido, e agora, em dezembro, estar assim, bem."

Fabiana relembrou que estava com seu filho, Luigi, no colo, no momento do diagnóstico. "O meu mundo desabava. Sentia como se estivessem tirado o chão debaixo de mim, mal conseguia respirar, chorava de tristeza, desespero, medo e angústia", finalizou.

Na última quarta-feira, 11, a influenciadora digital comemorou bons resultados de seu exame de mielograma, que avalia a medula óssea, conseguindo diagnosticar cânceres.