Filho de médica da Marinha morta no Rio fala de crise da segurança: 'Tá morrendo mãe, criança'

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O filho mais velho da médica da Marinha do Brasil Gisele Mendes de Souza, morta após ser baleada dentro de um hospital naval na zona norte do Rio de Janeiro na semana passada, defendeu uma mudança nas políticas de segurança pública no Brasil. Na avaliação do jovem, o País deve diminuir medidas de confronto e investir em ações de educação e assistência social para reduzir a influência do tráfico de drogas em favelas.

Em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, Carlos Eduardo Mello, conhecido como Cadu, repudiou a violência no Rio de Janeiro e pediu que governantes foquem em soluções de longo prazo e que visam a paz.

"Política pública não pode ser só confronto, a gente tem que pensar como acabar essa guerra. A guerra existe há anos, qual a ideia para a gente buscar a paz? Porque se a segurança pública for só guerra, não é segurança, tá morrendo bandido, tá morrendo policial, tá morrendo mãe, tá morrendo criança", disse Cadu. "Gostaríamos de ver uma perspectiva, que não vemos, de que essas coisas parem de acontecer. Não dá para ser só isso pelo resto da existência."

Gisele foi atingida por um tiro na cabeça na manhã de terça-feira, 10, chegou a ser socorrida pelos médicos que estavam no local e passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Na ocasião, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins realizavam uma operação e entraram em confronto com supostos criminosos da Comunidade do Gambá.

"Eu não estou falando de abraçar a árvore, do fundo do meu coração, estou falando de abraçar minha mãe no fim do dia, de todo mundo abraçar o filho no fim do dia. Estou falando de pragmatismo. Como é que a gente busca a paz, de verdade? Do jeito que está há 40 anos, não está dando certo", afirmou Cadu no programa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que a UPP Lins realizava uma operação nas comunidades do Complexo do Lins quando, na Comunidade do Gambá, os policiais foram atacados por criminosos. "Posteriormente o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local", disse. Não foi identificado, até o momento, a quem pertencia a arma de fogo que realizou o disparo.

"Ninguém está seguro na cidade do Rio. Eu fiz 30 anos este ano e eu não me lembro de algum momento eu não viver em uma lógica de guerra na cidade, sabe? De ter bandidos armados, em confronto com a polícia, e a gente não vê, de verdade, uma outra proposta para além do confronto", completou Cadu.

O filho mais novo da médica, Daniel Mello, preferiu não participar da entrevista ao programa de televisão por estar muito abalado pela morte da mãe. Nas redes sociais, ele lamentou a morte da médica. "De coração partido, com fé que Deus sabe de tudo. Vá em paz, mãe, que seus guias sabem de tudo", escreveu. O jovem, estudante de arquitetura, comemorava seu aniversário de 22 anos no dia em que a mãe faleceu.

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O apresentador Gominho usou as redes sociais na noite de quarta-feira, 30, para relatar uma experiência espiritual que viveu em uma cachoeira no interior do Rio de Janeiro. Segundo ele, durante o momento de conexão com a natureza, sentiu a presença da cantora Preta Gil, que morreu em 20 de julho, vítima de um câncer do qual tratava há mais de dois anos.

O relato foi feito durante uma visita ao Poço do Céu, localizado na Serrinha do Alambari, região conhecida por sua beleza natural. Em seu perfil no Instagram, Gominho descreveu o momento como uma espécie de reencontro simbólico com a amiga.

"Hoje fui na cachoeira ouvir o som das águas, deitado numa pedra, enquanto o sol me contemplava, senti o perfume dela em cada folha que chacoalhava. Se não fosse uma novela, a vida não teria graça. Sigo mantendo a festa enquanto choro pela estrada. Ainda bem que sua presença me guia em cada encruzilhada", escreveu.

Uma amizade marcada por apoio

A relação entre Gominho e Preta Gil foi construída ao longo de mais de uma década e marcada por laços afetivos profundos. Os dois se conheceram em 2010, após uma interação nas redes sociais. Segundo o apresentador, o primeiro encontro presencial aconteceu em um show da cantora no mesmo ano, e desde então, tornaram-se inseparáveis.

Além da proximidade emocional, Gominho esteve fisicamente presente em momentos cruciais da vida de Preta Gil. Ele chegou a morar com a cantora em duas ocasiões: em 2013 e novamente em 2023, pouco depois de ela ser diagnosticada com câncer colorretal. Para acompanhar a amiga durante o tratamento, Gominho pediu demissão de seu trabalho em uma rádio em Salvador.

Após mais de uma década longe da emissora onde começou a carreira artística, Rodrigo Faro deve voltar à tela da Globo nos próximos dias. O apresentador foi convidado para participar da nova temporada do Dança dos Famosos, tradicional quadro exibido dentro do Domingão com Huck, segundo informações divulgadas pela colunista Carla Bittencourt, do portal Leo Dias.

A estreia da competição está marcada para 3 de agosto, mas o elenco oficial ainda não foi anunciado pela emissora. O convite, de acordo com a jornalista, teria partido do próprio Luciano Huck, como parte das comemorações pelos 20 anos do quadro.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo e aguarda resposta.

De ator a apresentador

Antes de migrar para a Record, em 2008, Rodrigo Faro já havia atuado na Globo por 12 anos, período em que se destacou em novelas como O Cravo e a Rosa (2000), Chocolate com Pimenta (2003) e O Profeta (2006). Na Record, Faro consolidou sua carreira como comunicador à frente de atrações como O Melhor do Brasil e Hora do Faro, tornando-se um dos principais nomes da emissora por mais de uma década.

A saída de Rodrigo Faro da Record foi anunciada em dezembro de 2024, por meio de um comunicado publicado em suas redes sociais. No texto, o apresentador explicou que a decisão foi tomada em comum acordo com a emissora, após 16 anos de parceria. "Após 16 anos de uma jornada incrível na Record, chegou o momento de encerrar esse ciclo tão especial em minha vida. (...) Foram anos de aprendizado, desafios e realizações que levarei sempre comigo", escreveu Faro à época.

Bela Gil respondeu uma postagem sobre o sermão de um padre que ironizava a morte de sua irmã, Preta Gil, por meio de suas redes sociais. Nessa quarta-feira, 30, ela rebateu: "É cada absurdo que a gente precisa ouvir." "Padre desrespeitoso", completou. O religioso é Danilo César, da Paróquia de Areial, cidade da Paraíba. Durante o sermão de uma missa, o padre falou sobre a morte da cantora, que ocorreu no domingo, 20.

"Deus sabe o que faz. Se for para morrer, vai morrer (...) Qual o nome do pai de Preta Gil? Gilberto. (Ele) fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás, que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?", começou o padre, cuja fala foi registrada através de uma live no YouTube, no canal da Paróquia. "Tem gente que pede essas coisas ocultas. Eu só queria que o diabo viesse e levasse", disse também o religioso.

O conteúdo e o sermão foram retirados do ar após a apresentação de uma denúncia e a abertura de um inquérito, feito por uma associação de religiões de matriz afro-indígena, contra o padre. Em uma nota de esclarecimento, a Diocese de Campina Grande, responsável pela Paróquia, respondeu que: "O sacerdote, através da assessoria jurídica, irá prestar todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes". "A Diocese reitera seu compromisso com os direitos constitucionais da liberdade de crença e de culto, da igualdade e não discriminação religiosa, do direito à honra e à imagem dos mortos e do princípio da dignidade da pessoa humana", reiterou.

Morte de Preta Gil

A cantora morreu no domingo, 20, em Nova York, Estados Unidos. Ela lidava com um câncer colorretal desde 2023, motivo pelo qual procurou o país, em busca de métodos alternativos de tratamento.

Após a morte de Preta Gil, seu corpo foi trazido para o Brasil. Foi realizado um velório em sua homenagem na última sexta-feira, 25, no Theatro Municipal. A homenagem foi aberta ao público e contou com amigos próximos, como a atriz Carolina Dieckmann e a cantora Ivete Sangalo, além de fãs e da família, como seu filho Francisco Gil.

Após o velório, o corpo da cantora foi cremado. Ocorreram duas missas de sétimo dia em sua homenagem: uma em Salvador, no último sábado, 26, e outra no Rio de Janeiro, na segunda, 28.