'Thelma e Carminha são completamente diferentes', diz Adriana Esteves

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A novela Amor de Mãe voltará a ser exibida na TV Globo a partir da próxima segunda-feira, 1º de março, com uma edição compacta de episódios que já foram ao ar, dividindo o horário das nove com A Força do Querer.

A partir do dia 15 de março, a trama de Manuela Dias irá ocupar todo horário nobre com capítulos inéditos, que foram gravados de setembro a dezembro com um rígido protocolo de segurança para proteger o elenco e toda equipe contra a covid-19.

Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 22, Regina Casé, que interpreta a protagonista Lurdes, falou sobre o desfecho da relação de sua personagem com a vilã Thelma, interpretada por Adriana Esteves.

"A Carminha [vilã de Avenida Brasil interpretada por Adriana] perto da Thelma é uma fofa", riu. "Se queriam me tirar da zona de conforto, eu fui para maior zona de desconforto possível. Foi bem barra pesada", explicou Casé.

Nesta quinta-feira, 25, Esteves comentou sobre a diferença de suas duas personagens icônicas e sobre o final da história de Thelma em Amor de Mãe. "Thelma e Carminha são absolutamente diferentes, porque são de autores diferentes. Eu fiz duas vilãs do João Emanuel Carneiro e ali minha preocupação foi maior. Quando eu recebo um personagem, tenho o desafio de zerar a minha personalidade, mas não achem que a Thelma será tão doida e vilã quanto estão anunciando", disse Adriana Esteves.

"O final me sensibiliza muito, mas eu não sei se o público vai tratar a minha personagem com o afeto que eu tratei. Talvez, eu tenha me preparado para este último capítulo. Ainda bem que demorou para acontecer e eu tive um ano para me preparar para o final da Thelma", comenta a atriz.

Chay Suede revelou que, nesta segunda temporada da trama, tiveram alguns acontecimentos durante a pandemia, que o público não viu, mas que será dito, e que impacta a relação da família do seu personagem.

"Criou uma saturação da relação do Danilo com a Thelma, ele está um pouco mais 'escaldado' com ela e isso fica claro. Mas, ao mesmo tempo, fica claro o amor incondicional que ele tem pela mãe, apesar de qualquer anormalidade que ela possa apresentar", disse Chay.

"Ela é o pedaço mais importante dele e isso não morre da noite para o dia, mesmo com a relação saturada. Porque a Thelma confinada com o filho é outro parâmetro, é completamente diferente de qualquer outra mãe confinada com o filho. O Danilo é um santo", brincou Suede.

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A série argentina O Eternauta acaba de chegar à Netflix e já tem conquistado os espectadores. Baseada na HQ homônima considerada uma das maiores obras da literatura argentina, ela tem uma história trágica por trás: seu criador, Héctor Oesterheld, foi morto pela ditadura na Argentina na década de 1970.

Nascido em Buenos Aires em 1919, Oesterheld é um dos principais nomes dos quadrinhos e da ficção cientifica na Argentina. Escreveu alguns romances e outras HQs, além de ter publicado em revistas de grande importância, mas O Eternauta é considerada a sua obra-prima.

A trama acompanha um grupo de sobreviventes de uma nevasca mortal que precisa lutar contra uma ameaça alienígena. Com Juan Salvo como protagonista, o quadrinho foi publicado entre 1957 e 1959 com ilustrações de Francisco Solano López, com uma versão mais politizada sendo lançada na década de 1970.

Oesterheld frequentemente dizia que o herói de O Eternauta era um "herói coletivo". No final dos anos 1960, ele também escreveu biografias em quadrinhos de Che Guevara e Evita Perón, importantes líderes de esquerda, em parceria com o cartunista Alberto Breccia.

Naquele período, o autor já era envolvido com os Montoneros, organização político-militar argentina de esquerda que tinha objetivo de resistir e derrubar a ditadura no país. As quatro filhas de Oesterheld, Estela, Diana, Beatriz e Marina, também estavam envolvidas com o grupo.

As Forças Armadas da Argentina, já vigiando a atividade de Oesterheld, começaram a fechar o cerco em sua família. A primeira desaparecida foi Beatriz, que tinha apenas 19 anos, em 1976. Meses depois, foi a vez de Diana, seguida de Marina, ambas grávidas na época. A última foi Estela, já no final de 1977.

Oesterheld desapareceu em abril daquele ano. Acredita-se que tenha sido fortemente torturado física e psicologicamente, sendo obrigado a ver fotos das filhas executadas, e que foi morto apenas em 1978. O seu corpo nunca foi encontrado. Das filhas, apenas Beatriz pôde ser velada.

A morte do autor e de seus familiares só foi reconhecida em 1985, com um julgamento histórico que resgatou a memória dos desaparecidos e revelou os horrores da ditadura na Argentina.

Não é surpresa que compositores como Wagner e Beethoven foram alguns dos favoritos de Hitler. No entanto, quando se escondeu no bunker no final da Segunda Guerra Mundial, o líder nazista levou consigo uma coleção de discos surpreendente, que inclui compositores e músicos russos, judeus e gays. Ele os ouviu até sua morte, em 30 de abril de 1945.

A descoberta foi publicada inicialmente na revista alemã Der Spiegel em 2007, quando Alexandra Besymenskaja, filha do general soviético Lew Besymenski, redescobriu o material. Seu pai fez parte da equipe responsável pela evacuação do bunker e, apaixonado por música, levou os discos consigo.

Mais tarde, a coleção foi estudada em detalhes por Fred Brouwers no livro Beethoven no Bunker. Entre as gravações, há Tchaikovski, que era russo e homossexual, Rachmaninov, e execuções do violinista polonês Bronislaw Huberman, de origem judaica e que se opôs ativamente ao nazismo.

Além disso, a seleção também continha gravações de jazz, operetas e outros estilos considerados "música degenerada" pelo 3º Reich. A maioria dos compositores, como Paul Abraham, foram perseguidos pelo nazismo.

Confira, abaixo, 5 composições que Hitler ouvia no bunker antes de morrer

- Adagio da "Sinfonia no. 7", de Anton Bruckner, com a Filarmônica de Berlim. Regida por Wilhelm Furtwängler, gravação de 1942.

- Sonata no. 24, em fá sustenido maior, op. 78, de Beethoven: Adagio cantabile - Allegro ma non troppo e Allegro vivace

- Concerto para Violino e Orquestra em ré maior opus 35, de Tchaikovsky, com Bronislaw Huberman (violino) e Orquestra da Ópera Estatal de Berlim

Regida por William Steinberg (1899-1978). Movimentos: Allegro moderato - Canzonetta.Andante - e Finale. Allegro vivacíssimo. Gravação de 28 de dezembro de 1928.

- Paul Abraham and his orchestra 1930: Good Night

E uma gravação moderna de um dos maiores sucessos de Abraham, "Bal in Savoy (Toujours l'amour)", com a soprano Angela Gheorghiu

O ator Robert de Niro, de 81 anos, fez uma declaração pública sobre sua relação com a filha Airyn, de 29, que recentemente se assumiu como uma mulher trans.

"Eu amava e apoiava Aaron como meu filho, e agora amo e apoio Airyn como minha filha. Não sei qual é o grande problema... Amo todos os meus filhos", disse ele em uma nota ao site Deadline na quarta, 30.

A declaração foi feita após a repercussão de uma entrevista de Airyn à revista Them, na qual ela falou sobre crescer sob os holofotes do vencedor do Oscar e o processo da transição de gênero.

Na ocasião, ela contou que decidiu iniciar o uso de hormônios em novembro de 2024 como parte do processo de transição. "Sempre fui muito feminina, mesmo antes de saber exatamente o que isso significava", disse.

Ela destacou que a transição também a aproximou de referências femininas negras que sempre admirou, como Laverne Cox, Marsha P. Johnson e Michaela Jaé Rodriguez. "A transição também me aproximou da minha negritude. Me sinto mais próxima dessas mulheres quando abraço essa nova identidade".

Airyn é filha de De Niro com a atriz e modelo Toukie Smith, de 72 anos. Embora nunca tenham se casado, eles mantiveram um relacionamento de quase dez anos entre as décadas de 1980 e 1990.