Médicos mortos por engano no Rio: polícia e MP fazem operação para prender suspeitos

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A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do estado cumprem na manhã desta sexta-feira, 20, cinco mandados de prisão e três de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho. Eles foram denunciados pelo Gaeco/MP-RJ à Justiça por envolvimento no atentado a três médicos, em 5 de outubro de 2023, em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL), morreram. Somente Daniel Sonnewend Proença sobreviveu.

Os mandados expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Criminal da Capital são cumpridos em endereços na Cidade de Deus e no Presídio Elizabeth Sá Rego (Bangu V). A ação também conta com o apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Homicídios da capital. A Coordenadoria de Segurança e Inteligência participa em apoio aos promotores de Justiça.

"O Gaeco/MP-RJ denunciou os cinco homens por três crimes de homicídios dolosos consumados e um tentado, todos quadruplamente qualificados como motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa das vítimas, com emprego de armas de calibre restrito (9mm) e para assegurar outros crimes", disse o MP-RJ.

Foram denunciados Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como líder da organização criminosa no Complexo da Penha; seu braço direito, Carlos da Costa Neves, o Gardenal; e os ex-milicianos que migraram para o Comando Vermelho: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, e Francisco Glauber Costa de Oliveira, o GL, atualmente preso.

Motivação do crime

De acordo com a denúncia do Gaeco/MP-RJ, os criminosos teriam confundido um dos médicos com o miliciano Taillon Barbosa, uma das lideranças na milícia da comunidade Rio das Pedras. Segundo os promotores de Justiça, a motivação do crime seria a expansão do domínio da facção criminosa do Complexo da Penha para região da Grande Jacarepaguá. Almeida e Barbosa possuem fisionomia similar.

"Os promotores destacaram que a tentativa de assassinar o miliciano Taillon Barbosa era considerada um passo estratégico para enfraquecer a milícia e fortalecer o domínio do Comando Vermelho na região", disse o MP-RJ.

A denúncia aponta, ainda, o envolvimento dos acusados em outros episódios de violência, ligados à expansão territorial. Entre as provas reunidas está a identificação do veículo utilizado no crime, um Fiat Pulse branco com teto preto, vinculado a outros homicídios na área.

"Logo após a ampla repercussão nacional da execução dos médicos, ao constatarem que as vítimas não eram milicianos, lideranças do Comando Vermelho ordenaram a execução dos responsáveis pelos disparos, aponta a denúncia", conforme afirma o MP-RJ.

Desde o início de 2023, a facção criminosa do Complexo da Penha intensificou a tomada violenta de comunidades em Jacarepaguá e arredores, historicamente dominadas pela milícia, segundo a denúncia.

Segundo o Gaeco/MP-RJ, o objetivo seria consolidar um Complexo de Jacarepaguá sob seu controle, ampliando atividades criminosas como o tráfico de drogas, roubos, extorsão de comerciantes e exploração de serviços clandestinos.

"A denúncia descreve que a expansão foi marcada por execuções brutais de milicianos e supostos aliados, promovidas por um grupo denominado "Equipe Sombra", especializado em assassinatos direcionados. O grupo, comandado pelos denunciados, teria apoio direto de lideranças do Comando Vermelho", consta na denúncia.

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V de Vingança vai ganhar uma nova adaptação como série de TV. De acordo com a revista Variety, a produção está em desenvolvimento para a HBO, com James Gunn e Peter Safran atrelados como produtores executivos.

A nova série é inspirada na graphic novel escrita por Alan Moore e ilustrada por David Lloyd, originalmente publicada entre 1982 e 1985. A história acompanha o personagem titular, um anarquista que usa uma máscara de Guy Fawkes e elabora uma campanha teatral e revolucionária para matar seus antigos captores e torturadores e derrubar o estado fascista. A história foi adaptada para o cinema em 2005, com Hugo Weaving e Natalie Portman no elenco. A direção do filme é de James McTeigue.

Ainda conforme a Variety, a nova série terá roteiro de Pete Jackson, e Gunn e Safran produzem por meio da DC Studios. O projeto é o mais recente entre as adaptações de selos da DC para o formato seriado. Além de Pinguim, derivada de Batman, a HBO também lançará Lanterns, que vai apresentar os Lanternas Verdes John Stewart (Aaron Pierre) e Hal Jordan (Kyle Chandler). Anteriormente, a emissora também produziu Watchmen, com Regina King, Jeremy Irons e Yahya Abdul-Mateen II.

Uma fã brasileira de Dua Lipa presenteou a cantora com uma cópia do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. O momento aconteceu no último sábado, 8, durante um show da artista na Argentina.

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Dua Lipa, que vem ao Brasil para apresentações a partir do próximo sábado, 15, tem um clube de leitura, chamado Service 95 Book Club, criado por ela em junho de 2023. O clube traz escolhas mensais de leitura escolhidas pela própria cantora britânica. Recentemente, Lugar de Fala, de Djamila Ribeiro, foi listado entre as indicações de "6 livros decisivos que vão mudar a maneira com a qual você pensa no mundo".

Dua Lipa no Brasil

A estrela pop britânica trará a turnê Radical Optism ao Brasil. A artista, que marcou presença no Rock in Rio em 2022, se apresentará em São Paulo, no dia 15 de novembro, no estádio MorumBIS; no Rio de Janeiro, o show será na Área Externa da Farmasi Arena, no dia 22. Os ingressos estão a venda no site da Ticketmaster.

Em Má Influencer, nova série original sul-africana da Netflix, uma mãe solo, BK (Jo-Anne Reyneke), se une a uma influenciadora, Pinky (Cindy Mahlangu), para vender bolsas de luxo falsificadas online. Mas o golpe chama a atenção tanto de uma gangue de falsificadores quanto das autoridades, e elas precisam ser mais espertas do que a polícia e os criminosos caso queiram ganhar dinheiro e não ir para a cadeia.

Em sete episódios, a nova atração aborda temas como a fama nas redes sociais, a cultura - por vezes tóxica - dos influenciadores digitais, além de lealdade e a busca por sobrevivência. A série foi criada e escrita por Kudi Maradzika, com direção de Ari Kruger e Keitumetse Qhali. Atualmente, a produção está entre as mais vistas da Netflix.

Definida pela edição sul-africana da revista Glamour como "parte da nova onda de talentos africanos que estão redefinindo a forma de contar as histórias do continente, e quem pode contá-las", Kudi oferece um ponto de vista particular sobre temas como cultura digital e cultura de influência. Afinal, ela mesma tentou se tornar uma influenciadora em períodos anteriores de sua carreira, e fala de uma perspectiva própria.

"Cheguei até mesmo a ser convidada para eventos de marca", declarou à revista. "Mas, como jornalista de formação, comecei a perceber um mundo muito mais complexo do que as pessoas imaginam."

Depois disso, ela fez parte de um laboratório do Instituto Realness, uma incubadora de projetos de onde a Netflix selecionou filmes e séries de países como Quênia, África do Sul e Nigéria, contratou roteiristas e passou um ano e meio desenvolvendo a história. "Má Influencer explora o quanto as mídias sociais moldam nossa identidade, nossas ambições e nossa bússola moral, especialmente em uma sociedade obcecada por imagem."

Além da fama das redes sociais, Má Influencer também aborda a relação entre tecnologia e crime, sobretudo quando consumidores podem ser enganados por influenciadores em quem confiam ou estratégias de marketing enganosas. A série também aborda as questões morais em torno da origem e do destino do dinheiro das falsificações - tudo isso sob um viés local.

"Os ritmos culturais, o humor e as contradições sul-africanas conduzem a história", declarou Maradzika ao portal nigeriano Nollywood Reporter. "A equipe fixou a história em um mundo que é reconhecidamente nosso."