Ônibus foi trocado antes do acidente que matou 41 pessoas em MG; empresa cita ar-condicionado

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O ônibus que se acidentou na madrugada de sábado, 21, na BR-116, em Minas Gerais, causando 41 mortes, foi trocado por outro coletivo horas antes da tragédia. A troca, apontada por um sobrevivente, foi confirmada ao Estadão pela Emtram, empresa proprietária do veículo.

Segundo a companhia, o ônibus que saiu de São Paulo com destino a Esídio Medrado, na Bahia, precisou ser substituído porque o ar condicionado não funcionava bem.

A troca e o transbordo dos passageiros e bagagens aconteceram em um ponto de apoio da empresa em Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. De lá o ônibus que substituiu o anterior seguiu para Minas, onde aconteceu o acidente.

A substituição por outro ônibus com as mesmas características objetivou dar maior comodidade aos passageiros, segundo a Emtram. "O ar condicionado do veículo não estava climatizando o ambiente suficientemente", informa, em nota.

Um dos sobreviventes do acidente, Natalício Araújo Ramos, de 41 anos, disse em entrevista à Inter TV dos Vales que aconteceu um aquecimento no interior do ônibus que saiu de São Paulo. O veículo começou a ficar abafado, causando desconforto. Ele contou que, logo após a retomada da viagem, acabou adormecendo e acordou com os gritos dos passageiros. Foi quando viu que o ônibus estava pegando fogo.

Ramos relata que ficou desesperado e também começou a gritar por socorro. Ele conseguiu tirar o cinto de segurança e usou uma das cortinas para se projetar pela janela. Após ficar pendurado do lado de fora, saltou de uma atura de quase dois metros. Outro passageiro o ajudou a sair do ônibus.

Ele conta que caminhou desviando das chamas que se espalhavam pelo local do acidente e outra pessoa o ajudou a chegar até um local mais alto. "Aí era fogo para todo lado, queimando um monte de coisa", descreveu na entrevista.

O passageiro teve queimaduras leves no rosto, foi atendido em um hospital e já recebeu alta. Ele não se lembra de como aconteceu o acidente, pois estava dormindo.

Outros dois sobreviventes que estavam internados, Gilberto Gomes de Souza e Pedro Boldrini Lima, também tiveram alta. Continuavam internados nesta terça-feira, 24, Laura Amaral Marinho, Ingrid Alves dos Santos e Fredson José dos Santos Silva. Os três estão com quadro estável, mas Laura, que tem queimaduras de 2º e 3º graus, será transferida para o Hospital Regional de Vitória da Conquista (BA).

Como foi o acidente

O acidente aconteceu no sábado, 21, na BR-116, no município mineiro de Teófilo Otoni. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um grande bloco de granito se soltou de uma carreta bitrem e acertou o ônibus, causando uma explosão. O coletivo se incendiou. Um carro que vinha atrás com três pessoas se chocou com a carreta, mas os ocupantes sobreviveram.

Além dos 41 mortos, ao menos dez pessoas ficaram feridas. Inicialmente, com base em relatos de testemunhas, o Corpo de Bombeiros havia atribuído o acidente ao estouro de um pneu do ônibus. As causas estão sendo investigadas pela PRF e pela Polícia Civil de Minas Gerais.

O motorista que dirigia a carreta estava com a carteira nacional de habilitação (CNH) suspensa e teve a prisão decretada. Ele, que fugiu do local do acidente, se apresentou à policia acompanhado de advogado, na tarde desta segunda-feira, 23. Depois de prestar depoimento, ele foi liberado para responder ao inquérito em liberdade.

O nome do motorista não foi divulgado, o que impossibilitou o contato da reportagem com sua defesa.

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Deborah Secco esteve no De Frente com Blogueirinha dessa segunda-feira, 28. Durante a entrevista, a atriz refletiu sobre a cobrança pela beleza: "Tem dois anos que me sinto bonita."

"Deixava de ir à praia, com vergonha, porque eu falava: 'A foto da revista [está] toda retocada e eu pessoalmente sou toda ruim'", explicou também, sobre sua autoestima na época. "É tudo uma mentira, todo mundo é imperfeito", completou.

A atriz também falou de uma de suas personagens mais conhecidas, a vilã Íris, da novela Laços de Família. "A Íris era um ícone [...] Tinha muita gente que amava a Íris. [Mas] tinha muita gente que odiava", relembrou.

"Eu apanhei na rua várias vezes [...] Eu saía no supermercado e as pessoas me batiam", disse, bem-humorada.

Atualmente, Deborah apresenta o reality show Terceira Metade, em que casais não monogâmicos tentam encontrar um parceiro.

Questionada pela Blogueirinha sobre a não monogamia, Deborah respondeu: "Eu sou uma pessoa livre, que olha com muita empatia para as escolhas dos outros, mesmo que elas sejam diferentes da minha. Cada pessoa se relaciona da forma que quer."

Gilberto Gil optou por adiar o próximo show da turnê Tempo Rei, que aconteceria no dia 9 de agosto, um sábado, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. A data cairia um dia depois do aniversário de Preta Gil. A filha de Gil faria 51 anos em em 8 de agosto, mas morreu no último dia 20 de julho, em Nova York, aos 50 anos, vítima de câncer.

"O show precisou ser adiado devido à recente perda da querida Preta Gil, filha do artista", esclarece o comunicado divulgado nas redes sociais. O texto ainda informa que as outras datas da turnê de despedida de Gilberto Gil dos palcos estão mantidas.

O cantor de 83 anos ainda vai se apresentar em Porto Alegre (6/9), São Paulo (17 e 18/10), Rio de Janeiro (25 e 26/10), Fortaleza (15 e 16/11) e Recife (22 e 23/11). A turnê deve acabar oficialmente em dezembro, com um show em alto mar no Navio Tempo Rei, que parte de Santos (SP) em 1/12 em uma viagem de três dias, até 4/12, com Gil e convidados.

"A 30e e a equipe de Gilberto Gil estão trabalhando juntos para que a capital paraense possa receber a tão esperada apresentação da última turnê do cantor e compositor. Assim que tivermos novidades sobre a nova data e mais informações comunicaremos pelos canais oficiais da 30e e da turnê", conclui o texto.

A última vez que Preta Gil esteve em um palco foi justamente na turnê de despedida de seu pai. Ela cantou com ele em São Paulo, no dia 26 de abril, e emocionou o público presente na turnê Tempo Rei. Pai e filha escolheram cantar Drão, canção escrita por Gilberto Gil em 1981 para Sandra Gadelha, mãe de Preta Gil e de outros dois filhos dele.

A escritora e artista plástica Jacira Roque de Oliveira, também conhecida como Dona Jacira, morreu nesta segunda-feira, 28, aos 60 anos. A artista é mãe dos músicos Emicida e Evandro Fióti.

"É com profunda tristeza que informamos o falecimento de Jacira Roque Oliveira, a Dona Jacira, aos 60 anos de idade", afirmou uma nota divulgada nesta segunda-feira, no perfil do Instagram de Jacira. A causa da morte não foi divulgada pela família, mas Jacira vivia com Lúpus e estava hospitalizada em São Paulo há alguns dias.

"Mãe, avó, escritora, compositora, poeta, artesã e formada em desenvolvimento humano, como gostava de ser reconhecida. Dona Jacira foi uma mulher detentora de tecnologias ancestrais de sobrevivência e resistência que construíram um legado enorme para as artes e para a cultura afrobrasileira", continuou o comunicado.

"Esse legado será levado adiante por sua família e todas as pessoas que tiveram suas vidas impactadas e transformadas por sua presença de cuidado, amor, luz e fé neste plano", finalizou a nota, assinada pelos quatro filhos de Dona Jacira - Evandro, Katia, Katiane e Leandro.

Além de ser mãe de dois dos nomes mais importantes do cenário do rap nacional, Dona Jacira também atuou como escritora e artista plástica. Em 2018, lançou sua autobiografia Café e, alguns anos depois, criou uma linha de bonecas artesanais. Ela também apresentava os podcast Café com Dona Jacira e Estórias de Família.