Vai ficar em SP em janeiro? Veja opções para se divertir com as crianças

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As crianças hoje passam mais tempo do que deveriam em telas, mas o brincar livre é essencial para o bem-estar físico e a saúde mental dos pequenos. Assim, as férias escolares são uma excelente oportunidade para desconectar e explorar experiências enriquecedoras em família.

Passeios ao ar livre que promovam contato das crianças com a natureza, visitas a museus, exposições ou oficinas que estimulem a criatividade e criem memórias. O negócio é se divertir. Separamos algumas opções que podem animar as férias da criançada em São Paulo.

Desde outubro, o Zoológico de São Paulo conta com um passeio a barco pelo Lago São Francisco, que fica dentro do parque e faz parte da bacia do Riacho do Ipiranga. A área abriga cerca de mil aves aquáticas, além de ilhas com cinco espécies de macacos.

Ao fim do passeio, a embarcação passa pelas ilhas dos primatas, deixando ver de perto os macacos das espécies aranha-de-testa-branca, aranha-da-cara-preta, caiarara, prego-galego e prego-de-peito-amarelo.

A atração Acqua Safári tem duração de 12 minutos, e é vendida à parte do ingresso de entrada do Zoo (R$79,90), por R$ 29,90 por pessoa. É possível participar do passeio de segunda a sexta-feira das 9h às 16h30 e de sábado, domingo e feriados até as 17h30. Os barcos saem a cada 20 minutos e comportam até 30 pessoas.

Outro passeio diferente do Zoo de SP é a visita noturna, às quintas, sextas e sábados, das 18h30 às 22h. A Noite Animal permite que o visitante contemple os moradores do local que têm hábitos crepusculares ou noturnos, como os grandes felinos, jacarés, girafas e elefantes, por R$ 69,90.

Momento cultural

São Paulo conta com diversos museus incríveis. Para ter um passeio educativo e divertido, o lugar é o Museu da Imaginação, que fica na Água Branca. São várias exposições coloridas e imersivas, incluindo um espaço lúdico sobre o cientista Albert Einstein. Além de escaladas, aventuras dentro do cérebro e até conhecimentos da fazenda.

Já o Museu Catavento é visita obrigatória para todos que gostam de ciência. Recentemente eles inauguraram a exposição "100 anos do Palácio das Indústrias", que conta a história do prédio tombado que abriga o museu e oferece uma espécie de retrospectiva do crescimento da capital paulista.

A atração é gratuita para quem já comprou o bilhete de entrada do museu e tem exposição de fotos antigas do palácio, maquetes que mostram como o espaço foi reformulado mais de uma vez para atender às diferentes funções que exerceu ao longo da sua história. Além disso, há recursos interativos, como uma espécie de videogame em que o personagem virtual anda pelo palácio.

Um dia no parque

Outro passeio bastante popular em São Paulo são seus parques. No Parque do Ibirapuera, na zona sul, é possível praticar esportes e visitar museus e o Planetário. Já o Parque da Água Branca, na zona oeste, é ótimo para interagir com animais e fazer um piquenique.

Na zona norte da cidade, o Horto Florestal conta com um café da manhã colonial aos fins de semana e ainda pode ser explorado por meio de um passeio guiado feito com carrinhos elétricos, em um percurso de 45 minutos.

Nas férias é comum que os espaços recebam feiras ou eventos com gincanas, pinturas faciais e outras brincadeiras para as crianças. O melhor jeito de ficar por dentro das novidades é através das redes sociais de cada um deles.

O Parque Villa-Lobos, por exemplo, promove o "Família no Parque", com atrações para todas as idades: desde bungee trampolim até pescaria, passando por tirolesa, tobogã e futebol gigante. Até janeiro, o parque fica com horário estendido, das 11h às 22h. Veja aqui.

Se jogar na diversão

Outra opção é o PopHaus, parque de brinquedos infláveis gigantes, que conta com duas unidades em São Paulo (Santo Amaro, na zona sul, e Tatuapé, na lesta). Ali, são diversos trampolins, camas elásticas, piscina com espuma, além de brincadeiras e gincanas promovidas pela equipe de recreação.

Dentre os destaques, estão o Pop Zone, um inflável neon de 832 m² , com mais de dez circuitos diferentes e o Mega Slide, escorregador com 11 metros de altura e mais de 30 metros de comprimento.

Em Jundiaí, o Jumpark, parque de trampolins com mais de 2,3 mil m² também é uma boa opção. Enquanto a criançada gasta a energia pulando e fazendo as gincanas do parque, os pais ficam na área 'JumpBarbecue', com bar, petiscos e música ao vivo.

Para brincar, basta ter um par de meias que cumpram os requisitos ABNT, ou seja, completamente fechadas. Também é possível comprar por lá (R$ 25). Além do uso diário, o espaço oferece eventos fechados para grupos, como festa somente de adultos ou festa do pijama. Conheça outras opções no caminho.

Incentivar o hábito

Para conhecer a cidade e ainda incentivar a leitura, São Paulo conta com ótimas livrarias de rua. Algumas até especializadas em entreter os pequenos.

Na Rua Natingui, na Vila Madalena, zona oeste, a Casa Cosmos quer ser um "espaço de defesa da infância", com curadoria focada em literatura infantil. No mesmo bairro, há também a NoveSete e na Pompeia, a Livraria Miúda é referência.

Recentemente a Livraria Cultura também abriu duas unidades na cidade, uma em um casarão, em Higienópolis (região central) e outra em Pinheiros (oeste), com a presença do característico dinossauro de madeira.

Uma aventura mais longe

Para quem quiser se aventurar em uma viagem curta, na altura do km 35 da Rodovia Presidente Castello Branco, é possível visitar a Mega Store Cacau Show. Em Itapevi, na Grande São Paulo, o espaço serve para degustar e comprar chocolate e também se divertir com os brinquedos do parque.

O brinquedo mais famoso (e na minha opinião, o mais divertido) é o Gira Choco Monstros, montanha-russa com cabines giratórias (R$ 20,99) ou cabines com loopings (R$ 25,99). Além dele, há dois carrosséis (um que imita o fusca onde Costa começou a vender seus chocolates e um tradicional, R$ 15,99 cada) e um trenzinho que conta a história da marca (R$ 15,99).

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A escritora mexicana Cristina Rivera Garza, vencedora do prêmio Pulitzer por O Invencível Verão de Liliana (Autêntica), falou sobre a crise na fronteira entre Estados Unidos e México durante a mesa que dividiu com a argentina María Negroni na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip 2025, neste sábado, 2.

A autora nasceu em 1964 no município de Heroica Matamoros, que fica na divisa com o estado do Texas, e atualmente mora em Houston. "Sempre que me perguntam isso eu começo dizendo: é tão horrível quanto parece", disse, em resposta ao mediador Guilherme Freitas.

A escritora considera que o conflito na fronteira e a política contra imigração americana são frutos de um "capitalismo de ódio". Ela contou que conseguiu perceber, ao longo de quase dez anos em Houston, que celebrações mexicanas na cidade foram diminuindo por medo da repressão.

"É preciso lutar cotidianamente, com o corpo, como as feministas dizem. Para mim, trabalhar na universidade é oferecer cursos de escrita criativa e literatura é uma forma de ativismo", completou. Atualmente, ela dirige o programa de doutorado em escrita criativa da Universidade de Houston.

Escrita e memória

A mesa entre Cristina e María Negroni, que contaram que se conhecem há muitos anos, demorou a engatar e teve alguns problemas de tradução. Ainda assim, ambas puderam apresentar seus trabalhos e refletir sobre a criação da literatura a partir de memória e pesquisa.

O Coração do Dano (Poente), da escritora argentina, é uma autoficção sobre a relação complicada com a mãe, um misto de rancor e fascínio. "A escrita de um livro é sempre um mistério para o autor ou autora. Acho que o livro foi se escrevendo, um pouco baseado na perda. Não é um livro de luto, mas de alguma forma, tinha que articular algo que sempre esteve dentro de mim. Essa figura materna, de alguma forma, me configura", disse ela.

O Invencível Verão de Liliana, de Cristina, reconstitui a vida da irmã da escritora, morta em 1990, aos 21 anos, vítima de feminicídio. A mexicana comentou que já havia tentado escrever o livro anteriormente, sem sucesso, e creditou às mobilizações feministas na América Latina que, segundo ela, produziram a linguagem que ela pode usar no livro. Quando Liliana foi morta, o termo 'feminicídio' não fazia parte da esfera pública. "Foram elas que possibilitaram eu pudesse dizer: foi isso que aconteceu", afirmou.

Ela também falou sobre Autobiografia do Algodão, publicado neste ano pela Autêntica, um romance que resgata a história de seus avós na fronteira, em uma plantação de algodão. "O que me moveu foi uma busca pela identidade. Foi uma pesquisa amorosa. Um trabalho de cuidado, um acolhimento que oferecemos aos nossos mortos", disse.

Em outro momento, o mediador pediu que María falasse sobre sua relação com Clarice Lispector. A epígrafe do livro da argentina é uma frase da escritora: "Vou criar o que me aconteceu". Ela disse que Clarice, nesta frase, "faz uma espécie de fenda na distância que existe entre a palavra e o mundo."

"Minha citação da Clarice é para dizer que o que narra esse livro não é algo que ocorreu. Eu não tenho certeza de fato. Dentro do livro, a mãe desmente memórias", disse, completando: "Escrever um livro é como entrar em um poço às escuras. Tenho que acreditar que ele vai me levar para onde eu quero ir."

"Vocês são as pessoas mais carinhosas do mundo", disse, em português, a escritora Rosa Montero, assim que subiu ao palco do Auditório da Matriz na noite deste sábado, 2, na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip 2025. Ela retribuía o amor do público, que lotou o espaço e a aplaudiu de pé.

O retorno de Rosa, hoje um dos grandes nomes da literatura espanhola, ocorre 21 anos depois de sua primeira passagem pelo evento. Em 2004, ela esteve aqui como uma escritora pouco conhecida, mas que ganhou o carinho do público com seu carisma e criatividade do livro que lançava na época: A Louca da Casa, recém reeditado pela Todavia.

Já neste ano, ela é considerada a grande estrela da festa, com outros quatro livros publicados no Brasil, todos pela mesma editora: A Boa Sorte, Nós, Mulheres, A Ridícula Ideia de Nunca Mais te Ver e O Perigo de Estar Lúcida. Este último, que discorre sobre a relação entre loucura e criatividade, deu tom ao início da conversa com o mediador Paulo Roberto Pires.

"Os romancistas são pessoas que não amadureceram totalmente", disse Rosa, completando que pessoas que precisam ler "para aguentar a vida, como acredito que são muitos de vocês" - sinalizou para a plateia - "são pessoas que não têm o cérebro desenvolvido de maneira adequada."

"O meu cérebro está o tempo todo imaginando coisas, que não servem para nada, que eu não controlo", continuou. Essas imagens, disse ela, nascem a partir do inconsciente, de onde vem os sonhos. De repente uma dessas imagens a emociona, a enche de curiosidade. É pela necessidade de saber mais sobre essas imagens que nascem os romances de Rosa.

Após ler um trecho de A Louca da Casa, Rosa discorreu sobre sua relação com a ficção, e como se dedicar mais a ela a ajudou a parar de ter crises de pânico, com os quais ela sofreu até os 30 anos. "A loucura é uma ruptura da narrativa comum. É uma sensação de solidão que não é compreensível, não se pode explicar", disse. "Tem psiquiátricos que dizem que um romance é um delírio controlado."

A escritora, que trabalhou por anos como jornalista e segue sendo colaboradora do El País, lembrou que estudou jornalismo porque pensava que precisava de uma ocupação que não a de romancista para se sustentar. Mas disse que isso acabou sendo importante: "Uma coisa essencial é não viver de literatura criativa porque ela precisa ser o mais livre possível. É preciso achar outra maneira de ganhar a vida."

Por mais que fale da loucura e dos transtornos mentais entre os escritores, Rosa diz que renega o estereótipo do escritor sempre em sofrimento. "Detesto essa ideia de que para ser escritor precisa sofrer muito. É mentira. Não é preciso sofrer muito para nada."

Rosa também discutiu a criação de seu livro A Ridícula Ideia de Nunca Mais Te Ver, em que aborda a morte de seu marido, Pablo Lizcano, em 2009, em diálogo com o diário de luto da cientista Marie Curie, que perdeu o marido, Pierre Curie, em um acidente de carruagem.

A escritora explicou que sua relação com a literatura não é a de escrever sobre a própria vida, mas, dois anos após a morte de Pablo, quando tomou contato com os escritos de Curie, sentiu que podia falar não só do próprio luto, mas do luto de todos.

A escritora também falou sobre a própria obsessão com a morte e o envelhecimento, como sentia medo de chegar à maturidade - algo que ela abordou em entrevista ao Estadão -, e como escrever foi o antídoto, aquilo que a ajudou a não ter medo da morte. Durante a mesa, Rosa ainda lembrou do início de sua formação acadêmica, nos anos 1970, que coincidiu com a transição democrática na Espanha.

A TV Globo confirmou neste sábado, 2, mais dois participantes da edição de 2025 do Dança dos Famosos: o ator David Junior e a atriz Duda Santos.

David Junior tem 39 anos e esteve na novela das nove Mania de Você, no ar entre 2024 e 2025. Ele também foi o vencedor do The Masked Singer Brasil, outro programa da emissora.

"Eu estou muito feliz de integrar este time. Feliz com o convite, ansioso, morrendo de medo, mas sei que vou me divertir bastante", disse em postagem no perfil da TV Globo.

Duda Santos, de 24 anos, foi a protagonista do folhetim Garota do Momento, que também foi finalizada este ano. "Tô muito animada, tô muito feliz, tô muito ansiosa. Eu espero que você me passe a coroa de campeã", disse a Tati Machado, apresentadora da emissora e última campeã do programa de dança.

Quem vai participar da Dança dos Famosos 2025?

Além de David e Duda, a Globo já anunciou outros dois nomes para a edição deste ano. A cantora Wanessa Camargo foi confirmada nesta sexta-feira, 1º, como a primeira participante. Depois, a emissora divulgou a participação do influenciador Álvaro.

A edição de 20 anos do Dança dos Famosos estreia neste domingo, 3.