Estudante de Araçatuba é a única do Estado de SP a atingir nota 1.000 na redação do Enem

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A estudante Sabrina Ayumi Alves Shimizu, de 18 anos, conta seus segredos para ter alcançado a tão sonhada nota 1.000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): praticar semanalmente, usar referências que realmente conhece e fugir de modelos prontos.

Ela, que é moradora de Araçatuba, no interior de São Paulo, foi a única no Estado a receber a nota máxima na redação do Enem 2024. Ao todo no Brasil, foram 12 candidatos nota 1.000 - apenas um deles, em Minas Gerais, de escola pública. O tema foi "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil".

Sabrina completou o ensino médio em 2024 na escola particular Thathi AZ, em Araçatuba, e nunca fez curso preparatório para vestibular. Mas tinha contato com o modelo de redação dissertativa, cobrado em processos seletivos para ensino superior, desde o primeiro ano do ensino médio.

"No primeiro ano, minha professora de redação pedia uma redação a cada duas semanas, três semanas, ou por mês. No segundo, era uma redação a cada duas semanas, de maneira fixa. E neste último ano, eu fazia uma por semana. Fiquei tão acostumada, que quando fui fazer o Enem de verdade, parecia só mais um simulado", conta a estudante.

A jovem já havia realizado a prova do Enem na 1ª e na 2ª série, como treineira, e também foi bem-sucedida na redação nos anos anteriores, com notas 920 e 940. Mesmo assim, não esperava nota tão alta este ano. "Foi uma surpresa, fiquei muito feliz. Eu acordei tarde e fui ver a nota só depois, porque queria dar um tempo. Atualizei a página duas vezes para ter certeza da nota."

Ela sonha em ser engenheira de produção e vai aplicar sua nota no Enem USP, modalidade de ingresso da Universidade de São Paulo que utiliza a nota do exame nacional. "Meu sonho é a Escola Politécnica", afirma.

Suas outras opções, via aplicação da nota no Sistema de Seleção Unificada (SISU), são a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Livro moçambicano foi referência para a redação

Aluna dedicada, Sabrina fazia simulados de provas de vestibulares na própria escola em que estudava e gostava de ler. Ela usou como referência em sua redação o livro "Nós Matamos o Cão Tinhoso", do escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana, que consta na lista de literatura obrigatória da Fuvest. A obra retrata a sociedade moçambicana durante a colonização portuguesa.

"Quando vi o tema, me senti segura, pois já havíamos trabalhado em sala, inclusive heranças culturais e racismo", afirma a estudante. "Como eu li o livro, foi bem mais fácil para mim citar ele", diz. "Se eu pudesse deixar uma dica para quem ainda vai prestar, eu diria para não se preocupar em decorar repertórios 'chiques' e, sim, na sua própria forma de desenvolver o texto, com repertórios que você já tem, já usou em outras redações."

A jovem também citou os filósofos contemporâneos, como o ambientalista Ailton Krenak, e a escritora Marilena Chaui em seu texto. E fugiu de modelos prontos, que se popularizaram nos últimos anos e até chegaram a render notas 1.000. "Minha professora sempre disse que não deveríamos usar modelos, mas, sim, desenvolver nosso próprio estilo de escrita."

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Flor Gil compartilhou um vídeo emocionante em suas redes sociais na noite de terça-feira, 5. A cantora mostrou a emoção e surpresa de sua tia, Preta Gil, ao vê-la se apresentando pela primeira vez na TV, ainda criança, no Tamanho Família, na Globo.

O programa foi ao ar em agosto de 2018, quando a filha de Bela Gil tinha apenas 9 anos. Enquanto cantava, Flor Gil estava acompanhada de outros parentes, como o primo Francisco Gil, filho de Preta Gil, o primo João Gil, filho de Nara Gil, e o tio Bem Gil. "Que coisa mais linda", exclamou Preta surpresa ao ver a sobrinha cantando.

Hoje aos 16 anos e com seu primeiro disco lançado, Flor Gil falou sobre a sensação de cantar pela primeira vez na TV e com a tia na plateia. "Lembro da sensação de estar atrás daquela parede de LED, antes dessa surpresa pra você. Uma mistura de nervosismo por cantar ali, na sua frente, por conta da imensa admiração que sempre tive por você", escreveu a sobrinha de Preta, que morreu no último dia 20 de julho.

"Fui com medo mas você ficou tão feliz que até chorou e se emocionou ainda mais. Foi a minha primeira vez cantando sozinha no palco, na TV e agora só penso como foi aquela sensação de cantar essa música pra você. Foi lindo, tão gostoso, cheio de amor… E agora sempre que eu canto, eu penso em você", completou Flor.

Atualmente Flor Gil está em turnê para divulgar o seu primeiro álbum: Cinema Love. Após um show de estreia em Nova York, a neta de Gilberto Gil vai se apresentar em São Paulo, em Salvador e no Rio de Janeiro, com ingressos esgotados em duas datas. A cantora também está na trilha sonora da nova novela das seis da Globo, Êta Mundo Melhor!, com a música inédita Chegou Pra Ficar.

Mais de 750 cineastas, atores, produtores, roteiristas, técnicos e artistas de todas as regiões do País assinam uma carta aberta endereçada ao presidente Lula, à ministra Gleisi Hoffmann, ao presidente da Câmara Hugo Motta, à ministra Margareth Menezes e à secretária nacional do audiovisual Joelma Gonzaga. O documento reivindica a criação imediata de um marco regulatório para o setor de streaming no Brasil, visando garantir contrapartidas justas das plataformas internacionais que atuam no Brasil.

Segundo os signatários, a regulação "não pode mais ser adiada", e é urgente que o tema receba tratamento prioritário no diálogo entre o Executivo e o Congresso. A carta também pede que o presidente Hugo Motta reconduza a deputada Jandira Feghali como relatora dos projetos em tramitação no plenário da Câmara.

"Ao audiovisual de um país registra a identidade em movimento de sua cultura. Conta quem nós somos, de onde viemos, e nos ajuda a pensar para onde queremos ir. Constrói algo fundamental: a memória de um país", afirma o documento.

A carta, assinada em ordem alfabética, expressa ampla diversidade regional e artística - incluindo grandes nomes do cinema comercial, diretores premiados, roteiristas, técnicos e figuras da produção independente de estados como São Paulo, Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro, Brasília e Santa Catarina. Há representantes do cinema indígena e periférico.

Entre os signatários estão Fabiano Gullane, Fernanda Torres, Fernando Meirelles, Heitor Dhalia, Joel Zito Araújo, José Padilha, Julia Rezende, Kleber Mendonça Filho, Laís Bodanzky, Luiz Carlos Barreto, Petra Costa, Wagner Moura, Walter Salles, e nomes da cena independente como Anna Muylaert, Affonso Uchoa, Andre Novais, Adirley Queiróz, Eryk Rocha, Gabriel Mascaro, Maya Da-Rin, Daniel Filho, Helena Ignez, Júlio Bressane, Grace Passô, Marcelo Caetano, Lincoln Pérciles, Mozarniel Iramari Yanomami e o escritor Paulo Lins.

"Não podemos aceitar que o nosso mercado audiovisual seja usado como moeda de troca, como em momentos anteriores de nossa história. Devemos almejar equilibrar a nossa balança comercial da cultura, exportando nossa diversidade e nossa produção cultural para o mundo."

O PL 2331/22 propõe que as plataformas de streaming contribuam com 6% da receita para o desenvolvimento de conteúdo nacional, percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema. A proposta foi construída com base em modelos adotados em França, Itália e Coreia do Sul, e já recebe apoio consolidado do setor.

A carta pede ainda:

- Apoio formal do Executivo ao PL 2331/22;

- Atuação ativa do Ministério da Cultura em defesa da indústria audiovisual;

- Mobilização conjunta para garantir a tramitação urgente do projeto no Congresso.

"Sem regulação, o Brasil corre o risco de ser apenas um mercado consumidor, sem consolidar uma indústria nacional capaz de gerar emprego, renda e projeção internacional." O documento ressalta ainda que a regulação representa uma questão de soberania nacional, cultura e democracia, e conclui: "Trata-se de garantir que a voz do Brasil continue a ser contada por brasileiros."

Juliana Paes retorna como rainha de bateria da escola de samba Unidos da Viradouro em 2026 após 17 anos longe do posto. O Estadão confirmou a notícia com a escola de samba.

Em 2026, a vermelha e branca de Niterói vai homenagear com seu enredo Ciça, seu mestre de bateria, retomando uma parceria histórica entre ele e Juliana.

A festa de coroação da atriz será no dia 30 de agosto. O posto de rainha de bateria antes era ocupado pela atriz Érika Januza, que foi avisada após o Carnaval 2025 que precisaria entregar o posto.

Juliana nunca escondeu a paixão pela Viradouro. Ela já desfilou pela escola como rainha de bateria entre 2004 e 2008. Depois, já casada o empresário Carlos Eduardo Baptista, ela deixou o posto para se concentrar na novela Caminho das Índias, em que viveu sua primeira protagonista no horário da nobre.

Embora nunca tenha escondido seu amor pela Viradouro, Juliana Paes chegou a desfilar como rainha de bateria da Acadêmicos do Grande Rio por dois anos. Ela esteve à frente dos ritmistas da escola entre 2018 e 2019, sendo substituída por Paolla Oliveira, que colocou o cargo à disposição neste ano para se dedicar às gravações da novela Vale Tudo.