Corante vermelho usado em alimentos é proibido nos EUA; Anvisa diz que estudará referências

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Food and Drug Administration (FDA), agência americana semelhante à Anvisa, revogou a autorização de uso da eritrosina, também conhecida como corante vermelho número 3, em alimentos e medicamentos ingeridos. Os reguladores atenderam a uma petição de 2022, apresentada por dezenas de defensores da segurança alimentar e da saúde.

Segundo a FDA, alguns estudos mostraram que o corante artificial causou câncer em ratos de laboratório. As autoridades afirmaram que a decisão ocorre em respeito a uma lei dos EUA, a Cláusula Delaney, que exige a proibição de qualquer aditivo apontado como causador de câncer em pessoas ou animais.

Há quase 35 anos, a agência já havia vetado o uso desse corante sintético em cosméticos devido ao risco potencial de causar câncer.

O corante dá a certos alimentos e bebidas uma cor vermelho-cereja brilhante, e é encontrado em doces, bolos, cupcakes, biscoitos, sobremesas congeladas, glacês e coberturas, além de medicamentos ingeridos, como xaropes para tosse.

De acordo com o jornal americano The New York Times, ele pode estar presente também em "carnes" veganas, salsichas e shakes com sabor morango.

O corante já é proibido para uso em alimentos na Europa, Austrália e Nova Zelândia, exceto em certos tipos de cerejas, conhecidas por aqui como cereja marrasquino.

E no Brasil?

Questionada, a Anvisa informou que, no Brasil, a eritrosina pode ser usada em algumas categorias de alimentos e medicamentos. "Há estudos demonstrando a ocorrência de câncer em ratos machos expostos a altos níveis do corante, por um mecanismo hormonal específico dos ratos. Estudos realizados em humanos e outros animais não demonstraram tais efeitos", disse em nota.

De acordo com a agência brasileira, em 2018, um comitê de especialistas em aditivos alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) fez uma avaliação de segurança. "Eles concluíram que a exposição dietética não representava preocupação de saúde", afirmou. É o mesmo argumento usado pela International Association of Color Manufacturers, que representa os interesses das empresas que produzem esses aditivos e defende a eritrosina.

"As autorizações de uso de aditivos em alimentos e excipientes em medicamentos podem ser revistas a qualquer tempo, caso haja novas evidências que indiquem risco à saúde. Embora a FDA não mencione a existência de novas evidências e as evidências conhecidas não levantem preocupação de segurança para consumo humano, a Anvisa estudará as referências científicas da petição apresentada à autoridade americana, motivadora da ação, verificando a existência de justificativa para uma reavaliação", acrescentou a agência.

O que dizem os especialistas

A decisão da FDA foi comemorada por especialistas da área da saúde nos EUA. "É um ótimo primeiro passo para os EUA, mas, francamente, estamos realmente atrasados", disse ao The New York Times a pesquisadora Sheela Sathyanarayana, professora de pediatria na Universidade de Washington que estuda exposições ambientais que afetam a saúde das crianças.

Também ao Times, Thomas Galligan, principal cientista de aditivos e suplementos alimentares do Centro de Ciência no Interesse Público, ONG americana que defende os direitos dos consumidores, afirmou que a FDA tem um histórico de permitir produtos químicos mesmo depois do surgimento de evidências de danos. "Parte da razão para isso é que a agência não tem um sistema robusto para reavaliar a segurança de produtos químicos que já foram aprovados." (COM INFORMAÇÕES DA AP)

Em outra categoria

O Agente Secreto, novo longa do diretor Kleber Mendonça Filho, será o filme de abertura da 58ª edição do Festival de Brasília.

O evento, que celebra o aniversário de 60 anos da mostra, ocorre na capital federal entre os dias 12 e 20 de setembro.

A sessão de abertura contará com a presença do cineasta pernambucano, da atriz Maria Fernanda Cândido e da produtora Emilie Lesclaux.

A produção conta a história de Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um especialista em tecnologia que foge para o Recife durante a ditadura militar para se reconectar com o filho. Uma vez lá, ele percebe que a cidade está longe de lhe proporcionar a paz que ele esperava.

O filme, que estreia no circuito comercial brasileiro no dia 6 de novembro, venceu o prêmio de Melhor Ator e Melhor Diretor no Festival de Cannes.

Após o sucesso no festival francês, O Agente Secreto teve seus direitos de distribuição nos Estados Unidos adquiridos pela Neon, selo responsável por Anora, vencedor em cinco categorias do Oscar em 2025.

Agora, o longa está sendo cotado pela imprensa norte-americana para o Oscar de 2026. Em especial, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator.

O cineasta Francis Ford Coppola foi internado em um hospital em Roma, na Itália, na manhã desta terça-feira, 5. A hospitalização ocorreu por conta de uma arritmia cardíaca. A informação é da agência de notícias italiana Ansa. Ainda não há, no entanto, informações sobre o seu estado de saúde.

Aos 86 anos, o artista estava na Europa para participar do Festival de Cinema de Calábria, que ocorreu no final de julho. O diretor da trilogia Poderoso Chefão divulgou o seu último filme, o polêmico Megalópolis, durante o evento.

A história ambiciosa do longa segue o conflito entre Cesar Catilina (Adam Driver), um arquiteto genial que busca saltar para um futuro idealista, e seu opositor, o prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), defensor de propostas mais realistas à cidade de Nova Roma. O elenco ainda conta com nomes como Laurence Fishburne, Nathalie Emmanuel, Talia Shire, Aubrey Plaza, Jon Voight e Shia LeBouf.

No ano passado, Coppola esteve no Brasil para o lançamento do filme em solo nacional. Ele também foi homenageado na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, recebendo o Prêmio Leon Cakoff.

Vencedor de cinco Oscars, Coppola é um dos nomes mais respeitados da história de Hollywood. Ao lado de nomes como Martin Scorsese, Steven Spielberg e Brian De Palma, o diretor revolucionou o cinema norte-americano com o movimento Nova Hollywood.

O clima pesou nos bastidores de um evento privado em Mairiporã, Na Grande São Paulo, no dia 2 de agosto, após uma confusão entre dois nomes conhecidos do entretenimento nacional. Em comunicado divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, 4, a equipe da Carreta Furacão acusou a banda CPM 22 de desrespeito e sabotagem durante sua apresentação no local.

Segundo a nota oficial, os músicos da banda teriam iniciado a passagem de som e os testes de iluminação durante a performance da Carreta Furacão, além de reduzir propositalmente o volume do som da apresentação. A atitude teria comprometido o andamento do espetáculo e prejudicado a experiência do público.

"Não é admissível que haja sabotagem dentro de um ambiente que deveria ser de união e respeito", diz o grupo no comunicado.

A Carreta Furacão destacou ainda que, assim como o CPM 22, também é formada por artistas e merece respeito em seu espaço de atuação. O grupo reafirmou seu compromisso com o público e declarou solidariedade aos fãs que esperavam uma apresentação completa.

A reportagem entrou em contato com a banda CPM 22, mas não houve retorno até a publicação desta nota.

Leia o comunicado completo divulgado pela Carreta Furacão:

"A Carreta Furacão vem a público expressar seu repúdio à postura desrespeitosa da banda CPM 22 durante nossa apresentação no evento realizado no dia 02/08/2025.

Enquanto estávamos no palco cumprindo nosso horário oficial de show, os integrantes da banda iniciaram passagem de som e testes de iluminação, interferindo diretamente na execução da nossa performance.

Houve, inclusive, redução proposital do volume de nosso som, diversas vezes, o que prejudicou severamente a experiência do público e a integridade do espetáculo.

Assim como o CPM 22, somos artistas. Temos uma trajetória que, com muito esforço, conquistou respeito e admiração do povo brasileiro. Por isso, é inadmissível que qualquer profissional da arte e do entretenimento sabote o trabalho de outros artistas, ainda mais em um espaço onde todos deveriam estar unidos para levar alegria ao público.

Nos solidarizamos com os fãs que esperavam uma apresentação completa e vibrante da Carreta Furacão.

Seguiremos firmes, como sempre, levando nossa arte, dança e carisma por todo o Brasil, com respeito, humildade e profissionalismo."