Estado de SP cria novo centro de gestão de risco e alertas meteorológicos

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A gestão de risco de desastres do Estado de São Paulo ganhará um novo centro sob gestão da Defesa Civil Estadual, conforme divulgou nesta quinta-feira, 23, o governo paulista. A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) também instituiu o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas (Cemc).

Sediado no Palácio dos Bandeirantes, o Centro Paulista de Radares e Alertas Meteorológicos (CePRAM) será alimentado pelos sete radares meteorológicos do Estado, permitindo a integração dos equipamentos e a centralização dos dados, que serão analisados por uma equipe de meteorologistas, hidrólogos e geólogos.

Os profissionais irão se somar aos que integram o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil (CGE), órgão ao qual o CePRAM será subordinado. Enquanto o CGE coordena as ações de resposta a desastres, caberá ao CePRAM a emissão de boletins meteorológicos em curto e médio prazos, com alertas para a população.

A gestão dos radares é dividida entre a autarquia SP Águas, USP, Unesp e Unicamp. A ideia é aprimorar a previsão de eventos extremos e produzir alertas mais precisos.

Segundo o coronel PM Henguel Pereira, coordenador estadual da Defesa Civil, o sistema já está em operação e será consolidado com a instalação na sede. Há novos radares em processo de aquisição para atender a região de Bauru, o centro de São Paulo e o Guarujá.

Um exemplo da atuação integrada do centro é a instalação recente de sirenes de inundação e alagamento no Rio Capivari e em São Luís do Paraitinga, usando o monitoramento das cotas de inundação do rio para alertar a população.

"Apoiamos o Rio Grande do Sul e aprendemos que, muitas vezes, não adianta só monitorar onde a chuva cai. Às vezes, há rios caudalosos que estão fora do Estado e, quando chove, alagam municípios rio abaixo", disse. "Estamos colocando sistemas de sirenes para que não sermos surpreendidos como no Vale do Taquari."

Novas sirenes também foram colocadas nos municípios de Francisco Morato e Ferraz de Vasconcelos, de acordo com o coronel.

Primeira reunião

O colegiado, órgão consultivo para monitorar a implementação de políticas na área, atuará com o Comitê Gestor de Política Estadual de Mudanças Climáticas. O conselho terá sua primeira reunião em fevereiro, durante a qual os membros serão empossados e irão deliberar sobre o regimento interno.

Em 2024, o Estado sofreu com seca extrema e uma onda de incêndios que atingiu dezenas de municípios.

O conselho, tripartite, é composto por 18 representantes do governo do Estado, dos municípios e da sociedade civil, com mandato de dois anos.

Além de secretarias de governo e da Defesa Civil, os participantes incluem as regiões metropolitanas de São Paulo e da Baixada Santista, a Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, as universidades públicas paulistas e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com o governo do Estado, quatro organizações da sociedade civil foram eleitas para integrar o colegiado após um edital de chamamento público: o Instituto de Conservação Costeira, entidade que atua no litoral norte, e a Associação dos Engenheiros da Sabesp, como titulares, e o Instituto Internacional Arayara e a Sociedade Rural Brasileira como suplentes, respectivamente.

Em seu discurso, durante a cerimônia de lançamento realizada na última quarta-feira, o governador declarou que a criação do conselho é um passo para colocar em prática as medidas estipuladas no planejamento climático do Estado. "O grande desafio é sair do discurso e tornar as nossas ações efetivas", disse.

Coleta de sementes

No evento, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística Natália Resende anunciou o lançamento de um edital para a remuneração da coleta de sementes nativas para reflorestamento. O chamamento público da Fundação Florestal para a seleção de projetos foi publicado ontem no Diário Oficial do Estado.

Além disso, ela anunciou uma medida de fomento à expansão da energia solar no Estado, em que empreendimentos já licenciados poderão ampliar plantas até o limite de 5MW de energia solar adicional para consumo interno, sem precisar obter uma nova licença de instalação.

A gestão estadual é alvo de críticas na área ambiental pelo esvaziamento de instâncias participativas já existentes, como o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), privatizações, afrouxamento do licenciamento e lentidão na implementação de ações climáticas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Maria Bethânia e Caetano Veloso realizaram, na noite deste sábado, 15, o penúltimo show da turnê conjunta que tem rodado o País, mas nem tudo ocorreu como planejado. A cantora de 78 anos precisou interromper a apresentação na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, por conta de problemas técnicos no som.

Enquanto cantava As Canções que Você Fez pra Mim, durante seu bloco solo no show, ela começou a reclamar: "Está tudo errado aqui no som. Não dá para cantar com esse som". Em seguida, levantou a voz e interrompeu a música: "Me respeitem! Eu não vou cantar com esse som". A apresentação parou e Bethânia foi bastante aplaudida pelo público.

O show ficou interrompido por alguns minutos, enquanto a cantora conversava com a equipe técnica, visivelmente irritada. Ela explicou à plateia que seu microfone havia sido trocado e que o retorno do som estava "um horror".

"Só tem chiado no meu ouvido. Não é absolutamente o som que eu estava cantando. Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque eu briguei do som. E acabou", continuou.

Depois, Bethânia disse para chamarem Caetano "para fazer o final do show". Ao ouvir os lamentos da plateia, disse: "Não posso fazer o solo se não tenho voz. Sou uma cantora, eu não tenho outra coisa se não minha voz. Eu sinto muito. É uma vergonha, no Rio de Janeiro, a gente voltar e acontecer isso."

A cantora completou a apresentação de As Canções, mas pulou Negue, que costuma ser a última música de seu segmento solo. Caetano Veloso subiu ao palco e apresentação seguiu normalmente, com os dois lado a lado no encerramento.

Preta Gil revelou que recebeu alta do hospital em que estava internada em Salvador por conta de uma pielonefrite (infecção urinária). A cantora falou sobre o tema em stories publicados em seu Instagram neste sábado, 15, enquanto se preparava para ir ao show da turnê Tempo Rei, de seu pai, Gilberto Gil.

"Eu estou bem. Estou me sentindo bem. Fui muito bem tratada aqui em Salvador", afirmou Preta, que destacou: "É uma coisa que já aprendi que vou ter que saber lidar porque vai ser recorrente. Primeiro porque estou com a sonda, um lugar que acumula muita bactéria."

"Independente da sonda, eu tive que fazer um transplante no meu rim, no meu ureter, no lado direito, por conta de um tumor que eu tinha na ureter. Essas questões de infecções no trato urinário e rim é um assunto que ficou delicado para mim, vou ter sempre que tomar cuidado. Mas não é algo que dependa de mim", continuou.

Preta Gil estava internada desde o último sábado, 8 de março, e chegou a ser monitorada na UTI. Posteriormente, recebeu alta e foi para o quarto, até deixar o hospital em definitivo na sexta, 14.

Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.