Artista plástico tem casa invadida por água e morre durante chuva

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A forte chuva que caiu em São Paulo, na sexta-feira, 24, provocou a morte do artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, morador de Pinheiros, zona oeste da capital.

A vítima residia na Rua Belmiro Braga, próximo ao Beco do Batman, tradicional ponto turístico paulistano, que também foi bastante atingido pela tempestade - a terceira maior já registrada na cidade em 64 anos. Tamanini teve a casa invadida por uma enxurrada e foi encontrado já sem vida na manhã deste sábado, 26.

Informações da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) indicam que um carro, arrastado pelas correntezas formadas na tempestade, se chocou e danificou o portão da casa de Tamanini. Isso teria facilitado a entrada de água na residência do idoso. Um amigo da vítima foi ao imóvel na manhã de ontem para ver os estragos e encontrou a vítima, já sem vida, no interior da casa. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência, que foi registrada no 14.º DP, em Pinheiros, como morte suspeita.

Esta é a 15.ª morte no Estado de São Paulo registrada pela Operação Chuvas 2024/2025, da Defesa Civil, que vai de 1.º de dezembro até 31 de março.

'Talento único'

A galeria de arte Jacques Ardies lamentou a morte do artista Rodolpho Tamanini, descrito como alguém de "talento único" e "expressão marcante". Nascido em 1951, em São Paulo, Tamanini tinha a capital paulista como uma de suas principais inspirações na produção de suas artes, bem como praias e paisagens com elementos da natureza. Em seu site, dizia ser autodidata, iniciado no ofício de artista aos 17 anos. De acordo com informações do site da galeria Jacques Ardies, fez as primeiras exposições em 1971 e era reconhecido no segmento da arte popular.

Em seu site, o artista destaca suas qualidades como um observador "contumaz", capaz de conseguir captar cenas do cotidiano que são levadas para as suas obras, como pessoas nas praias ou em centros urbanos. Uma das marcas de suas produções são os espaços que ele reserva para os céus gigantes, em contraste com as pessoas, representadas em tamanhos menores, "que permitem ampliar mais ainda a serenidade das suas paisagens".

"Seus temas são basicamente a cidade de São Paulo, que ele retrata de forma bela e atraente, levando o espectador a se questionar se é a mesma cidade imensa e complexa que conhecemos; as favelas e as paisagens marinhas aonde a imensidão da natureza e a amplidão dos espaços se contrapõem à solitária e diminuta figura humana", informa o site dedicado ao artista.

Destruição

Além de alagamentos em estações de metrô, desabamentos e quedas de energia, o temporal que atingiu a capital paulistana na sexta deixou um rastro de destruição em diversas regiões. Na Vila Madalena, a água chegou a três metros de altura, invadindo residências. A correnteza também arrastou veículos. Ontem, carros seguiam empilhados em diferentes pontos do bairro.

Com ventos fortes, granizo e 82 mm de precipitação concentrados em apenas uma hora, entre 15h e 16h, a chuva teve o terceiro maior volume registrado na capital em 64 anos, segundo a Defesa Civil.

O Estadão entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo para obter esclarecimentos sobre o número de solicitações de limpeza urbana e remoção de veículos feitas pelos moradores entre sexta-feira e ontem, além do status dessas demandas. Até a publicação deste texto, porém, não houve retorno.

Morador de Pinheiros acha peixes em casa

Na Rua Romeu Perrotti, também na região de Pinheiros, a força da água derrubou o muro de um estacionamento, arrastando os veículos em direção às casas vizinhas. "A água ficou tão alta e tão forte que teve um carro que atravessou o muro e entrou em uma das residências. Os moradores perderam tudo e precisaram sair às pressas", contou a aposentada Tania Lisa, de 67 anos, moradora do local.

O empreendedor de saúde e estética Claus Pita, de 33 anos, relata que estava em casa, na sexta, quando a chuva começou. Ele diz que, em poucos minutos, o volume de água aumentou o suficiente para invadir sua residência, deixando móveis e eletrodomésticos submersos. "Perdi tudo. Vou ter que recomeçar do zero. Só consegui me salvar porque subi no telhado."

Ele diz que, durante a limpeza da casa, encontrou peixes mortos trazidos pela enxurrada. Um dos momentos mais tensos, de acordo com ele, foi quando uma vizinha, que não sabia nadar, precisou ser resgatada com a ajuda de moradores de um condomínio próximo, que jogaram uma corda para salvá-la. "Foi um cenário de apocalipse. A gente vê essas coisas na televisão, mas não dá para imaginar como é horrível vivenciar isso."

Previsão

Nos próximos dias, a previsão é de temporais entre o fim da tarde e o início da noite, ainda com sensação de tempo abafado. As simulações atmosféricas mais recentes indicam que o forte calor dos últimos dias deve diminuir a partir de amanhã.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O terceiro episódio da quinta temporada do The Masked Singer Brasil, deste domingo, 26, trouxe mais uma revelação emocionante para os fãs do reality. Sob a fantasia de Dona Lurdes estava Cacau Protásio.

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A crítica se intensificou quando a música Joga pra Lua, de Anitta e Pedro Sampaio, entrou na playlist. "Dó desse povo que escuta isso!", lamentou João Pedro, enquanto João Gabriel foi mais enfático: "Musicaiada feia! Tá 'amarrado', eu não cresci ouvindo um 'trem' desses, não!".

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Reação de artistas

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"Hoje foi bem chato acordar para um dia cheio de gravações recebendo mensagens sobre as falas equivocadas do João Gabriel e João Pedro", escreveu a cantora.

Em seu texto, Lellê enfatizou a relevância do funk para a cultura brasileira e no cenário global. "O funk é parte do que sustenta o Brasil há décadas. E que agora sustenta o mundo", afirmou.

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