Nunes diz que obra no Jardim Pantanal custa R$ 1 bi e quer pagar para moradores saírem

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 3, que a Prefeitura pretende remover a população e demolir as construções do bairro Jardim Pantanal, no extremo leste da cidade, próximo à divisa com Guarulhos.

A região historicamente sofre com alagamentos e ficou em estado crítico neste fim de semana, com as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana - até a manhã desta segunda-feira, a água ainda não havia baixado no local.

De acordo com Nunes, a Prefeitura chegou a realizar um estudo sobre a construção de um dique (estrutura de engenharia hidráulica que serve para controlar a água de rios e lagos) contornando o Rio Tietê, que fica naquela região, mas a obra sairia muito cara.

"Nós temos um pré-estudo para fazer um dique ali, de mais de 1 bilhão de reais", disse o prefeito. "Dá para fazer um dique, contornando todo o Rio Tietê, para conter aquela região? Não dá para fazer. Tem que ter transparência, às vezes as pessoas podem gostar, podem não gostar, mas a forma de a gente tratar e lidar com as questões é dentro da realidade", afirmou o prefeito à imprensa.

O bairro nasceu da década de 1980, a partir de uma ocupação popular na área de várzea do Rio Tietê. Por isso, alaga sempre que há cheia do rio.

A Prefeitura diz que, desde sábado, 1º de fevereiro, tem disponibilizados abrigos próximos da região para atender aos desabrigados. Segundo Nunes, também forneceu auxílio moradia a parte das famílias e tem feito doações.

No local, o Tietê passa em seu estado "natural", sem as contenções laterais que existem no trecho da Marginal Tietê. A população que trabalhava em São Paulo, mas não tinha condições de comprar ou alugar um imóvel, encontrou naquela região a oportunidade de levantar uma casa para morar. Hoje, já são cerca de 45 mil pessoas vivendo no bairro.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que o volume de chuva em São Paulo aumentou nas últimas décadas, por conta das mudanças climáticas. Consequentemente, as cheias do Rio Tietê se tornaram mais frequentes e, logo, os alagamentos no Jardim Pantanal.

"Não tem como lutar contra a natureza", ressaltou Nunes. "A dimensão que é, na localização que está, 30 anos de problemas, eu não vejo outra situação a não ser a gente poder incentivar as pessoas a saírem dali, porque toda vez que chover, vai acontecer isso", disse o prefeito.

Segundo Nunes, a Prefeitura está planejando ofertar o que ele chamou de "ajuda financeira", de R$ 20 mil a R$ 50 mil, aos moradores de região, a depender da localização das suas casas, para que eles deixem o local.

O valor exato a ser destinado aos donos de imóveis no Jardim Pantanal ainda não foram decididos, nem mesmo o prazo para que isso aconteça. O Município pretende demolir as construções e deixar a área inabitada, conforme disse Nunes na coletiva de imprensa, para servir ao seu propósito inicial de várzea do Rio Tietê.

O prefeito afirmou ainda que há pontos de descarte de entulho na região que podem estar piorando os alagamentos. Um homem teria sido preso no sábado por este motivo.

"Eu fiz um sobrevoo sábado lá, e fiquei muito assustado. Crimes ambientais acontecendo de maneira absurda, muitas pessoas fazendo lugares de descarte de entulho, aterrando em muitas áreas da várzea", disse.

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Debora Bloch comentou sobre o sucesso de Odete Roitman e o carinho do público com sua interpretação da icônica vilã no remake de Vale Tudo, novela da TV Globo que chegou ao fim na sexta-feira, 17. A atriz contou que fica feliz com a repercussão positiva e com o reconhecimento pelo trabalho, mas deixou claro que não defende as atitudes da personagem.

"Eu não passo pano pra Odete Roitman. Acho que ela é um ser humano horroroso. É autoritária, narcisista, acha que compra tudo com dinheiro e é fascinada pelo poder", afirmou Debora, durante participação no programa Altas Horas do sábado, 18. "Agora ninguém me chama mais de Debora. Tenho amigos que me encontram e dizem: 'Oi, Odete'. Estou preparada, as pessoas só me chamam de Odete", contou.

Ela também refletiu sobre o fascínio que os telespectadores têm por figuras cruéis nas novelas. "Acho que tem um fetiche do público, não sei... provoca uma catarse nas pessoas. Você pode se identificar com a maldade", observou.

Mesmo assim, reforçou que a audiência reconhece os limites da vilã. "Apesar das pessoas gostarem da personagem, entendem que ela tem de ser punida e que não é uma pessoa legal. Não achavam que ela deveria morrer, mas que deveria ser punida. O que é interessante, né?", completou.

Debora também destacou que viver um papel tão marcante foi uma grande responsabilidade, especialmente por se tratar de um personagem eternizado por Beatriz Segall (que morreu em 2018) na versão original da novela, de 1988.

"Era uma responsabilidade porque a Beatriz fez brilhantemente. Eu podia não ter acertado, a gente nunca sabe. Mas é muito legal o carinho que estou recebendo das pessoas. Um texto bom, a Manuela Dias (autora do remake) arrebentou, e o elenco foi incrível de trabalhar", destacou a atriz.

Morreu no sábado, 18, o baixista Sam Rivers, aos 48 anos. Ele foi um dos fundadores da banda Limp Bizkit. A causa da morte não foi relevada.

A informação foi confirmada nas redes sociais do Limp Bizkit.

No post em homenagem ao baixista, os integrantes da banda destacaram que Rivers era "um ser humano único" e "uma verdadeira lenda das lendas".

"Desde a primeira nota que tocamos juntos, Sam trouxe uma luz e um ritmo que nunca poderiam ser substituídos. Seu talento era natural, sua presença inesquecível, seu coração enorme", escreveram os integrantes da banda.

Sam Rivers já havia se afastado do Limp Bizkit e enfrentava problemas hepáticos.

Em agosto, o Limp Bizkit anunciou um show único em São Paulo.

A apresentação tem data marcada para 20 de dezembro, no Allianz Parque, a Arena do Palmeiras.

Gilberto Gil recebeu Roberto Carlos no palco de seu show realizado neste sábado, 18, no Allianz Parque, em São Paulo. Eles repetiram a parceria do ano passado, no mesmo local, durante a gravação do especial de Roberto para a Globo, cantando A Paz. Todo de branco, o astro de jovem guarda ainda apresentou Além do Horizonte.

"Querido Roberto, você veio, hein!", exclamou Gil. "Rapaz, eu não podia faltar, não é? [Risos] Não podia deixar de vir. Obrigado, Gil, por esse convite maravilhoso. Estar aqui com você, nesse momento incrível. Para mim é um privilégio", respondeu o colega.

Roberto Carlos ainda destacou a "plateia maravilhosa" e a "banda incrível" de Gil. Fato raro em sua carreira, ele cantou sem a sua banda e sem o maestro Eduardo Lages, que costuma acompanhá-lo.

Homenagem a Preta Gil

Em determinado momento do show, Gilberto também relembrou sua filha, Preta Gil, que morreu no último mês de julho.

"Saudosa Pretinha... ", disse, diante de um público que passou a ter gritos de "Preta! Preta! Preta!". "Bravo!", reagiu Gil. Em seguida, fez uma reflexão sobre a morte: "Essa é uma questão que não foi resolvida ainda pela humanidade".

"Apesar de as religiões, quase todas elas, adotarem a proposta de que [a vida] continua lá, por cima... Outros dizem até que, para o caso daqueles que não se comportaram muito bem na Terra, continua... por baixo! [Risos]." "Mas enfim. Pretinha, onde quer que esteja ou não esteja, quem já esteve conosco, estará sempre conosco!".