Médica agredida e mordida no dedo em assalto em SP fala sobre trauma sofrido

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Vítima de uma tentativa de roubo, a médica Marília de Godoy Dalprá, de 67 anos, teve alta hospitalar na segunda-feira, 17. Em entrevista à TV Globo, nesta terça-feira, 18, ela disse que mudará a rotina de 15 anos, em razão do medo que sente após ser vítima de criminalidade.

Na madrugada do sábado, 15, a idosa praticava exercícios na Avenida Doutor Francisco de Paula Vicente, no bairro Continental, zona oeste de São Paulo, no momento em que foi abordada por dois homens em cima de uma motocicleta. Durante a ação, ela foi agredida e um dos indivíduos mordeu o dedo dela na tentativa de roubar a aliança.

"Não tenho mais coragem de correr nesse horário. Terei de mudar o meu ritmo de vida porque agora tenho medo", conta ela.

A médica teve a vértebra e costela fraturadas e contusão pulmonar. Ela chegou a ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em razão dos ferimentos.

"Eles me pediram o celular. Mas, como não uso celular para correr, pediram a aliança. Expliquei que a aliança não sai, que não é fácil sair do dedo porque sou casada há 47 anos e ela nunca saiu do dedo. Já tentei tirar algumas vezes, até conseguir, foi com muito custo. Porque ela não sai assim fácil", afirmou à emissora.

Por meio das redes sociais, o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou na noite de segunda-feira que um dos envolvidos no crime foi preso.

"A Polícia Civil acaba de prender um dos autores do roubo contra uma médica que teve o dedo mordido para que a aliança fosse levada. Espero que desta vez fique preso, já que tem passagens por roubos e desde agosto cumpria pena no regime aberto", disse ele.

Ainda durante a entrevista, a médica disse que um dos criminosos tentou tirar a aliança a dentadas. "Mordeu toda a minha mão, mas não conseguiu. Quando viu que não conseguiu, o outro que estava na moto me derrubou e me deu vários chutes", disse.

"Se eu for correr, será de dia, quando tiver todo mundo na rua. Eu corria nesse horário porque era bom e aí eu podia depois chegar em casa, tomar banho, tomar café e trabalhar, sem me atrapalhar a rotina do dia", acrescentou Marília.

Na quinta-feira passada, 13, o ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morreu após ser baleado no pescoço durante assalto perto do Parque do Povo, no Itaim Bibi, na zona sul.

A cidade de São Paulo registrou queda de roubos e furtos (13,6% e 3,7%, respectivamente) em 2024, mas tem visto alta de latrocínios (23,2%). No fim de janeiro, um jovem de 23 anos foi morto pelos ladrões na frente do namorado em Pinheiros, na zona oeste.

No mesmo mês, o delegado Josenildo Belarmino, de 32 anos, foi morto em assalto na Chácara Santo Antônio, perto do Consulado Americano, na zona sul.

Há duas semanas, uma mulher foi agredida por dois ladrões de bicicleta, perto da Ciclovia do Rio Pinheiros, na região oeste. Após anunciar o crime e jogá-la no chão, eles fugiram levando a bicicleta da vítima, de 51 anos.

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.