Pequenos curadores de arte

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Estreia, nesta quarta-feira, 3, o festival A Gente Que Faz, idealizado por Aline Volpe e Marcelo Peroni, fundadores da companhia Catarsis - Arte para Infância e Juventude. Dedicado ao público mais jovem, o evento gratuito e online tem uma particularidade: para montar a programação, um grupo de crianças foi convidado para ajudar a fazer a curadoria, escolhendo os espetáculos que seriam apresentados.

Ao todo, 22 crianças integraram a comissão, que selecionou 21 companhias para se apresentar, sempre de quarta a domingo, até o dia 28, na página oficial do YouTube da Catarsis, mas os ingressos têm de ser adquiridos no site do grupo. A programação inclui espetáculos de teatro, dança e música, além de participar de oficinas e das rodas de conversas ao final de cada exibição.

Desde que surgiu, em 2015, em Itupeva, interior de São Paulo, o Catarsis se dedica a desenvolver trabalhos para crianças. Desde então, se destacou no cenário com espetáculos para bebês, como Scaratuja, e para o público da primeira infância, como É Tudo Família. Aproveitando essa experiência, os integrantes da equipe Marcelo Peroni, Vladimir Camargo, Aline Volpi e Ana Paula Castro partiram para a montagem do festival A Gente Que Faz, que é pensado para ter a criança como colaboradora direta.

"Entendemos que a arte é componente fundamental na formação das crianças e também percebemos que a escuta dessas crianças se faz necessária quando queremos produzir algo para que elas se envolvam e apreciem", explica o ator e diretor Marcelo Peroni. Para ele, tal entendimento sobre a formação das crianças carrega influência das propostas do pedagogo italiano Francesco Tonucci, da Rede Mundial Cidade das Crianças. O que resultou na vontade de produzir um festival em que elas pudessem tomar as decisões. "Rascunhamos o mínimo necessário para que pudéssemos apresentar a proposta ao ProAc e deixamos que todos os detalhes fossem criados pelas crianças", conta.

Na sequência, o projeto foi desenvolvido e o grupo buscou os interessados em participar da curadoria. "Fizemos um chamamento divulgando a proposta para crianças de todo o Estado, com idade entre 9 e 12 anos, e aguardamos as inscrições", revela Peroni. Para surpresa e felicidade de todos, eles tiveram um rápido retorno e o grupo ficou fechado com 22 meninos e meninas de diferentes cidades.

Peroni explica que, além da curadoria dos espetáculos inscritos, as crianças foram divididas ainda conforme o interesse de cada uma, em diferentes grupos de trabalho, "responsáveis por áreas específicas da produção, como, por exemplo, identidade visual, divulgação, atividades formativas".

Não faltaram ideias para o grupo, o que também levou a momentos mais complicados. Em várias etapas, foi necessário reavaliar uma ideia, em virtude do limite orçamentário. "No início, as crianças também quiseram estar em muitos grupos de trabalho e, em alguns casos, tiveram de optar, pois perceberam que o tempo de que dispunham não seria suficiente."

Feliz por ter sido selecionada para participar do projeto, Teresa Camargo Blattner Martinho, de 12 anos, conta que ficou muito interessada em todo o processo de desenvolvimento do festival. "A arte é uma área da vida que eu amo." Claro que, mesmo gostando do que estava fazendo, alguns momentos exigiram que ela fizesse escolhas. "Confesso que não foi fácil escolher, mas, seguindo alguns critérios, eu consegui, e sinto que tomei as decisões certas", comemora a menina. E ela demonstra que não pensou somente em sua satisfação ao analisar as propostas e a qualidade dos espetáculos. "Eu procurei pensar no público e também no que as outras crianças gostariam de assistir", lembra.

Em alguns momentos, explica ainda Teresa, os votos eram praticamente unânimes, mas também "houve conflitos de opiniões, quando alguns achavam o espetáculo muito bom e outros simplesmente não gostavam de nada". Mas, no final, tudo dava certo, pois entenderam que um tinha que ouvir o pensamento do outro e "respeitar as diferentes opiniões".

Peroni se mostra realizado em brindar o público de casa com o festival A Gente Que Faz, que foi pensado para a criança. "Nós produzimos arte para elas e entendemos que é o nosso público quem deve opinar. Suas observações e reações precisam ser consideradas", avalia o diretor. E Teresa finaliza afirmando que foi muito divertido e que descobriu muitas coisas. "Aprendi um pouco mais sobre identidade visual, assessoria de imprensa, e o principal: como é difícil planejar um festival."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".