Foliões e prefeitura de Juiz de Fora (MG) criticam violência policial em bloco

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O desfile de um bloco de carnaval em Juiz de Fora (MG) terminou em confronto com a Polícia Militar na noite deste sábado, 1. Foliões criticam o uso de spray de pimenta e condenam a suposta truculência da polícia.

A PM afirma, no Boletim de Ocorrência a que o Estadão teve acesso, que os agentes foram agredidos quando tentaram prender um homem que estaria armado. Afirmam ainda que usaram cassetetes e gás de pimenta em legítima defesa.

A prefeitura de Juiz de Fora criticou a ação policial, classificando-a como "violência desproporcional" e afirmando que muitas pessoas procuraram serviços de saúde devido ao uso do gás de pimenta.

O confronto aconteceu durante desfile do bloco Benemérita na praça Antonio Carlos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas deitadas no chão, aparentemente com mal-estar, recebendo ajuda de outros participantes; uma pessoa aparece nas imagens com a cabeça ensanguentada.

"A gente estava no Bloco da Benemérita, que é um grande bloco principalmente de pessoas negras, LGBTs, e a polícia dispersou o bloco com spray de pimenta, bomba. Tinha muita criança no palco. Foi todo mundo afetado pelo spray de pimenta", afirma a artista Paula Duarte, durante o vídeo publicado em sua conta pessoal nas redes sociais.

Em a nota, a prefeitura da cidade afirmou que "deplora o uso desnecessário de violência, praticada no policiamento da Praça Antônio Carlos". "Foliões e suas famílias (inclusive crianças) foram vítimas do uso de gás de pimenta e de violência desproporcional, o que levou inclusive muitas pessoas a procurarem os serviços de saúde".

A artista MC Xuxu, uma das organizadoras do bloco, foi detida, mas liberada na madrugada do dia 2. "Os agressores devem ser punidos. Também é urgente que nosso País adote o uso de câmara nas fardas da PM", escreveu nas redes sociais.

"Fomos surpreendidos pela ação da Polícia Militar, que lançou spray de pimenta e gás lacrimogêneo contra o bloco lotado. Não havia tumulto no momento. O palco foi um dos primeiros alvos do ataque, atingindo crianças e mulheres que ali estavam", continuou.

A Sala de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais disse que a ocorrência envolveu desacato, resistência e desobediência e incitação e promoção da violência. Três pessoas foram conduzidas para a delegacia, segundo a PM.

No Boletim de Ocorrência, a polícia afirmou que o desfile se transformou em um baile funk com venda de bebidas alcoólicas para menores de idade, com uso e consumo de drogas. Também afirmou que um ônibus foi apedrejado.

A PM ainda disse que foi alertada pelos próprios frequentadores que um grupo, com uma pessoa armada, estaria causando transtornos perto do palco.

Ainda segundo a polícia, os agentes resolveram intervir para resolver a situação, mas foram agredidos com garrafas, latas e outros objetos. A PM também disse que uma organizadora do bloco incitou a violência contra os policiais, o que teria forçado o uso de spray de pimenta e cassetetes.

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