Juíza condena nutricionista por atropelamento e morte de jovem na Vila Madalena

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A juíza Valéria Longobardi, da 23ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou Gabriela Guerrero, que atropelou Victor Gurman na rua Natingui, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Consta no processo que a motorista havia saído de um bar, localizado no mesmo bairro, onde teria ingerido uma dose de margarita antes de assumir a direção de uma Range Rover. A nutricionista foi condenada a três anos de serviços comunitários, pagamento de multa no valor de 20 salários mínimos e perdeu o direito de dirigir.

Para a Justiça, Gabriela Guerrero declarou que não estava embriagada e que o atropelamento ocorreu devido a um desentendimento com o namorado, Roberto Souza Lima, que estava bêbado e insistia em dirigir o automóvel. Após um momento de distração com Roberto, ela soltou as mãos do volante, o que levou o carro a subir na calçada e atropelar o administrador de empresas de 24 anos, que veio a óbito. A motorista não reconheceu a versão apresentada por um dos policiais militares de que ela se recusou a fazer o teste do bafômetro. O relato foi corroborado por outro agente que participou da abordagem, que afirmou que ela teria consentido em realizar o exame. Não ficou evidente nos autos o porquê de não ter sido realizada a aferição da presença de álcool em seu sangue.

A nutricionista narra que o carro era de seu namorado, que havia bebido muito durante a noite e que, por esse motivo, não guiava o veículo. Segundo o seu depoimento, houve um desentendimento com Roberto, porque ele não queria deixar que ela dirigisse. Gabriela relatou então que o rapaz foi posto no banco de carona por um manobrista do bar e que, durante o trajeto, ele teria se recusado a pôr o cinto de segurança e continuou insistindo em assumir a direção. Ela afirmou que em um dado momento, o seu namorado projetou o corpo sobre o volante e que, ao tentar impedi-lo, soltou uma das mãos da direção, o que teria provocado o acidente.

A juíza Valéria Longobardi considerou que, apesar de não ter sido comprovada a embriaguez da motorista, ficou patente a sua culpa em relação à morte de Victor. Além disso, com os dados coletados na perícia, ficou evidenciado que ela não trafegava na via conforme os limites de velocidade, de 30km/h, definidos para aquela região. Um poste foi derrubado com a colisão do veículo. A magistrada concluiu que houve descuido por parte da motorista e que mesmo que ela tenha ingerido pouco álcool, tal fato já é suficiente para comprometer seus reflexos psicomotores. "Diante das provas coligidas aos autos, é de se constatar que Gabriela realmente agiu de forma imprudente quando se pôs a conduzir veículo automotor, sob o efeito de ingestão de bebida alcoólica", declarou. Ela ainda acrescentou que o veículo circulava em 'velocidade incompatível com o local', que trata-se de uma 'rua mal iluminada'.

Valéria Longobardi, por outro lado, acolheu o pedido de substituição da pena, prevista inicialmente a três anos de reclusão em regime aberto. Dessa forma, ficou determinado que Gabriela deve prestar serviços à comunidade durante o mesmo período de tempo, bem como que deve entregar a sua carteira de habilitação e pagar multa no valor de 20 salários mínimos.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA JOSÉ LUÍS OLIVEIRA LIMA, DEFENSOR DE GABRIELA GUERRERO

O principal objetivo da Defesa sempre foi demonstrar que Gabriela nunca agiu assumindo o risco de causar qualquer acidente, e isso foi reconhecido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, pelo Superior Tribunal de Justiça e na própria sentença. Ainda assim, registrando o respeito que a Defesa tem pela Magistrada, acreditamos que a decisão não reflete a realidade do acidente, e o recurso cabível será apresentado à instância superior.

José Luis Oliveira Lima - Advogado

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A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,6 milhão de pessoas para o show gratuito de Lady Gaga neste sábado, 3. E quem passa em frente ao Copacabana Palace não duvida. Afinal, os "little monsters" tomam conta da calçada em frente ao hotel desde que a artista chegou ao País, na esperança de uma rápida aparição ou de um aceno. Mas de onde vem o apelido usado carinhosamente para se referir aos fãs de Gaga?

A ideia de monstros veio à tona enquanto Gaga trabalhava em seu segundo disco, The Fame Monster, de 2009, que é uma expansão do álbum de estreia, The Fame. Na época, a cantora começou a desenvolver o conceito para descrever seus próprios medos, e aos poucos passou a chamar os fãs de "little monsters" (ou monstrinhos) durante as apresentações da turnê.

A própria estética do álbum explorava a ideia de figuras grotescas e monstruosas para representar os problemas que vinham junto à ascensão à fama. Por isso, o termo caiu no gosto popular, e os fãs aderiram.

Em entrevista concedida à revista W Magazine, Gaga explicou como a ideia surgiu. "Eu nomeei meus fãs de 'little monsters' porque eles eram tão ferozes nos shows, e eles gritavam tão alto. Eles se vestiam com roupas maravilhosas e se divertiam muito celebrando a música."

Com a adesão, o termo ganhou algumas expansões, e a própria artista passou a ser chamada de "mother monster" (ou mamãe monstro) após um fã usar o termo durante um show da turnê Monster Ball em Chicago, em 2010. A cantora gostou tanto que aderiu ao apelido e passou a utilizá-lo para se descrever.

Outro detalhe que vem junto à temática monstruosa é o cumprimento usado pelos "little monsters". Você já viu algum fã de Gaga com as mãos em formato de garra?

O gesto também é usado para identificar o grupo de fãs da cantora. No clipe de Bad Romance, de 2009, parte da coreografia envolve os dançarinos erguendo as mãos com o dedos levemente curvados para dentro, como se estivessem replicando o formato de uma garra. A ideia rapidamente foi aderida. Por isso, o termo "paws up" (ou patas para cima) passou a ser utilizado quando os fãs de Gaga queriam cumprimentar um ao outro ou concordar com algo.

A apresentação gratuita de Lady Gaga em Copacabana, parte do projeto Todo Mundo no Rio, está marcada para começar às 21h45, e terá transmissão na TV Globo, no Globoplay e no Multishow.

Faustão celebra 75 anos de idade nesta sexta-feira, 2. João Silva, filho do apresentador com Luciana Cardoso, usou as redes sociais para comemorar a vida do pai e homenageou o comunicador, que está afastado da televisão.

"Ser filho do Faustão é coisa de outro mundo... Agora, ser filho de Fausto Silva é simplesmente o maior presente que Deus poderia me dar. Ter em casa esse pai, marido, amigo e ser humano é uma dádiva", disse.

O jovem apresentador ainda agradeceu por poder caminhar ao lado de alguém tão generoso e amoroso como seu pai. "Pai, feliz aniversário! Te amo, meu guerreiro, meu exemplo, meu eterno ídolo."

Luciana Cardoso, mulher de Faustão, também celebrou a vida do comunicador. Em sua homenagem nas redes sociais, ela disse que o marido passou por mais uma internação na semana passada, mas não revelou o motivo.

"Celebrar a vida! Mais um ano! A dádiva de estar vivo graças a generosidade de alguém que possibilitou estar junto de sua família por mais tempo. Peço a Deus que você consiga superar tantas dificuldades e que possa viver da maneira mais leve e plena, com a saúde que você vai reconquistar. Na última semana, você superou mais uma internação e hoje pode estar ao lado de sua família comemorando mais um ano."

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Centenas de cachorros da raça dachshunds - aquela apelidada de "salsicha" - e seus tutores se reuniram no Parque da Cidade de Budapeste, na Hungria, na quinta-feira, 1º, na tentativa de bater o recorde do maior passeio de cães de uma única raça já realizado no país.

O desfile de cães estava sob a observação da Associação de Recordes Húngara, que tinha a tarefa de determinar se o passeio canino poderia ser oficialmente inscrito nos livros de recordes.

István Sebestyén, registrador e presidente da associação, disse à AP que a organização contaria cuidadosamente o número de cães participantes - um desafio, segundo ele, quando tantos cachorros e humanos estavam reunidos em um mesmo lugar.

"Não costumamos levar dachshunds para passear em grande número, portanto, esse experimento tem de corresponder ao nosso sistema de regras", disse ele.

Os dachshunds foram criados pela primeira vez na Alemanha e continuam sendo uma das raças de cães mais populares da Hungria.

Apelidados de "cães-salsicha" ou "cães-linguiça" por seus corpos longos e baixos, eles foram inicialmente criados para caçar texugos e outras criaturas que cavam tocas. Mas sua natureza leal, curiosa e brincalhona também os tornou populares como animais de estimação para famílias.

Em Munique, Alemanha, em 1972, um dachshund chamado Waldi se tornou o primeiro mascote oficial da história dos Jogos Olímpicos de Verão.

Em setembro do ano passado, a cidade alemã de Regensburg estabeleceu o atual recorde mundial para o maior passeio de cães dachshund, quando centenas de animais da raça desfilaram pelo centro medieval da cidade. Enquanto algumas contagens de Regensburg colocaram o número de cães em 1.175, o Guinness World Records só pôde confirmar 897.

Na quinta-feira, Lili Horváth e seu dachshund de 1 ano, Zabos, participaram do passeio em Budapeste. Ela disse que seu amigo peludo "tem qualidades muito profundamente humanas e é muito leal, ele é realmente uma bomba de amor."

Valeria Fábián, que estava passeando com seu dachshund Zsebi, viu de maneira diferente. "Poucas pessoas são capazes de oferecer o tipo de altruísmo [que ele oferece], porque as pessoas não têm tanto amor e sacrifício próprio quanto um cão pode dar a um humano," ela disse.

Ao final do passeio em busca do recorde, a Associação de Recordes Húngara determinou que 500 dachshunds estiveram presentes - o suficiente para estabelecer o recorde húngaro, mas ainda aquém da marca do Guinness estabelecida em Regensburg.

Os organizadores, não desanimados, prometeram tentar novamente no próximo ano - dando-lhes bastante tempo para reunir mais cães para outra tentativa de título. (COM INFORMAÇÕES DA AP)